Cultos Afro-brasileiros dão Exemplo De Tolerância Cristã Aos Cristãos
Artigos Científicos: Cultos Afro-brasileiros dão Exemplo De Tolerância Cristã Aos Cristãos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcio500 • 14/6/2013 • 585 Palavras (3 Páginas) • 571 Visualizações
Cultos afro-brasileiros dão exemplo de tolerância cristã aos cristãos
Os cristãos, em especial os evangélicos, geralmente reivindicam para si a exclusividade da comunhão com Deus, desconsiderando os ensinamentos das outras religiões e filosofias.
Os cristãos acreditam que já sabem de tudo a respeito de Deus. Eles já o dissecaram a ponto de conhecer todos os desígnios e todos os pensamentos de Deus. Eles já sabem como Deus “funciona”, quais seus desejos mais íntimos, o que ele gosta, como ele é, quais suas características, atributos, etc.
A religião africana esteve durante séculos, no Brasil, em contato com a religião católica (predominante), assim como com as religiões indígenas e mais tarde com o kardecismo; ela impregnou-se, portanto, de traços sincréticos, resultado de um longo processo de seleção, negociação e reinterpretação de elementos de origens diversas.
Houve, com o decorrer dos séculos, um sincretismo religioso, ou seja, uma mistura curiosa de mitologia africana, indígena brasileira, espiritismo e cristianismo, que criou ou favoreceu o desenvolvimento de cultos como a umbanda, a quimbanda e o candomblé.
A macumba, o candomblé e a umbanda são diferentes formas de sincretismo de ritos e crenças pagãs africanas com elementos externos do cristianismo (imagens, invocações), do espiritismo reencarnacionista e de cultos indígenas brasileiros. Essas formas de religião baseiam-se em princípios dualistas: elas admitem a existência de entidades boas e entidades más igualmente poderosas; acreditam que estas últimas, embora inimigas do homem, devem, entretanto, ser cultuadas, para evitar que se vinguem, fazendo o mal.
A necessidade de sobreviver ao convívio com o mal no plano espiritual levou estes cultos a desenvolver esta habilidade também quando em contato com quem os combate.
A negociação e o conflito ao retratar a convivência, nem sempre pacífica, de pentecostais, católicos, adeptos de religiões afro-brasileiras e daqueles que se empenham hoje no resgate de algumas tradições religiosas e culturais como forma de pertencimento, dá a essa questão um enfoque político e ideológico.
Dessa mescla de tradições, cada qual com sua história e personalidade, criou-se no campo das religiões afro-brasileiras uma postura que celebra o convívio pacífico com as diferenças, onde todos têm algo positivo para oferecer.
O mesmo exemplo de tolerância não ocorre no campo das religiões cristãs. Os cristãos acreditam que já conseguiram engarrafar, encapsular e domesticar Deus. O que eles não entendem é que, ao fazerem isso estão, na verdade, eliminando o mistério e o imponderável de nossa realidade.
Duas verdades podem ser destacadas aqui. Primeiro que a tolerância pode ser desenvolvida por meio do fruto do Espírito Santo conhecido como longanimidade. Aquele que é longânime desenvolve também a tolerância. Em função disso bom seria que todos os cristãos fossem mais tolerantes. Segundo que Jesus é alguém que nos serve como exemplo desta atitude.
Jesus se aproxima de leprosos, de prostitutas, de mulheres, de publicanos e pecadores, de sírios e samaritanos, de cegos e doentes. Na realidade, a vida de Jesus é uma vida de constantes encontros com aqueles que
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