DEMOCRATIZAÇÃO E POLÍTICA SOCIAL
Resenha: DEMOCRATIZAÇÃO E POLÍTICA SOCIAL. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: gracielelaolly • 9/5/2014 • Resenha • 458 Palavras (2 Páginas) • 246 Visualizações
DEMOCRATIZAÇÃO E POLÍTICA SOCIAL
NOTAS SOBRE A CONJUNTURA BRASILEIRA ATUAL
O Brasil representa, hoje mais do que nunca, um desafio à análise que busca
integrar as dimensões político-institucionais, econômicas e sociais no quadro
internacional determinado pelas decorrências do "ajuste econômico", inspirado no
"Consenso de Washington" (Williamson, Bresser Pereira) e das pressões internas
por democratização política.
A dificuldade de análise surge pela complexidade inaudita da realidade brasileira.
A plena consolidação democrática convive com uma crise macro-econômica profunda,
que abala inclusive as bases de um padrão de desenvolvimento que possibilitou ao
país um crescimento econômico vigoroso no passado. Acostumado a uma trajetória
de crescimento de sua economia, no curso deste século, com resultados excepcionais,
o país é confrontado com insondáveis dificuldades de assimilação desta quebra do
seu padrão histórico de acumulação.
Uma leitura desta crise pode ser feita a partir das dificuldades de um país com
dimensões continentais e com a base industrial de que dispõe o Brasil para, em um
contexto internacional de reorganização econômica e novas configurações políticas,
retomar sua trajetória de crescimento ; este agora incorporando as dimensões sociais.
O objetivo central deste trabalho é analisar as relações complexas entre o
processo de democratização política, consolidado a partir dos anos 1980, e a
implementação de políticas sociais no Brasil, neste contexto de reajuste estrutural
necessário ao desenvolvimento.
A OPACIDADE DA COMPARAÇÃO
Dadas as circunstâncias que envolvem o Brasil e seu processo de redefinição
atual, é preciso uma qualificação da problemática específica. Esta qualificação tem
por objetivo discriminar as potencialidades encerradas no caso brasileiro vis-à-vis
outros países com os quais é frequentemente comparado. A operação de
comparabilidade deve levar em conta peculiaridades intransferíveis, caso contrário
as projeções do possível histórico vão configurar distorções analíticas
comprometedoras da própria comparação.
A ciência política comparada dominante entre os anos 1960 e 1980, fortemente
marcada pela hegemonia norteamericana (Almond, Verba, Apter, Huntington)
ressaltou sobremaneira
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