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Cultura Civilização

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Por:   •  9/4/2014  •  847 Palavras (4 Páginas)  •  224 Visualizações

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Cultura e civilização

Inicialmente, o texto nos remete a fatos históricos, objetivando a compreensão do conceito de cultura. A palavra cultura teve sua significativa em vários idiomas europeus no período moderno. Os primeiros usos dos idiomas europeus preservaram algo do sentido original de cultura, que significava fundamentalmente o cultivo ou cuidado de alguma coisa, tal como grão ou animais. Mais tarde este sentido original foi estendido da esfera agrícola para o processo do desenvolvimento humano, do cultivo de grão para o cultivo da mente.

Já palavra civilização, foi inicialmente usada na França e na Inglaterra no fim do século XVIII para descrever um processo progressivo de desenvolvimento humano, um movimento em direção ao refinamento e à ordem, por oposição à barbárie e à selvageria. Por trás desse sentido emergente estava o espírito do Iluminismo europeu e a confiante crença no caráter progressista da era moderna.

O contraste germânico entre cultura e civilização estava ligado a padrões de extradição social do inicios da Europa moderna. Essa ligação foi examinada por Norbert Elias. Na Alemanha no século XVIII, observa Elias, o francês era o idioma da corte nobiliárquica e dos expoentes da burguesia; falar francês era um símbolo de status entre as classes superiores. A polêmica contra classes superiores era expressa em termos do contraste entre cultura e civilização. "Tornamo-nos cultos através da arte e das ciências" afirmava Kant, "tornamo-nos civilização pela aquisição de uma variedade de requintes e refinamentos sociais".

Houve uma mudança decisiva que aconteceu no fim do século XIX, com a incorporação do conceito de cultura à nova disciplina emergente – antropologia. Nesse processo, o conceito de cultura foi despojado de algumas de suas conotações etnocêntricas e adaptado às tarefas da descrição etnográfica. O estudo da cultura estava agora menos ligado ao enobrecimento da mente e dom espírito no coração da Europa e mais ligado a elucidação dos costumes, praticas e crenças de outras sociedades que não as europeias.

Concepções Antropológicas de cultura

Os estudos sobre cultura intensificaram-se, segundo Thompson especialmente entre os historiadores e filósofos alemães nos séculos XVIII e XIX e geralmente referia-se "a um processo que diferia", sob certos aspectos, do de “civilização”. Podemos descrever este uso tradicional do termo como a “concepção clássica de cultura”. Tal concepção definia cultura como “o processo de desenvolvimento e enobrecimento das faculdades humanas, um processo facilitado pela assimilação de trabalhos acadêmicos e artísticos e ligado ao caráter progressista da era moderna”. No entanto, esta concepção deu lugar, com o surgimento da disciplina de Antropologia no século XIX, a outras duas concepções, a saber, a “concepção descritiva” e a “concepção simbólica".

A Concepção Descritiva

A “concepção descritiva de cultura” prega que “a cultura pode ser vista como o conjunto inter-relacionado de crenças, costumes, formas de conhecimento, arte, etc., que são adquiridos pelos indivíduos enquanto membros de uma sociedade particular e que podem ser estudados cientificamente”. Tal concepção pode ser definida da seguinte maneira: “a cultura de um grupo ou sociedade é o conjunto de crenças, costumes, idéias e valores, bem como os artefatos, objetos e instrumentos materiais, que são adquiridos pelos indivíduos enquanto membros de um grupo ou sociedade”.

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