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Cultura E Mudança Organizacional

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Por:   •  26/2/2015  •  1.059 Palavras (5 Páginas)  •  759 Visualizações

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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA

Pró-Reitoria de Ensino de Graduação - Coordenação de Ensino de Graduação

DEAAD – Diretoria de Educação Aberta e a Distância

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO PÚBLICA

Disciplina: Cultura e Mudança Organizacional

Prof. Dr. Carlos Subuhana

Aluna: Márcia Rodrigues

ATIVIDADE 01

Primeira Semana: 07/02/2015 a 15/02/2015.

UNIDADE 01 do Livro Texto (versão on line no AVA)

Visando o acompanhamento da leitura do texto básico, os estudantes irão responder as questões subjetivas que se encontram nas páginas 57 e 58 do livro.

1. Reflita sobre as relações entre o cargo em comissão, as feições concretas que revestem as relações dessa natureza (comissionada) e a história da Administração Pública brasileira. A partir disso, faça uma síntese de até 15 linhas sobre as transformações necessárias e passíveis de serem implementadas em relação aos cargos em comissão.

A gestão das organizações públicas é marcada pelo personalismo, patrimonialismo e o clientelismo, os quais influenciam as estruturas e relações organizacionais, inclusive regulando o processo de transformação.

O patrimonialismo refere-se a um Estado que não possui distinção entre o público e o privado. Neste sentido, o gestor toma as decisões conforme seus interesses particulares, constituindo o clientelismo político, que consiste na nomeação de pessoas para ocuparem cargos de chefia, direção e assessoramento nas organizações públicas em troca dos apoios recebidos nas eleições, seja de cunho financeiro, político-partidário, etc. Tais práticas tem como consequência a resistência e/ou fracasso do processo de reforma administrativa.

Mas, a transformação do Estado brasileiro é impulsionada por diversos fatores, tais como: demanda da sociedade contemporânea, adoção técnicas gerenciais, texto constitucional que estabelece os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, o LIMPE que visa inovar a gestão pública. Dessa forma, os gestores públicos devem atuar na aplicação das leis existentes, na quebra de paradigmas dos resistentes as mudanças, na contratação de técnicos em detrimento aos apadrinhados políticos, na implementação de programas, projetos e ações favoráveis a gestão pública em prol da coletividade e não dos interesses pessoais.

2. Pesquise sobre conceitos relacionados ao taylorismo, ao fayolismo e à organização burocrática e identifique traços e influências desses, presentes na organização pública contemporânea. A partir disso, relacione os traços constitutivos – que já assumem caráter de elementos culturais – com as barreiras à mudança organizacional.

O Taylorismo, criado por Frederick W. Taylor, é uma concepção de produção baseada em um método cientifico de organização do trabalho, no qual cada trabalhador passou a exercer uma atividade específica no sistema industrial. Algumas características do taylorismo são: racionalização da produção, economia de mão de obra, aumento da produtividade, corte de gastos desnecessários de energia e acabar com qualquer desperdício de tempo.

O Fayolismo é o método de organização racional da administração geral e industrial, desenvolvido por Henri Fayol, que consiste em governar e conduzir a organização para atingir a meta proposta, procurando obter o maior rendimento possível de todos os recursos de que dispõe.

Já a organização burocrática tem como objetivo básico organizar detalhadamente e dirigir rigidamente as atividades da organização, com a maior eficiência possível. Seus principais postulados são: caráter legal das normas e regulamentos, impessoalidade nas relações, hierarquia da autoridade, rotinas e procedimentos padronizados, competência técnica e meritocracia.

Os conceitos apresentados acima destacam a aplicabilidade dos princípios constitucionais estabelecidos para a gestão pública contemporânea, que são: legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Dessa forma, não admitem a utilização dos elementos culturais patrimonialismo, clientelismo, personalismo, formalismo, etc. que são prejudiciais aos projetos de reforma administrativa do Brasil. A eficiência está alicerçada no método taylorista e fordista, mas o modelo burocrático atende mais adequadamente as indústrias, pois nas questões administrativas de uma organização apresenta disfunções, tais como: inflexibilidade, centralização das decisões, sem comprometimento dos funcionários, formalismo excessivo, supervalorização dos meios, entre outras.

3. Com base no conceito de burocracia desenvolvido por Max Weber identifique as perspectivas desse fenômeno – o burocrático – como instrumento de dominação (uma leitura com foco nas relações de poder) e como modelo de organização (leitura de orientação funcionalista).

A burocracia desenvolvida por Max Weber objetiva organizar detalhadamente e dirigir rigidamente as atividades da organização, com a maior eficiência possível. No campo da administração é utilizado como modelo de gestão focado no caráter legal das normas e regulamentos, na impessoalidade das relações, na hierarquia das autoridades, nas rotinas e procedimentos padronizados e na competência técnica. Sendo assim, tal modelo atende principalmente as necessidades da produção industrial. Mas para as organizações administrativas os entraves do modelo são relacionados a inflexibilidade, a excessiva concentração das decisões ocasionadas pela hierarquia, a falta de autonomia dos funcionários, a valorização de normas e regulamentos, a supervalorização de rotinas administrativas e o favorecimento da corrupção devido as barreiras impostas a prestação dos serviços públicos, consequentemente representam a dominação do poder para os que ocupam o topo das organizações.

Dessa forma, a aplicação da burocracia gera problemas graves na administração pública contemporânea, pois os servidores públicos devem considerar o todo das organizações, inovando, atendendo e satisfazendo as necessidades da população, atuando com espirito de equipe para favorecer os resultados almejados, portanto cabe aos gestores públicos adotar arranjos organizacionais alternativos para suprir as necessidades da organização.

4. Pense em uma situação ocorrida em uma organização pública e identifique os principais fatores ou aspectos da cultura brasileira que se refletem no ambiente organizacional. Descreva como esses fatores afetam os processos de mudança organizacional.

A nomeação dos cargos de confiança nos setores públicos está diretamente relacionada a política partidária dos gestores eleitos, ato em desacordo com a necessidade da administração pública de ser composta por técnicos e/ou pessoas qualificadas. Sendo assim, a Biblioteca Pública Municipal possui no seu quadro de recursos humanos bibliotecárias, aprovadas em concurso público, mas o gestor público nomeou para a direção da mesma um agente de portaria devido ao fato do mesmo ter sido candidato na eleição passada e para agentes administrativos uma dezena de pessoas filiadas aos partidos políticos integrantes da coligação da sua campanha eleitoral.

Logo, o patrimonialismo, especificamente o clientelismo político, dominou a tomada de decisão, pois os cargos de livre nomeação e exoneração para os cargos de chefia, direção e assessoramento foram delegados aos coligados políticos e não aos técnicos qualificados para tais atribuições.

Neste sentido, o processo de mudança organizacional fica afetado, pois as medidas gerenciais são dificultadas pelos vícios culturais do fazer política, ou melhor a politicagem, transformando a máquina pública num negócio particular com resultados positivos para indivíduos que estão no poder e não visando o bem esta da coletividade da população.

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