O ENSINO DE HISTÓRIA AFRO - BRASILEIRO NO COTIDIANO ESCOLAR
Artigos Científicos: O ENSINO DE HISTÓRIA AFRO - BRASILEIRO NO COTIDIANO ESCOLAR. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Renatta_criss • 26/10/2014 • 2.307 Palavras (10 Páginas) • 523 Visualizações
O ENSINO DE HISTÓRIA AFRO – BRASILEIRO NO COTIDIANO ESCOLAR
O ensino da disciplina de história não deve ser encarado como um produto e sim como um processo que admitem diferentes enfoques que sejam provisórios e relativos, porém a história enquanto disciplina é uma atividade de conhecimento e não uma arte de viver. A história afro – brasileira é de suma importância para o aprendizado do aluno, conduzindo as suas próprias necessidades de refletirem sobre o preconceito radical e até mesmo a luta por igualdade de direitos. “A escravidão teria, pois, um caráter consensual que nega a coisificação e seria aceita pela grande maioria dos cativos.” (QUEIRÓZ, 2005, p.108).
Porem, se cada professor trabalhasse com seus alunos o conteúdo de história afro – brasileira de uma forma direcionada, detalhada deste modo criaria condições para que os estudantes negros não sentissem rejeitados em virtude da cor de sua pele, talvez conseguissem combater um pouco mais a discriminação racial.
Porém, sempre trabalhando a importância e avanços no conhecimento baseado ao ensino da África e suas diversidades culturais. Com objetivo de fazer com que os alunos percebam as relações entre o passado (os conteúdos estudados em História) e o tempo presente, observando as mudanças e permanências nas relações estabelecidas entre os diferentes grupos étnicos e da situação do afro - descendentes na sociedade brasileira. Uma vez que, estão sempre conscientizando seus alunos a trabalhar o dia da consciência negra, mostrando que esse dia foi incluído no calendário escolar, e que esta data ficou marcada pela luta contra o preconceito racial no Brasil. “A violência também se transmitia ao escravo que transgredindo normas, destacando os senhores, roubando-os, assassinando-os, espremiam de forma brutal, o seu inconformismo ante o cativeiro.” (QUEIRÓZ, 2005, p.106).
A importância de se estudar a história de africanos e de afro - descendentes está relacionada às profundas relações que guardamos com a África. No geral, somos frutos dos encontros e confrontos entre diferentes grupos étnicos como indígenas, europeus, africanos e outros.
De acordo com Queiróz (2005), a escravidão é pedra basilar no processo de acumulação do capital que veio, para sustentar o mercado e o lucro. Sendo que, o comercio dentro da colônia, os escravos se dedicavam a atividade comercial, já o lucro era atribuído à metrópole, ou seja, para a coroa, os escravos eram “as mãos e pés” do senhor de engenho, pois sem eles não haviam nem um tipo de produção. O professor de história precisa construir um novo olhar sobre a história nacional e regional/local, ressaltando a contribuição dos africanos e afros - descendentes na constituição da nação brasileira.
Os povos indígenas são constituídos por um grande número de diferentes, grupos que falavam diversas línguas e possuíam varias tradições, formando assim a população brasileira através dos povos que habitavam em nossa terra ao longo da sua história. A cultura afro-brasileira influenciou muito na construção da cultura do Brasil. Entender a cultura africana é necessariamente entender a nossa própria cultura que tem como destaque a culinária, a dança a religião entre outros.
“Os negros pertencentes á classe, em geral, organizavam-se em associação, muitas vezes informais, com o objetivo de manifestar a sua cultura por meio da musica, promovendo bailes, festas e encontros com seus companheiros de cor. Muitas dessas associações deram origem aos grupos carnavalescos e, mais tarde, as escolas de samba.” (MATTOS, 2009, p.188).
Porém, os africanos que por aqui estão ou chegaram aprenderam de certa maneira a conviver com o homem branco, indígenas, crioulos e até com pardos, manifestando a sua cultura e influenciando a sociedade brasileira. “A existência de um grande número de africanos e de seus descendentes contribuíram enormemente para que o português falado no Brasil recebesse a influência e fosse de elementos das línguas africanas”. (MATTOS, 2009, p.180).
Entretanto, enquanto o negro não estiver acesso ao conhecimento da história de se próprio, a escravidão cultural e racial se mentirá no país. No entanto, os africanos presentes no nosso país aprenderam a conviver com as grandes diversidades de raças originalmente de diferentes partes da África. A cultura afro-brasileira participou ativamente na construção da cultura do nosso país e ainda vemos sua influência em vários aspectos.
“Em primeiro lugar é preciso lembrar que a escravidão, e a diáspora transformaram o cotidiano desses africanos, sendo inevitável, no contexto dessa experiência, a transposição das manifestações religiosas ou, de uma maneira geral, culturais de forma direta e intacta da África para o Brasil.” (MATTOS, 2009, p.166).
É interessante lembrar que, o escravo nem sempre foi aceito pela grande maioria da população brasileira, onde muitos cativos quando morriam nem direto a sepultamento tinham eram largados nas ruas, pois dependia da boa vontade dos proprietários.
A cultura afra - brasileira de certa forma tem conseguido contribuir para o aprendizado dos alunos, fazendo com que eles percebam que os africanos presentes em nosso meio estabeleceram relações como um todo. “Para a elite brasileira, o negro, por conta do seu “caráter bárbaro” e “estado de selvageria”, era um empecilho à formação de uma nação, pretendida o mais próximo possível da civilização.” (MATTOS, 2009, p.18).
Seguindo ainda pelo o contexto da cultura africana, logo se ver que Mattos (2009), busca de certa maneira mencionar que os africanos que se encontraram no Brasil, tinham um calundu que por sua vez era uma das formas de expressarem suas visões de mundo, juntamente com suas crenças religiosas, onde através deste gesto mostravam a sua luta e resistência ao sistema escravista até porque, a violência e opressão ocorrida neste sistema provocaram diversas reações entre os escravos, pois eles lutavam por melhores condições de vida e libertação, onde nunca deixaram de lutar pelos seus direitos, mesmo sofrendo terríveis maus- tratos sempre acreditaram que iriam conseguir a liberdade e a dignidade para sobrevir na busca de melhores condições de vida.
As lutas empreendidas pelo Movimento Negro têm sido das mais complexas, dentre as quais as de reconstruir o imaginário social sobre a importância da população negra.
“Os escravos ainda reagiram contra as péssimas condições de trabalho, maus- tratos, a proibição de realizar festa, a separação de parentes e o impedimento do cultivo de suas próprias raças.” (MATTOS, 2009, p. 214).
Vale salientar que, os africanos de certo modo não contribuíram
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