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Ciencia Politica

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Por:   •  1/10/2013  •  4.314 Palavras (18 Páginas)  •  308 Visualizações

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1. Apresente as teorias da justiça defendidas pelos interlocutores de Sócrates no livro I da República:

a) Céfalo: justiça seria a concepção de justiça seria dizer a verdade, não cometer falta aos outros, não tomar o que pertence ao próximo, devolver o que é do outro.

Esta primeira definição reflete o próprio estilo de vida do ateniense e deste modo, sinônimo de justiça.

b) Polemarco: resume a justiça fazer o bem aos amigos e o mal aos inimigos. Polemarco ao conceber sua idéia de justiça, visa em específico à praticidade da justiça e não um conceito universal. Platão mais uma vez refuta a definição proposta e de fato, fazer mal a um inimigo é de certa maneira, fazer com que eles se tornem mais injusto, portanto, fazer mal a um inimigo é cometer uma injustiça e não se pode em determinada ação utilizar-se da justiça para fazer o mal, ou seja, não se pode atribuir vingança à justiça.

c) Trasímaco: A justiça consiste no interesse do mais forte, ou seja, daquele que detém o poder.

Para ele, a justiça é uma espécie de preponderância de quem faz a lei. Quem está no poder tem o domínio sobre a classe que cumpre a lei, consequentemente, a classe dominada cumpre a vontade do mais forte

d) Glauco: sustenta que na verdade, o grande desejo do homem é cometer injustiças sem sofrer punições por tal ato e mais, aquele que não as comete, age assim por medo das punições que pode vir a sofrer.

2. Por que essas concepções de justiça são rejeitadas por Platão? Argumente.

Platão rejeita todas as definições de justiça apresentada, pois em sua concepção, a justiça não pode ser arbitrária. Se a justiça existe ela deve ser uma só para todos. Deve ser a mesma tanto para o homem como para a sociedade.

3. Que relação Platão estabelece entre o estudo da alma e o estudo do Estado? Explique.

Com base na concepção de que se a justiça existe ela é uma só tanto para o homem como para a cidade, Platão olha para o homem para entender com deve ser uma cidade justa.

É a partir desta concepção geral dicotômica, entre o mundo das ideias, onde estão as coisas verdadeiras, isto é, o conhecimento, que Platão constrói os princípios do Estado Ideal.

O Estado Ideal de Platão, fundamentado no homem, como centro da sua racionalidade, é uma espécie de reino dos espíritos, da razão, dos filósofos, em chocante contraste com o Estado real da atualidade. Os fundamentos da ordem da cidade justa estão na própria natureza humana, dividida em três partes da alma humana: alma racional, alma irascível (que se ira com facilidade) e alma concupiscível (desejo intenso de bens ou gozos materiais).

Desta forma entende que para que haja uma sociedade justa, cada indivíduo deve desemprenhar seu papel na sociedade. Para Platão só havia 03 papéis possíveis a serem desempenhados na cidade: governantes (reservado aos pensadores, filósofos); guardiões (reservado à poucos cidadãos) e os produtores (onde enquadrava-se a maioria dos cidadãos). Cada qual desempenhava seu papel de acordo com suas aptidões, reconhecidas ainda na infância.

4. Apresente sucintamente a concepção de justiça de Platão apresentada na República. Ela visa à harmonia social?

Platão termina o primeiro livro da república em aporia, sem conceituar o que afinal seria a justiça em sua concepção. A partir do segundo livro nos apresenta a proposta de que ser justo é cumprir seu papel na pólis (cidade).

Reconhece a justiça como sinônimo de harmonia social, relacionando também esse conceito à ideia de que o justo é aquele que se comporta de acordo com a lei. Platão defende que o conceito de justiça abrange tanto a dimensão individual quanto coletiva: a justiça é uma relação adequada e harmoniosa entre as partes beligerantes de uma mesma pessoa ou de uma comunidade.

Salienta, também, que a justiça é uma relação entre indivíduos, e depende da organização social. Mais tarde fala que justiça é fazer aquilo que nos compete, de acordo com a nossa função. A justiça seria simples se os homens fossem simples. Os homens viveriam produzindo de acordo com as suas necessidades.

5. Em que a concepção grega de política se distingue da concepção moderna? Cite ao menos duas características.

Para os gregos, a noção de democracia era bastante diferente da que hoje experimentamos e acreditamos ser “universal”. A condição de cidadania era estabelecida por pressupostos que excluíam boa parte da população. Os escravos, as mulheres, os estrangeiros e menores de dezoito anos não poderiam participar das questões políticas de seu tempo. Tal opção não envolvia algum tipo de interesse político, mas assinalava um comportamento da própria cultura ateniense. Na concepção desta antiga sociedade, aqueles que não compartilhavam dos mesmos costumes de Atenas não poderiam ter a compreensão necessária para escolher o melhor para a pólis. Além disso, observando o modo como os atenineses viam a mulher, sabemos que tal exclusão feminina se assentava na “inferioridade natural” reservada ao sexo feminino. Por fim, os escravos também eram politicamente marginalizados ao não terem o preparo intelectual necessário para o exercício da política. Dessa forma, não podemos dizer que a democracia ateniense era cingida por uma estranha contradição. Ao contrário, percebemos que as instituições políticas dessa cultura refletiam claramente valores diversos que eram anteriores ao nascimento da democracia grega. Também devemos levar em conta que o nosso ideal democrático é influenciado pelas discussões políticas dos intelectuais que defenderam os ideais do movimento iluminista, no século XVIII.

6. Faça uma breve pesquisa sobre a formação do estado português e relaciona a sua expansão com a escola de Sagres. Situe a descoberta do Brasil neste contexto.

A Escola de Sagres é um dos símbolos da formação do Estado português, junto com a revolução de 1383-1385 que levou D. João I, mestre de Avis, ao trono. Ela representa o poder da instituição central, dentro de um estado centralizado, perpetuando a visão elitista onde um grande homem, o Infante D. Henrique, liderando Grandes Homens Sagre foi fundamental para o sucesso das grandes navegações. Os seus especialistas aperfeiçoaram instrumentos de navegação como a bússola, o astrolábio, o quadrante, a balestrina e o sextante. Desenvolveram a cartografia moderna e foram os primeiros a calcular com precisão a circunferência da Terra em léguas.

O infante Dom Henrique

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