Cicero
Resenha: Cicero. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: luuuh • 12/5/2014 • Resenha • 419 Palavras (2 Páginas) • 259 Visualizações
Cícero era considerado um jusfilósofo romano com características estritamente estoicas, porém é fato que ROMA de uma forma geral sofreu grande influência grega, haja vista as mitologias greco-romanas, as excursões de juristas à grécia afim de buscar elementos aplicáveis no seu sistema jurídico, aos deuses que somente foram traduzidos do grego para o latim, etc.
Bom, com base em uma famosa frase de Cícero gostaria de iniciar a discussão:
"O Homem nasceu para a justiça, e a lei não se funda em opinião, mas sim na natureza humana."
Fato que há uma tendência socrática/Aristotélica nessa frase a premissa de uma verdade una, atemporal e acultural que o autor defende ao afirmar que a lei é um fator que não se funda em doxa, opinião, valor, que é uma razão emanada do ser / ontologia.
Já que a lei é ontológica e esse ser ontológico existe para a justiça, que só é possível se for pautada na pura essência ontológica, fica claro que Cícero tinha uma forte influência da corrente socrática porque era essa mesma que trabalhava com base em ontologia.
Por outro lado não quero eximir de forma alguma a influência da corrente estoica nas obras de Cícero, tão somente afirmo que se pautava nesta.
Analisando a frase de cícero supracitada e vemos que ele excplicita que a lei deve-se pautar na natureza do homem e fato é que a natureza humana, assim como defendia Aristóteles, é sentimento e razão. Já a corrente estoica trabalhava uma iéia semelhante a idéia que tem o budismo (de uma forma mais arcaica, claro), que era alcançar o ser supremo (BUDA ou NIRVANA) através da ataraxia ou apatia (total isenção de sentimentos) racionalizando ao máximo todos os pesamentos e ações, ou seja, a partir do momento que essa corrente passa a defender o alcance de uma forma superior à humana, indubitavelmente está declarando que o homem é, de fato, em sua essência sentimentos e razão.
Porém não estou defendendo que ele era puramente Socrático, defendo que em suas citações e obras ele sofre uma influência também da corrente socrática.
Em sua citação onde diz que a lei não é parte do engenho do homem fica claro sua influência estoica por tratar a lei como superior ao homem porém como citado anteriormente ele afirma que ela se pauta em sua natureza.
Daí concluo, que por esse fato de ser uma lei Universal, atemporal e acultural, mas ao mesmo tempo se pautar na natureza humana é uma clara mistura de razão e sentimento, o que deduz uma forte influência Socrática/Aristotélica.
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