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ECONOMIA E SOCIEDADE

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Por:   •  10/6/2013  •  2.305 Palavras (10 Páginas)  •  615 Visualizações

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Introdução:

No trabalho a seguir, iremos discorrer um pouco sobre a obra Economia e Sociedade do fundador da Sociologia, Max Weber. Além de tratarmos de um assunto que é um dos principais objetos da Sociologia, a ação, apresentaremos também explicações sobre as formas de dominação existentes na sociedade, além de abordarmos outros campos com a visão sociológica de Weber, como o Direito, a estratificação social, a área econômica, entre outros.

Desenvolvimento:

Em 1913, Weber publicou um escrito intitulado “Sobre algumas categorias da sociologia compreensiva”, primeiro esboço do seu método sociológico. Weber trabalhou neste volume até o final de sua vida, mas ele só foi publicado postumamente por sua esposa, Marianne Weber.

No primeiro capitulo desta obra, aparece o conceito fundante da teoria sociológica de Weber a categoria ação, considerado por ele o objeto da sociologia. . A ação é um comportamento humano ao qual os indivíduos vinculam um significado subjetivo e a ação é social quando está relacionada com outro indivíduo. A análise da teoria weberiana como ciência tem como ponto de partida a distinção entre quatro tipos de ação social:

1. A ação racional com relação a um objetivo: é determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo exterior como de outros homens e utiliza essas expectativas como condições ou meios para alcance de fins próprios racionalmente avaliados e perseguidos. É uma ação concreta que tem um fim especifico, por exemplo: o engenheiro que constrói um prédio.

2. A ação efetiva: é aquela ditada pelo estado de consciência ou humor do sujeito, é definida por uma reação emocional do ator em determinadas circunstâncias e não em relação a um objetivo ou a um sistema de valor, por exemplo, a mãe quando bate em seu filho por se comportar mal.

3. A ação racional com relação a um valor: é aquela definida pela crença consciente no valor - interpretável como ético, estético, religioso ou qualquer outra forma - absoluto de uma determinada conduta. O ator age racionalmente aceitando todos os riscos, não para obter um resultado exterior, mas para permanecer fiel a sua honra, qual seja, à sua crença consciente no valor, por exemplo, um capitão que afunda com o seu navio.

4. A ação tradicional: é aquela ditada pelos hábitos, costumes, crenças transformadas numa segunda natureza, para agir conforme a tradição o ator não precisa conceber um objeto, ou um valor nem ser impelido por uma emoção, obedece a reflexos adquiridos pela prática

No ponto de vista de Weber a sociologia esta em busca de significado e dos motivos últimos que os próprios indivíduos atribuem as suas ações: é nesse sentido que a sociologia é sempre “compreensiva” (verstehen). O principal objetivo de weber é compreender o sentido que cada pessoa dá a sua conduta e perceber assim a sua estrutura inteligível e não a analise das instituições sociais como propunha Durkheim. . A análise weberiana propõe que se deve compreender, interpretar e explicar respectivamente, o significado, a organização e o sentido, bem como evidenciar regularidade das condutas. Cabe a sociologia entender como acontecem e se estabilizam as relações sociais, os grupos organizados e as estruturas coletivas da vida social.

Com esse pensamento, ele não tinha a idéia de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais globais, dando importância à necessidade de entender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam essas situações sociais. Ou seja, a sua idéia é que a sociedade como totalidade social é o resultado das formas de relação entre seus sujeitos constituintes. Tomando como ponto de partida da compreensão da vida social o papel do sujeito, a teoria de Max Weber é denominada individualismo metodológico.

Sociologia Econômica

Durante a maior parte de sua vida acadêmica, Max Weber foi docente de disciplinas da área econômica. Desta forma, não é surpresa que Weber elabore uma sofisticada abordagem sociológica da vida econômica. Por esta razão, há até teóricos que defendem que, em última instância, toda obra de Weber não passa de uma teoria econômica, qual seja, uma visão sócio-histórica da vida aquisitiva.

Na sua primeira fase, seguindo a tradição marxista, Weber tendia a ver o capitalismo como um fenômeno especificamente moderno. Já em sua “Ética Protestante" (de 1904), apesar de colocar em relevo os fatores culturais da gênese da conduta capitalista, era esta visão que predominava. Mas, nas décadas seguintes, ele romperá com estas noções. Em primeiro lugar, ele insere o capitalismo (na sua fase "moderna") em um amplo processo de racionalização da cultura e da sociedade. Ou seja, enquanto fenômeno social, o capitalismo é uma das expressões da vida racionalizada da modernidade Ocidental e é similar, em sua forma racional, ao campo da política, do direito, da ciência, etc. Outra mudança importante é que Weber rompe com a definição marxista de que o capitalismo é um fenômeno exclusivo da era moderna: daí a expressão capitalismo "moderno". Para Weber, o capitalismo é um fenômeno que atravessa a história, pois a busca do lucro já pode ser localizada nas sociedades primitivas e antigas, nas grandes civilizações e mesmo nas sociedades não-ocidentais. O núcleo estruturante da atividade capitalista é a ''empresa'', pois a separação da esfera individual da esfera impessoal da produção permite a racionalização da organização do trabalho e mesmo das atividades de gestão destas organizações.

Com base nestas premissas, Weber construiu diferentes tipos ideais de capitalismo, como a capitalismo aventureiro, o capitalismo de Estado, o capitalismo mercantil, capitalismo comercial, etc.

As principais análises de Weber sobre o campo econômico podem ser encontradas no segundo capítulo de Economia e Sociedade, tópico em que ele discute a ordem social econômica. Ali ele destaca que o processo de racionalização da atividade econômica também envolve a passagem de uma racionalidade material - na qual a vida econômica está submetida a valores de ordem ética ou política - para uma racionalidade formal, ou seja, na qual a lógica impessoal das atividades econômicas e lucrativas se torna predominante.

Por estas razões, Max Weber é considerado, atualmente, um dos precursores da sociologia econômica, conjunto de autores que se recusa a entender a vida econômica como relacionada apenas com o mercado, concebido de forma abstrata, separado de suas condições

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