Direitos Humanos E Cidadania
Casos: Direitos Humanos E Cidadania. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: thayeptc • 20/2/2014 • 1.274 Palavras (6 Páginas) • 715 Visualizações
A importância do comportamento ético no processo de consolidação dos direitos humanos
A formação de comportamentos éticos independe da época, e sempre foi importante para a convivência harmoniosa da sociedade. No cotidiano diário, é que se vê, nas atitudes e comportamento dos seres humanos, a prática do conceito de ética que é o costume, modo de ser ou caráter.
Muitos de nós ainda não temos bem esclarecida a diferença entre moral e ética, por ter se tornado o uso dessa última algo corriqueiro, ou seja, muito falado nos dias atuais, em detrimento das inúmeras impunidades advindas de nosso governo quanto à corrupção,entre outros. Acabamos por igualar a palavra ética à palavra moral. Sendo que moral está atrelada à ética, pois moral são valores, regras, convenções, obrigações adquiridas por hábitos, enquanto ético é o modo de ser, o caráter, uma reflexão sobre a moral.
A educação vai se desenvolvendo através das experiências vividas, nas situações presenciadas ao longo da vida, é nesse processo que o homem amplia a sua comunicação, a colaboração entre os homens, possibilita crescimento pessoal, a produção e a reprodução social e cultural. E nesse contexto é que se forma o caráter, logo a ética de cada um. Trazendo o tema para os dias atuais, percebemos que impera a teoria do individualismo na qual o indivíduo manipula as situações de acordo com seus interesses.
Na maioria das vezes, o mesmo cidadão que critíca o político corrupto, é aquele que quando surge a oportunidade de ganhar alguma vantagem sobre alguma situação ou alguém, não pensa duas vezes em agir em benefício próprio, independendo se vai prejudicar outro semelhante, por exemplo, quando o indivíduo encontra um aparelho celular, podendo devolvê-lo ao seu dono, já que tem a agenda telefônica que facilita tal ato, não o faz por pensar apenas em seu próprio benefício.
Essa cultura brasileira de falta de ética vem desde o período colonial, em que se consolidou um grande autoritarismo. Autoritarismo esse, característico de nosso povo, que se verifica em práticas como venda de votos e o coronelismo por exemplo. Levando em consideração que vivemos em uma sociedade na qual, de certa forma, incentiva a cultura do” levar vantagem”, ser ético hoje em dia é um desafio,vai dos princípios e valores de cada um agir conforme sua consciência de certo e errado. Porém, o fato de não haver punição, moral nem judicial, em muitas situações, faz com que as pessoas acabem por seguir agindo dessa forma.
No ramo empresarial, questões de caráter ético e social, são verdadeiros diferencias às organizações. Nossa sociedade, com o avanço dos recursos tecnológicos, se mostra cada vez mais exigente em relação a estes aspectos. Cada esfera da vida prática se vincula a uma ética aplicada. Responsabilidade social empresarial com foco no uso adequado dos recursos da tecnologia fortalece a imagem das instituições. Através de códigos de ética utilizados nas empresas, objetivam-se melhorias na comunicação com o público, manter a solidariedade entre os profissionais, criar um ambiente de trabalho saudável e agradável, bem como possibilitar a discussão sobre valores e intenções tornando-a uma prática frequente.
Cada ser humano é dotado de direito natural e direito positivo, sendo que o primeiro é universal, pois decorre da natureza do homem que é a mesma e a única seja qual for o lugar ou o momento de sua existência. Já o segundo é produto do Estado, um conjunto de normas gerais, emanadas da vontade do legislador, o qual o cumprimento é garantido pela força emanada do poder do estado. A partir da positivação desses direitos, advêm os Direitos Humanos.
A idéia de Direitos Humanos está intrinsecamente ligada ao conceito da dignidade do ser humano. Tal ligação é bem traduzida por Kent, "Age de tal modo que possas usar a humanidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre como um fim ao mesmo tempo e nunca apenas como um meio” (Kant, 2006). Para Kent o ser humano não pode alienar-se, ser visto como objeto, ou ter sua dignidade tolhida a troca de um preço, como por exemplo, trocar sua liberdade por bens materiais, ou ainda, a venda de órgãos humanos, devendo sua condição humana ser respeitada por si mesmo.
Não se pode identificar um conjunto único de razões para que os direitos humanos ainda se debatam em discussões complexas no plano de sua concretização, uma vez que persistem na sociedade contemporânea as graves violações desses direitos, demonstrando o quanto ainda se torna incessante a tarefa direcionada à superação de seus obstáculos. O que se presencia é um paradoxo de sociedades que sequer efetivaram plenamente os mais essenciais desses direitos, quando outras já vivenciam debates das novas dimensões que passaram a surgir, a exemplo das questões voltadas para a degradação ambiental, manipulações genéticas, indústria bélica e a vulnerabilidade pelo avanço da tecnologia e da informática.
Os fatores que ameaçam os direitos humanos são inúmeros. Nos estados democráticos, são eles, a incapacidade dos
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