Deixar a escola no ensino superior

A evasão escolar no ensino superior é um grave problema que se apresenta para o sistema educacional brasileiro e internacional (Silva Filho et al., 2007). Esse é um problema complexo, marcado por inúmeras causas econômicas, didático-pedagógicas e pessoais.

As causas da evasão podem ser equiparadas às causas da retenção, tais como as defendidas por Lima (2006) ao indicar um modelo para estudo da evasão escolar, em que cita nove razões principais: dificuldade acadêmica; adaptação; objetivos individuais; incertezas; comprometimento; fator financeiro; integração; incongruência; isolamento. Dentre causas que Lima (2006) aponta para justificar a evasão, pode ser destacado como possíveis explicações da retenção o alto índice de reprovações e dificuldades financeiras momentâneas. Outros fatores influenciadores na permanência excessiva e no abandono do curso pelos alunos da graduação, de acordo com Corrêa e Noronha (2008), estão associados à falta de apoio familiar, às características pessoais e às condições do mercado de trabalho local.

Estudo realizado por Fonseca (2006) mostra que em média, a evasão nas universidades federais chega a expressivos 50%, sendo que na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em especial para algumas áreas, como no Centro de Tecnologia e Geociências (CTG), este número passa dos 60%. Ainda com relação à UFPE, o fenômeno da retenção é o mais preocupante, já que a universidade não tem jubilado os alunos que ultrapassam o período de integralização do respectivo curso. Este fato força a sociedade a arcar com o ônus de manter indivíduos sem o devido retorno do investimento que ela despendeu em sua formação.

O conhecimento matemático é em camadas que superpõem. Seg