Comunicação Humana

Resumo:

Para Wayne Thompson a efetividade da Comunicação humana depende do conhecimento de como as pessoas pensam, contudo, considerar isso parece impossível, visto que pensamento e linguagem são fatores mal conhecidos, e a ciência ainda não conseguiu responder em que consiste e o que faz trabalhar a mente humana. Irving Lee propõe cinco pontos indispensáveis ao sucesso da Comunicação humana: 1) Familiarizar-se com o assunto; 2) Aprender a reconhecer os pontos fracos, os defeitos e as deficiências da comunicação dos outros; 3) Fazer as indicações do item 2 consigo mesmo; 4) Desenvolver habilidades no sentido de aperfeiçoar a sua capacidade de comunicação; 5) Aprender a aperfeiçoar a Comunicação humana nos outros. O autor critica a dificuldade de pôr em prática o item 3, visto que mesmo com a assessoria de um profissional em psicanálise, fazer isso seria penoso. Schubert cita que para ocorrer a efetividade da Comunicação humana precisamos compreender que esse processo depende da experiência e da significação em comum do transmissor e do receptor, e depende também da atenção à mensagem. É a atenção que garante o primeiro passo para o entendimento. O desafio é atrair e manter a atenção. Para tanto, é necessário considerar os seus quatro estímulos principais: 1) Intensidade; 2) Repetição; 3) Modificação; 4) Contraste. A preferência no apelo a esses estímulos dependerá das circunstâncias envolvidas, das características estruturais do indivíduo e de fatores temporários (suas condições no momento e atividades em exercício). A atenção dirigida, que é específica a um alvo, é ato voluntário, logo, precisamos contar com ela para a efetividade da Comunicação humana.

Pontos negativos:

O autor não define o que é Comunicação humana efetiva, e no decorrer da leitura nos é sugerido que o texto se trata da persuasão, a qual é uma estratégia de comunicação para induzir alguém sobre determinadas ideias.

A tese de Wayne Thompson sobre a importância de conhecer como as pessoas pensam para que a Comunicação humana seja efetiva, nos parece pouco aplicável não apenas porque os processos envolvidos no pensamento ainda são pouco conhecidos, mas porque a singularidade do ser humano é comparável à amplitude da população mundial, e a especificidade do público alvo da comunicação pode ser tão amplo e diverso de tal forma que fique difícil estimar características em comum entre esse público.

Ao criticar o 3º ponto de Irving Lee, dizendo que é ingênuo e difícil a prática do reconhecimento dos próprios pontos fracos, defeitos e deficiências da Comunicação humana, parece sugerir que o estudo dessas dificuldades se equipara a uma análise psicanalítica. Mas, o processo da Comunicação humana é desenvolvido nas relações sociais, diferente de uma psicanálise que se constitui em uma dupla analisando-analista, dentro de um consultório, e que buscam um entendimento em termos de inconsciente.