Ciencias Sociais ATPS

APÊNDICE A – Relatório 01

1. Introdução

Esse presente relatório tem por meio deixar claros os conceitos de cultura, de individuo e sociedade, que estará no item 2.1, os vários significados impostos a essas palavras com o aprendizado ao longo dessa Atividade Prática Supervisionada; E a realização do passo 3 – etapa 1, que irá compor o item 2.2, com o debate da problematização da real condição na vida cotidiana e seus segmentos na sociedade atual.

2. Desenvolvimento

2.1. Significado de cultura, indivíduo e sociedade.

2.1.1. Cultura

A cultura é de caráter polissêmico que abrange vários significados devido o tempo da sua evidenciação. Ela é o conjunto de manifestações artísticas, sociais, linguísticas e comportamentais de um povo ou civilização. É a herança que determinada sociedade transmite a seus membros através da educação sistemática e da convivência social.

Segundo o sociólogo inglês Raymond Williams, a palavra cultura vem do latim – colere, “Era inicialmente o cultivo das plantas, o cuidado com os animais e também com a terra (por isso, agricultura)”.

Já para Jean-Jacques Rousseau:

“cultura seria definida como bondade natural, solidariedade espontânea. A essa ideia positiva de cultura, Rousseau opunha a ideia negativa de civilização. O conceito de civilização era pensado como aprisionamento da bondade humana natural, por meio de regras e convenções artificiais e exteriores ao homem”.

O conceito de cultura é bastante complexo e pode ser definida também como uma rede de significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade. Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores, costumes, leis, moral, línguas, entre outros.

Por fim, todos os seres humanos têm cultura, e a cultura não é inata nas pessoas, mas é adquirida na convivência em grupo. É preciso que haja a troca de experiências, vivências e singularidades para adquiri a cultura. Conviver diariamente com as diferenças e praticar essa troca de informações, garantirá aos indivíduos a “inclusão cultural”.

2.1.2. Indivíduo

Pode-se entender como indivíduo pessoas de diferentes sociedades, culturas, etnias, crenças e de classes sociais totalmente desiguais, mas que conseguem de uma forma ou de outra convive entre si.

Segundo alguns sociólogos, o individuo mesmo nascendo “frágil”, conseguiu ao longo do tempo estabelecer-se no mundo contemporâneo, deixando de agir só para a conjunta comunhão. Como é visto na citação abaixo:

“Embora seja possível dizer que o homem tem uma natureza, é mais significativo dizer que o homem constrói sua própria natureza, ou, mais simplesmente, que o homem produz a si mesmo. [...] Os homens em conjunto produzem um ambiente humano (e o repassa as gerações mais jovens), com a totalidade de suas informações socioculturais e psicológicas.

No cotidiano, um indivíduo é uma coleção de pensamentos e feitos que é considerada uma entidade. Várias pessoas consideram um indivíduo responsável por suas ações. Então relacionando a boa convivência e praticando a socialização, o homem cada vez mais aprenderá mais para seu desempenho na sociedade.

2.1.3. Sociedade

A sociedade é um conjunto de pessoas que compartilham ideias, costumes, vontades, preocupações, e que interagem entre si constituindo uma comunidade, que pode ser formada por membros da família ou também por pessoas próximas, unidas por esse conjunto. Ela pode ser constituída por pessoas com semelhanças étnicas, culturais, religiosas, políticas, de uma mesma nação, não necessariamente uma sociedade estará composta por pessoas que compartilhem as mesmas informações.

É um grupo de indivíduos que formam um sistema semiaberto, no qual a maior parte das interações é feita com outros indivíduos pertencentes ao mesmo grupo. Uma sociedade é uma rede de relacionamentos entre pessoas. Uma sociedade é uma comunidade interdependente. O significado geral de sociedade refere-se simplesmente a um grupo de pessoas vivendo juntas numa comunidade organizada.

Há sociólogos que difere as sociedades com base no nível de tecnologia, economia e comunicação, que é o caso de Gerhard Lenski, que leva em conta também os elementos que os rodeiam e suas crenças. Teóricos marxistas como Louis Althusser, Ernesto Laclau e Slavoj Zizek argumentam que a sociedade nada mais é do que um efeito da ideologia dominante e não deveria ser usada como um conceito sociológico.

Por fim, o conjunto de indivíduos forma uma sociedade, esta capaz de unir pessoas de determinados objetivos comuns, sendo capaz de beneficiar todos que nela convive.

2.2. Comentário dobre o livro “A construção social da realidade” e a Problematização da realidade da vida cotidiana

No livro A construção social da realidade, Peter Berger e Thomas Luckmann defendem como o próprio título já diz que a realidade é construída em termos sociais e que a sociologia do conhecimento deve analisar os processos em que tal ocorre. Trata do conhecimento que rege a conduta da vida cotidiana.

Os autores mencionados notam também, que as instituições podem ser apreendidas em termos reificados quando se lhes outorga “um status ontológico independente da atividade e da significação humanas”. Quer dizer, através da reificação “o mundo das instituições parece fundir-se com o mundo da natureza”. Da mesma maneira, os papéis sociais podem ser reificados, de tal sorte que “o setor da autoconsciência que foi objetivado num papel é então também apreendido como uma fatalidade inevitável, podendo o indivíduo negar qualquer responsabilidade”.

Neste livro é relatado a utilização de um método: análise fenomenológica.; Essa realidade social da vida cotidiana é dividida entre um indivíduo e outro, num sistema de relação face a face e é a única que consegue reproduzir os sintomas e as situações que ocorrem no momento da interação entre os indivíduos. Para que haja essa interação é preciso de um sistema de sinais, na vida cotidiana o sistema de sinal mais importante é a linguagem, e sua compreensão é essencial para entender a realidade.

O mundo cotidiano não é tido apenas como uma realidade garantida, é também um mundo com origem nos pensamentos