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Ciencia Politica

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Por:   •  6/5/2014  •  3.932 Palavras (16 Páginas)  •  339 Visualizações

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A FORMAÇÃO DO PENSAMENTO POLÍTICO NA MORDERNIDADE

E A IMPORTÂNCIA DA POLÍTICA EM NOSSA VIDA

Você já parou para pensar sobre a importância da política? Afinal, gostando ou

não, querendo ou não, a política faz parte do nosso cotidiano, e interfere diretamente em nossa

vida e nas relações sociais.

Em geral, e infelizmente, a maioria das pessoas pensa a política de modo

bastante negativo, com argumentos do tipo: “não gosto de política”, “política é coisa de gente

desonesta”, “todo político é corrupto”, “política é um negócio sujo”, e muitas outras afirmações

com conotações parecidas com estas. Mas, política é algo muito maior, essencial para a

organização da vida em sociedade.

Política é algo que está sempre presente em nossas vidas, interferindo no

presente e no futuro. Na verdade, a política é um atributo essencialmente humano, isto é, todo

homem é um ser político por natureza, e a história revela isso, pois a vida em sociedade exige

relações de aproximação, acordos, regras de conduta, limites, e um amplo conjunto de valores

e de normas que viabilizam o convívio social.

Pensem no seguinte: desde os primórdios da humanidade, o ser humano teve

que vencer as adversidades naturais (animais mais fortes e eventos da natureza), criando

estratégias de sobrevivência, e a mais efetiva de todas foi organizar-se em sociedades, em

coletividades. No entanto, o homem também é um ser competitivo por natureza, e no convívio

com os demais se revelam relações de poder e de hierarquia, que podem ser facilmente

observadas em todos os grupos sociais, em todas as épocas da história. E é aqui que entra a

política.

Essa característica fundamental do ser humano – sua natureza associativa - já

havia sido assinalada na Antiguidade pelo filósofo Aristóteles, que afirmava ser a convivência

uma necessidade essencial do homem. Por outro lado, todo ser humano é essencialmente livre

e cada um tem as suas próprias ideias, preferências, experiências e conhecimentos, o que

configura a individualidade. Esta relação entre a necessidade de conviver com outros e de

manter sua individualidade é fonte de muitos conflitos, que podem ser harmonizados e

convertidos em fatores positivos para o crescimento de todos, estimulando o dinamismo e a

criatividade, se forem estabelecidas regras justas e eficazes para organizar e disciplinar a

convivência entre os indivíduos.

Como afirma Durkheim (apud TOMAZI, 2000, p. 17):

[...] na vida em sociedade o homem defronta com regras de conduta que

não foram diretamente criadas por eles, mas que existem e são aceitas na

vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Sem essas regras, a

sociedade não existiria, e é por isso que os indivíduos devem obedecer a

elas.

Estabelecer regras e normas de convívio coletivo e definir objetivos sociais são

tarefas da política; essas regras, normas e objetivos devem refletir as vontades e os interesses

de todos os indivíduos que participam do grupo social, preservando sua autonomia e liberdade (desde que não prejudiquem a convivência conjunta). Pressupõe-se, portanto, que no campo

da política cada pessoa tem que aprender a agir dentro de certos limites, seguindo as regras,

normas e leis da sociedade.

A ciência política tal como é hoje conhecida se desenvolveu a partir das ideias

filosóficas de pensadores do início da Modernidade, mas o estudo da política remonta à

Antiguidade grega, sendo Platão e Aristóteles os primeiros filósofos a se dedicarem a este

campo de conhecimento (sem uma preocupação científica).

A filosofia política, até hoje, busca analisar racionalmente a organização da

vida em sociedade e as estruturas e estratégias de poder que configuram, caracterizam e

ordenam as relações entre os homens.

Para Norberto Bobbio (2000 b), a filosofia política assume quatro significados

distintos, os quais, de algum modo, se complementam. São eles: 1) a filosofia política

representa uma forma de se descrever, projetar e teorizar a formação dos Estados e das

repúblicas, especialmente em seus aspectos éticos e não éticos; 2) a filosofia política estuda e

propõe modelos explicativos acerca dos fundamentos do poder e da obediência coletiva, isto é,

dos critérios adotados nas mais diversas sociedades para a legitimação do poder de um ou de

uns sobre os demais; 3) outra forma de se conceber o pensamento filosófico sobre o universo

político é considerá-lo em uma perspectiva mais geral, como um campo de conhecimento

autônomo, que não pode ser confundido com a economia, a religião ou o direito, por exemplo.

Nesta perspectiva, estudar a política é buscar conhecer e compreender

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