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Educação Formal

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Por:   •  19/3/2015  •  599 Palavras (3 Páginas)  •  194 Visualizações

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Educação formal: As meninas do sertão e a falta de apoio das famílias na educação.

Todos nós sabemos que a vida do sertanejo não é fácil. Percebemos isso através de notícias de jornal, televisão, filmes, peças teatrais e também na literatura local e nacional. A pobreza vem desde a época colonial, mas não vamos, neste trabalho, nos ater a historicidade dos fatos e sim os números recorrentes num passado mais recente. Ou seja, através de dados recentes estabeleceremos comparações para analisarmos a situação do sertanejo, especialmente das sertanejas, com relação à educação formal e o apoio, ou ausência de apoio, das famílias na educação dessas meninas.

A partir das questões citadas lançamos a seguinte problemática: por que as meninas do sertão não conseguem apoio das famílias para seus estudos? Como no fazer ciência eliminamos a análise de bem e de mal, sabemos que não há uma relação racional que indiquei que as famílias sertanejas não querem apoiar a educação formal de suas crianças do sexo feminino simplesmente por serem ruins ou uma forma sádica característica das famílias do interior do Brasil. Eliminando o senso comum nos resta tentar levantar hipóteses que estabeleçam uma explicação para esse fenômeno.

A primeira hipótese que levantamos nesse estudo estabelece um quadro comparativo entre a realidade econômica das capitais nordestinas em relação às demais capitais do Brasil. Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), na Região Metropolitana do Recife cerca de 51,1% de sua população está vivendo abaixo da linha de pobreza, quase o dobro da taxa encontrada na Região Metropolitana de Porto Alegre, que é de 25,7%. Diante dos dados e da comparação estabelecida com outras capitais, já podemos inferir que a linha da pobreza pode interferir na educação formal, pois os pais não tiveram nenhuma referencia escolar devido a fatores econômicos, portanto esses mesmos pais não conseguem enxergar a importância dos estudos na perspectiva de um emprego melhor no futuro de uma criança. Isso ocorre ainda com mais força na figura feminina que é tida em nossa sociedade machista como um ser frágil que deve ser dominado e explorado, primeiro pela figura do pai e dos irmãos, depois pela figura do marido. Esse quadro é visto com muita clareza no filme ‘Vida Maria’, que mostra a realidade de muitas meninas sertanejas que acabam tendo que se dedicar aos serviços domésticos e perdem sua vida escolar, repetindo esse quadro por várias gerações. Essa primeira comparação ainda é entre as capitais, o quadro se agrava ainda mais quando falamos de interior, ou seja, o sertão nordestino se configura com mais dificuldades devido a fatores históricos, sociológicos e econômicos que fazem do sertão um polo de analfabetismo, principalmente entre as mulheres.

Segundo o IBGE cerca de 8,1% da população nordestina, principalmente o sertão, vive em extrema pobreza, em comparação com os 8,5% nacionais. Ou seja, isso reafirma a nossa hipótese de que as dificuldades econômicas interferem no apoio a educação formal de nossas meninas sertanejas. Portanto, fica claro que não obtendo nenhuma referência escolar e tendo que sobreviver a condições desumanas, não é de se admirar que a maioria das famílias sertanejas não contribua para com a educação formal de suas filhas.

Diante

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