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Cine Social

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Por:   •  2/6/2014  •  1.483 Palavras (6 Páginas)  •  241 Visualizações

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 TURNER, J. Sociologia: conceitos e aplicações. São Paulo: Pearson, 2005. (Capítulos 4

Relatório de atividades complementares apresentado á tutora do curso de Serviço Social como requisito parcial para obtenção do titulo de Assistente Social.

Com objetivo de transpor minha experiência em visita monitorada á Penitenciária Feminina da Capital- PFC , localizada na Avenida Zarchi Narchi,1239 –Carandirú –SP.

Realizou-se no dia 12 de Abril de 2013 ás 10:00 hs com a monitoria dos profissionais da OAB- Ordem dos Advogados do Brasil com sede situada na Praça da Sé,385, 10 andar-Centro, São Paulo –SP e com apoio do Departamento de Cultura e Eventos da OAB através do Núcleo de aprimoramento Júridico e Integração Cultural –NAJIC.

Acompanhada pela Agente Penitenciária Norvina Nogueira conheci as dependências da Penitenciária.

A primeira impressão foi tranqüila, conheci o local onde ficam as gestantes e as lactantes.

Muitas mulheres estão gestantes na cadeia, conheci cerca de 10 crianças com idade entre 07 dias e 19 meses.

Estas crianças ficam com suas mães nas celas, as celas extremamente pequenas e quentes, nas celas ficam o berço,a cama,o vaso sanitário,uma pia que fica dentro do espaço reservado ao banheiro que é a mesma água que as detentas lactantes usam para tomar e fazer a higienização do bebê, uma das mães se emocionam em me dizem que a sua criança Naiane de 1 ano e 2 meses irá embora ela chora muito e me diz que quer sair de lá para cuidar do seu bebê.

Em outro caso uma detenta mãe de Daniel e portadora do vírus HIV me fala aliviada que chegaram os exames do seu bebê com a confirmação de que ele não era HIV positivo.

Mas a realidade dessa mãe é triste me conta que tem 6 filhos com quatro homens diferentes, e que dois dos filhos estão com a mãe dela , outros dois com o ex companheiro e 1 outro de 2 anos foi para um abrigo.

A maioria das presas ainda não foram julgadas e todas tem uma reclamação em comum:

Dizem que as seis horas da tarde as portas das celas se fecham e elas ficam trancadas com os bebês.

Saindo deste pavilhão fui conhecer o pavilhão 4, lá ficam as detentas internacionais em sua maioria Angolanas ,Alemãs e Sul Americanas em geral, conversando com a Diretora da Penitenciária ela me disse que ela tem no Presídio todas as nacionalidades com excessão de duas: Austrália e Japão.

Conheci Umbá Angolana que cumpre pena aparentemente feliz e disposta a conversar.

Me disse que é um prazer estar no Brasil e que o provo brasileiro é muito acolhedor mas que quando sair da cadeia ela pretende retornar á seu País de origem.

Luz uma senhora espanhola me leva para conhecer a cela que ela divide com mais duas amigas .

A cela extremamente limpa quando questiono sobre a limpeza ela me disse que é assim mesmo e que tem mania de limpeza, Luz me surpreende ao dizer que fala quatro idiomas fluentemente sendo estes:Inglês,Espanhol.Francês e Italiano, segundo ela o pai era Francês a mãe Italiana ela nasceu na Espanha mas morava no Peru, me disse também que tem uma loja de antiguidades no Peru e que cumpre pena por tráfico internacional de drogas , a previsão é que ela deixe a Penitenciaria daqui a três meses.

Dentro do complexo penitenciário há também uma escola, de idiomas , escola de ensino médio e fundamental, um motel com vinte quartos sinceramente um local não muito agradável com camas feitas de concreto.

Segundo as informações as detentas podem receber visitas intimas duas vezes ao mês mas que normalmente isso não acontece pois seus companheiros não aparecem nas visitas e que quando aparecem muitas vezes estão alcoolizados e brigam muito.

Também dentro das dependências há uma fábrica de descartáveis médicos EMBRAMED, dentro da penitenciária a empresa emprega cerca de 340 detentas que recebem um salário mínimo por mês além da redução da pena .

O Governo do Estado abre uma conta para as detentas no Banco do Brasil e elas só podem sacar o dinheiro quando saírem ou dar o direito para algum familiar fazer isso mensalmente.

Fiz várias perguntas a Norvina , agente que me acompanhou nas visitas ela me disse que normalmente não tem problemas com as detentas e o que a assusta não é quando estão fazendo barulho mas sim quando estão quietas demais , segundo ela o silencio na prisão não é um bom sinal.

E normalmente significa que “a cadeia vai virar”,ou seja, acontecer algo de ruim vai acontecer, seja briga, morte, ou até mesmo uma rebelião.

Norvina me diz que um dos casos mais atípicos foi quando Suzane Luise Freifrau Von Richthofen foi para a Penitenciária,as presas ficaram extremamente inquietas com a presença de Suzane , iniciou-se então os burburinhos que iriam “subir” Suzane, ou seja, iriam mata-la.

Norvina me contou então que escondeu Suzane no forro do teto por dois dias para que ela não morresse.

Então as presas não contentes mataram uma outra pessoa com aparentes problemas mentais.

Suzane foi retirada do forro com escolta e levada então para Tremembé, onde se encontra até o momento.

Segundo Norvina na PFC eles costumam deter apenadas que estão envolvidas com drogas.

E na minha opinião esse pode ser o motivo para tanta calmaria pois eu particularmente penso que o tráfico de drogas não esta necessariamente ligado a violência.

De tudo o que vi, o que mais me impressionou foi o pavilhão das gestantes e lactantes,mudei totalmente de opinião ,pois antes de visita-las mantinha o conceito de

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