Concentração Monopolista Na Fase Imperialista
Artigos Científicos: Concentração Monopolista Na Fase Imperialista. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: zeleco • 23/10/2014 • 390 Palavras (2 Páginas) • 924 Visualizações
Concentração monopolista na fase imperialista: o caso da consolidação bancária1
Daniele Oliveira2
Introdução
De acordo com ARRIGHI e SILVER (2001), a centralidade do capital financeiro no final do
séc XX deu origem a diversas teorias da ‘globalização’ e ‘financeirização do capital’, que vêem o
presente enquanto uma nova e sem precedente fase do desenvolvimento capitalista, suscitando
profunda análise no mundo acadêmico. Particularmente os estudiosos têm demonstrado preocupação
na identificação ou rotulação de tal fenômeno, popularmente denominado de “globalização
financeira”. Esta vem apresentada como uma novidade emersa nos últimos 20 anos do século XX.
Cumpre observar, contudo, que ainda não se chegou a um consenso nem ao menos sobre o que
significa globalização. O termo é ainda discutido e tem suas fronteiras não delimitadas. De forma
geral e sucinta, costuma-se caracterizar o fenômeno em questão como o processo de interação
econômica a nível global, desencadeada pelo livre fluxo de comércio, capitais e pessoas, que
extrapolaria as fronteiras dos Estados nacionais. No entanto, o tema é tão controverso que se questiona
até mesmo o seu caráter recente e original. Na realidade, desde 1500 já estavam postas as premissas
de uma história e de um mercado global. O desenvolvimento do capitalismo comercial na Europa
havia criado os pressupostos da expansão européia no mundo.
Por um lado, a maior parte dos economistas concebe a existência do processo de interação nos
dias atuais, sendo os mais entusiastas desta idéia cunhados de “globalistas”. No entanto, tal
reconhecimento é questionado. DUMENIL e LEVY (2005) denominam o período que se estende de
meados dos anos 80 até os primeiros anos do séc. XXI como “o estágio neoliberal do imperialismo”.
Para tais autores, nesse estágio específico do imperialismo, presenciamos um tipo de capitalismo em
que propriedade e gestão estão separadas, isto é, a propriedade dos meios de produção apresenta-se
através da detenção de ações, títulos. Trata-se dos credores, tendo portanto esta propriedade um
caráter financeiro. O poder dos proprietários ditos “financeiros” não se perdeu, mas sim se
concentrou, desde o início, “nas poderosas instituições financeiras, como os bancos, os holdings
financeiros e fundos diversos (de pensão, para o financiamento de aposentadorias, ou de outra
natureza)” (ibid.,
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