Ciencia Politica
Monografias: Ciencia Politica. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Liziamaran • 2/10/2013 • 10.376 Palavras (42 Páginas) • 264 Visualizações
Respostas 1 e 2.
Cefalo: Ao ser interpelado por Sócrates sobre como encara a velhice, Céfalo responde que depois que uma pessoa se aproxima daquela fase em que pensa que vai morrer, lhe sobrevêm o temor e a preocupação por questões que antes não lhe vinham à mente. ”E tais questões são a possibilidade de se ter vivido uma vida justa, evitando-se assim o Hades. “Não ludibriar ninguém nem mentir, mesmo involuntariamente, nem ficar a dever, seja sacrifícios aos deuses, seja dinheiro a um homem, e depois partir para o além sem temer nada”.
Sócrates vai simplificar dizendo: “dizer a verdade e restituir aquilo que
se tomou.”
Aula: Tradição
Sócrates: vai propor uma série de argumentos que vão inutilizar essa conceituação, principalmente ao se referir que se alguém que em pleno juízo lhe der algo (no exemplo ele usa armas) e, após, num momento em que se encontra desarrazoado lhe pede que seja devolvido é ou não justo o fazer? A este questionamento Céfalo se vê sem possibilidades de responder e, por força maior (ir preparar-se para o sacrifício) se retira do diálogo, passando a responsabilidade de continuar o mesmo para seu filho Polemarco. -
Polemarco (filho de Cefalo): após uma tentativa, praticamente inútil, em defender o argumento de seu pai, Polemarco acaba por definir de maneira distinta, ou seja, chega à
conclusão de que Justiça é: “Auxiliar os amigos e prejudicar os inimigos.” Mas a grande problemática que enfrenta diante de Sócrates está nos termos que usa em sua definição: amigo e inimigo. –
Aula: Fazer bem aos amigos e mal aos inimigos.
Sócrates: mostra-lhe que a Justiça não vê a quem ela é útil, se a amigos ou a inimigos. Deste modo Sócrates lhe mostra que a justiça é praticada por que a pessoa é justa e não em vistas à quem ela é direcionada, ou seja, se só pratica-se a justiça quando auxilia a um amigo, não é justiça, pois na verdade é por ser justo que se pratica a justiça e não porque o ato justo é feito a um amigo, sendo assim é impossível ao justo pratica a injustiça, mesmo que esta seja a um inimigo, pois é de sua natureza fazer a justiça. -
Trasimaco: (professor sofista de Polemarco): Afirma que a justiça é: “A conveniência do mais forte.”
Sócrates o trata ironicamente, já na primeira refutação a tal conceituação, pois coloca que se Polidamas (lutador de pancrácio) por ser mais forte que todos os presentes e lhe é conveniente uma dieta a base de carne, então se torna justo ter uma dieta a base de carne por todos que presente se faziam na reunião. Fazendo, com isso, que Trasímaco se irrita-se cada vez mais e pusesse a definir melhor seu conceito.
Começa por defini-lo como sendo a conveniência do governante, pois este faz as leis como lhe apraz. Mas quanto a esse argumento, Sócrates demonstra com perfeição que é falacioso, tendo em vista que o bom governante (claro que num projeto ideal) faz leis com vistas à conveniência dos cidadãos e não de si mesmo.
Aula: Interesse do mais forte. Detentores do poder determinam o que e justo, conceito de moral, ética e lei unificados.
Sócrates: nenhuma arte nem governo proporciona o que é útil a si mesmo, mas, como dissemos há muito, proporciona e prescreve o que o é ao súdito, pois tem por alvo a conveniência deste, que é o mais fraco, e não a do mais forte” –
Trasímaco: “Ser injusto é ser prudente e ser justo não passa de uma ingenuidade”. A injustiça e mais vantajosa que a justiça, portanto o justo consiste na vantagem do mais forte e o injusto e para si mesmo vantagem e proveito, ou seja, aplica uma teoria do auto-interesse.
Aula: Auto interesse, aquilo que for bom pra mim será o justo.
Sócrates: A justiça só pode trazer satisfação e felicidade enquanto que a injustiça só traz desgraça e desventura. E, assim, jamais a injustiça será mais vantajosa do que a justiça.”
Glaucon: Três modalidades de bens que os homens anseiam, são eles:
1. Aqueles que queremos possuí-lo pelo puro e simples prazer de os possuir, pois geram tais prazeres por si só;
2. Aqueles que queremos possuí-lo não só pelo prazer que proporciona por si só, mas também pelas conseqüências benéficas em os possuirmos;
3. E, por fim, aqueles que queremos possuí-lo por que nos traz algum rendimento — seja em dinheiro ou em honraria —, apesar de não nos proporcionar prazer algum, muito pelo contrário, o mesmo nos é penoso.
E, dentro destas categorias de bens, Glaucon pede a Sócrates para que qualifique a Justiça, o qual a coloca como sendo um bem da segunda categoria, ou seja, que nos proporciona prazer por si só e pelas suas conseqüências. Glaucon o desafia ao afirmar que esse não é o parecer da maioria, pois é consenso, segundo Glaucon, que a Justiça gera honrarias, apesar de ser penosa e que deva ser evitada, quando possível. E, dessa forma, propõem a Sócrates um diálogo onde defenderia e louvaria a injustiça na expectativa de que Sócrates pudesse refutá-lo louvando, assim, à Justiça.
Glaucon propõem realizar a seguinte tarefa: afirma o que deva ser a justiça e sua origem, em seguida demonstrar que todos que a praticam o fazem por obrigação e não por escolha própria, pois, segundo ele, “é natural que procedam assim, porquanto, afinal de contas, a vida do injusto é muito melhor do que a do justo”, no dizer deles.” Desta monta, Glaucon argumenta que a justiça tem sua origem em leis que impedem a prática da injustiça e oferece o exemplo do anel achado por Giges que ao girar o engaste para o lado de dentro da mão o torna invisível e ao girar de volta para fora o torna, novamente, visível. E com esse poder, Glaucon afirma que qualquer homem, justo ou injusto, percorreria o mesmo caminho, ou seja, o da ambição e, portanto, da prática da injustiça, visto estar impedido de ser reconhecido ao praticar a injustiça e, assim, parecer ser justo. E conclui seu argumento afirmando que o melhor, desde esse seu ponto de vista, é se parecer justo, sendo na verdade injusto. Em suas próprias palavras temos:
Ninguém é justo por sua vontade, mas constrangido, por entender que a justiça não é um bem para si, individualmente, uma vez que, quando cada um julga que lhe é possível cometer injustiças, comete-as.
E continua sua argumentação afirmando que
...