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GESTÃO CIÊNCIAS SOCIAIS ATPS

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Por:   •  22/3/2014  •  Tese  •  1.342 Palavras (6 Páginas)  •  245 Visualizações

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ADMINISTRAÇÃO

ATPS DE CIÊNCIAS SOCIAIS

1. A CONSTRUÇÃO SOCIAL DA REALIDADE

BASEADO NO TEXTO – BERGER, PETER; LUCKMANN, THOMAS.

1.1. INTRODUÇÃO

Vindo do pressuposto que a construção social da realidade baseia-se em pilares, tais como: Intencionalidade da consciência, os diferentes níveis da realidade, a realidade predominante - a vida cotidiana, a intersubjetividade da realidade, as realidades secundárias e a estrutura espácio-temporal do real. Sendo assim, é preciso que saibamos compreender a realidade que nos cerca analisando na plenitude do seu significado e sentido. O que a realidade que nos cerca nos oferece? Qual o seu sentido para a nossa vida?

1.2. A CONSTRUÇÃO DA REALIDADE

Pensando nestes questionamentos é importante estarmos consciente que a nossa sociedade está voltada para o mundo capitalista e que a desigualdade ainda está muito forte no meio em que vivemos, porém não podemos deixar que essas esferas de diferentes realidades atrapalhassem os sonhos que despertam nas pessoas, como também as perspectivas acerca dessa realidade divergem de uma consciência para a outra.

Partindo dessa premissa a realidade da vida cotidiana impõe a si mesma, isto é, ela é independente da consciência que a atinge. Pois, por mais que não queiramos a consciência é envolvida numa rotina dentro da vida cotidiana e a interrupção dessa rotina abre um setor problemático na realidade de uma consciência, fazendo com que o senso comum procura integrar esses setores problemáticos na realidade da vida cotidiana.

Sendo assim, é importante salientarmos que a interação social na vida cotidiana é a principal forma de relacionamento social, em que duas consciências se apreendem mutuamente através de uma reciprocidade de expressões subjetivas; A presença do outro é uma realidade que se impõe por si mesma e é continuamente acessível a uma consciência; As formas de relacionamento consistem em esquemas – médico/ paciente, vendedor/comprador, aluno/professor; O interesse e a intimidade determinam o grau de anonimato ou proximidade da relação entre consciências, podendo essa relação ser tipificada em termos abstratos - "opinião pública" - ou de ação recíproca face a face - o circulo interior de uma pessoa; A estrutura social corresponde ao conjunto de relações tipificadas da vida cotidiana, bem como à relação estabelecida entre os contemporâneos, seus antepassados e os seus sucessores.

A sociedade caracteriza-se pela crítica constante e pela autocorreção. Portanto a tensão entre particularidade e validade se perpetua: como parte do procedimento contínuo de produção e reprodução da sociedade e, consequentemente, do próprio direito.

Para Berger e Luckmann, a realidade é socialmente construída, de sorte que cabe à sociologia do conhecimento o estudo deste processo construtivo. Que se tem por finalidade, as questões referentes à “realidade” (tudo o que existe) e ao “conhecimento” (certeza da existência de fenômenos dotados de características próprias) é indispensável.

Afastam-se das pretensões filosóficas que nortearam o surgimento desta sub-disciplina, como elaborada por Max Scheler, bem como de outras questões que tiveram importância central no seu desenvolvimento teórico, como a preocupação de Karl Mannheim com as ideologias. Preocupam-se, então, menos com o conhecimento teórico e mais com o senso comum que, para eles, é o objeto principal da sociologia do conhecimento.

O interesse dos autores é com a realidade da vida cotidiana e, portanto, com a busca no mundo da vida do pano de fundo consensual, tomado como realidade pelos membros de uma sociedade: “é um mundo que se origina no pensamento e na ação dos homens comuns, sendo afirmado como real por eles”.

Berger e Luckmann abordam as modificações que podem ocorrer entre as relações mais simples do cotidiano e as relações distantes. Nas relações face a face, não só o que é falado, mas a forma como é dito, e as expressões gestuais e faciais são muito importantes: mesmo ao ter uma imagem hostil de um interlocutor, este, em uma interação direta, pode agir insistentemente, de forma oposta à expectativa, e acabar por mudar o padrão de comportamento de quem se engaja na conversação.

Nesse nível de conversação é mais difícil ocorrer interpretações erradas e hipocrisia que em formas distantes de interação. Nesse caso, exemplifica as relações remotas que se desenvolvem, por exemplo, via cartas – hoje, o exemplo mais eficiente seria o do e-mail –, sendo mais fácil manter um padrão de descrédito quanto às intenções expressas pelo texto, uma vez que não ocorre a mesma “maciça demonstração de subjetividade alheia”.

Segundo Berger e Lukmann, o social pré-existe ao individual, mais do que isso, o social é que permite a individualização.

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