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ESTRANHOS NO EXTERIOR: AS CORRENTES DA TRADIÇÃO

Por:   •  11/7/2018  •  Resenha  •  609 Palavras (3 Páginas)  •  5.418 Visualizações

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Resenha do filme


“ESTRANHOS NO EXTERIOR: AS CORRENTES DA TRADIÇÃO”

Marina Gonzales

DRE 112196151

O documentário “Estranhos no exterior: As correntes da tradição” retrata de forma detalhada viagens realizadas pelo geógrafo e antropólogo, alemão Franz Boas.

As expedições foram feitas com o intuito de realizar pesquisas que relacionam as características físicas e região onde uma pessoa mora com seus comportamentos e sua capacidade intelectual, mapear a região costeira e estudar novas culturas.
As pesquisas feitas por Franz Boas revolucionaram a antropologia, chegando a ser considerado “O pai da antropologia Americana”.
A concepção das pessoas em relação ao determinismo biológico e ao determinismo geográfico foi mudado após as pesquisas de Franz Boas no século XIX.
A ideia de que uma pessoa tinha seu caráter e capacidade intelectual determinada pelo lugar onde nasceu ou sua raça, era totalmente aceita até esse conceito ser criticado por Franz com base em estudos, ou seja, ele podia provar sua ideia, o que não acontecia com o determinismo biológico e geográfico.

A grande inovação de Franz Boas foi o rompimento com as ideias evolucionistas de seus antecessores, também chamados de “antropólogos de gabinete”, que baseiam sua análise em uma linearidade do progresso humano, um aspecto teleológico das diferentes sociedades que constituem a humanidade, que estariam em diferentes estágios de sua evolução, claramente expondo um etnocentrismo, já que a cultura européia e branca estaria mais avançada, liderando o progresso da humanidade. Para eles, não existiam diferentes culturas, mas sim diferentes estágios na evolução da cultura, em diferentes locais, como a selvageria, barbárie e a civilização. Da mesma forma, a alcunha de antropologia de gabinete também advém da utilização do método comparativo que consistia em fazer análises de diversas sociedades através de descrições relatadas (em papel, diários, documentos etc.) por exploradores, religiosos que se instalavam ou passavam por essas regiões ou por qualquer um que tivesse escrito algo sobre determinada população.
Boas estabelece uma ruptura com o princípio do evolucionismo cultural, afirmando que era muito mais provável que as culturas (no plural, pois acreditava que existiam diversas) tivessem se desenvolvido e se desenvolvam de forma independente; mesmo sua experiência na formação em geografia, onde acreditava que principalmente o meio onde esta sociedade se insere molda a sua cultura(determinismo geográfico), de acordo com ele, não explicava totalmente as culturas, pois sociedades que surgiram em climas semelhantes ainda apresentam culturas diversas. Ele considerava improvável a possibilidade de uma regra geral para o comportamento humano. Boas ainda criticava o método comparativo por conta da sua postura etnocêntrica. Esses escritos e relatos, que os evolucionistas utilizavam, não possuíam base verdadeiramente científica ou confiável, de acordo com Boas. Tais escritos, dizia ele, poderiam ser meros produtos do senso comum. Desta forma, Boas propõe que deveria ser mais importante uma análise cultural específica, do que uma abordagem geral e totalizante que busca propor grandes leis de desenvolvimento cultural. Este fator é explicitado nos seus vídeos, que tratavam aspectos como atitudes e movimentos simples em sua experiência com os inuítes.

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