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CIÊNCIA-TECNOLOGIA-SOCIEDADE: UM COMPROMISSO ÉTICO

Por:   •  28/3/2019  •  Resenha  •  561 Palavras (3 Páginas)  •  373 Visualizações

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CIÊNCIA-TECNOLOGIA-SOCIEDADE: UM COMPROMISSO ÉTICO

PRAIA, João; CACHAPUZ, António. Ciência-tecnologia-sociedade: um compromisso ético. Revista CTS, Buenos Aires, v. 2, n. 6, p. 173-194, dez. 2005.

Resenha do artigo:

        Publicado em dezembro de 2005 pela revista CTS e escrito por João José Felix Marmoto Praia, professor associado ao Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto - Portugal e António Francisco Cachapuz, professor catedrático da Universidade de Aveiro - Portugal, aposentado desde 2008, licenciado e mestre em química na França (1974) e PhD no Reino Unido (1984), o artigo Ciência-Tecnologia-Sociedade: um compromisso ético tem o objetivo de proporcionar uma reflexão sobre os três temas, mostrar como a ciência e a tecnologia estão interligadas e se desenvolvem com as necessidades da sociedade.

        A obra foi desmembrada em três subtítulos bem pontuais, o primeiro "Da ciência e da tecnologia" descreve como a ciência e a tecnologia estão separadas, mas ao mesmo tempo andam juntas, cada uma com um propósito, a ciência com o desejo de entender e explicar e a tecnologia com o desejo de fabricar e modificar. No fim se tornando apenas uma tecnociência. Dentre as varias citações que envolvem o artigo, uma delas  de Caro (2001) diz que a tecnociência tem a particularidade de ser uma construção social e suas orientações são determinadas pelos avanços do conhecimento cientifico e pela vontade de responder as necessidades reais, ou imaginarias de uma sociedade em movimento.

        O segundo subtítulo "Para um compromisso ético" aborda sobre ética, descreve uma ciência/tecnologia moralmente ambivalente, onde não se tem os bons e os maus resultados, pois eles podem não serem intencionais e nem terem sido previstos pelos cientistas, dois exemplos bem marcantes citados pelos autores são os computadores e o processo de aborto. Entra neste contexto então a reflexão sobre a ética na ciência/tecnologia, onde a mesma está ligada a conduta do cientista, dando  a ele o dever de fazer recomendações,  distinguir o bem e o mal e avaliar as consequências sociais que podem decorrer dos seus conhecimentos já que ambas tem grande influencia social.

        Os autores citam também neste subtítulo o analfabetismo científico-tecnológico, que consiste em  não saber utilizar seus conhecimentos para situações do cotidiano como negociar, argumentar e atuar em situações concretas, visto que não ser analfabeto em ciência e tecnologia está sendo cada vez mais cobrado como requisito na sociedade.

        Este assunto, da um ponta pé para o subtítulo final "Ponto de partida para uma educação científica" que relata sobre como deve tratar-se a educação científica, já que não há mais sentido pensar em conhecimento científico sem associá-lo com o desenvolvimento tecnológico e a sociedade. Considerando a forma como são separados esses  temas, requer-se um reencontro das construções e conceitos de ciência e tecnologia, mesmo que este ocorra de forma lenta.

        Um excelente artigo redigido com uma linguagem culta, o qual se faz de suma importância para todos que estão no meio acadêmico. Por se tratar de um assunto do cotidiano de todos, proporciona ao leitor uma visão mais ampla de como a ciência e a tecnologia precisam uma da outra e estão dia após dia mais entrelaçadas.

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