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Estado, Governo E Mercado

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Por:   •  5/9/2014  •  1.711 Palavras (7 Páginas)  •  365 Visualizações

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Questões:

1 – Explique a dinâmica pendular das relações entre Estado e Mercado. Dê um exemplo.

As relações entre o Mercado e o Estado em uma sociedade capitalista funcionam a partir da figura de duas principais referências, ou seja, o próprio Estado situado à esquerda e o Mercado situado à direita em que o pêndulo, objeto que oscila entre os dois lados, simboliza a sociedade em momentos/situações distintas. Em análise a figura pode-se observar que o movimento pendular permite a adequação das necessidades da sociedade que em alguns momentos permeiam entre a necessária intervenção do Estado na regulação dos mecanismos econômicos e sociais e em outros momentos necessita que as atividades de mercado funcionem livremente para aquecimento e desenvolvimento da própria economia do país.

A partir da figura pode-se depreender-se que os dois polos opostos e extremos mostram-se insuficientes para manter o equilíbrio e as necessidades de uma sociedade capitalista, ou seja, a partir de um determinado momento em que o pêndulo chega a seu ponto máximo à direita, os mecanismos de mercado mostram-se insuficientes para estimular o investimento privado, desenvolvimento econômico e bem-estar social. No momento em que o pêndulo chega a seu ponto máximo à esquerda a intervenção do Estado na vida das pessoas não se mostra mais capaz de estimular o desenvolvimento econômico e social.

Como exemplo podemos citar a intervenção do Estado na precificação da gasolina, a partir do momento em que a competitividade da Petrobrás frente ao mercado internacional tende a prejudicar a expansão econômica do país e competitividade no cenário internacional, o Estado intervém na economia e reajusta os preços dos combustíveis, mesmo que isso traga certo desconforto à sociedade. (citar o exemplo da inflação- mercado em aquecimento- extrema direita e a intervenção do Banco Central ao emitir mais papéis e moedas ou retirar do mercado a grande circulação de moedas)

2 – Explique a dinâmica espiral das relações entre Estado e Mercado. Dê um exemplo.

A dinâmica espiral é um recurso utilizado exclusivamente pelo autor para explicar que as relações entre Estado e Mercado podem assumir conformações distintas, de modo que não possam retornar a um ponto de partida, ou seja, as relações estabelecidas entre Estado e Mercado nunca se repetem no tempo, elas se renovam, dai a ideia de espiral.

A Dinâmica da Espiral baseia-se na constatação de que existem padrões na evolução da consciência humana, devemos levar em consideração conceitos mais amplos que podem afetar a relação entre o Estado e o Mercado, considerar crises sociais, pessoais, econômicas que podem afetar a relação entre estes dois fatores.

O primeiro nível da espiral seria o da subsistência e o segundo é o da existência em si, quando os problemas essenciais já estão resolvidos e nos lançamos num processo de colaborar com o mundo que nos cerca. A partir disso, a espiral é infinita, e existem níveis de consciência que ainda estariam por vir, ligados ao futuro da humanidade. As pessoas sobem ou descem nessa espiral da consciência, dependendo das crises pessoais que enfrentam e das crises sociais que afetam sua comunidade ou seu país.

Como exemplo de espiral podemos citar como exemplo a crise financeira que teve seu inicio nos Estados Unidos com o estouro da chamada “Bolha imobiliária” que fez com que vários bancos de investimento e comerciais quebrassem, o que fez com que o Estado começasse a ter maior interferência na Economia do país através de inclusão de mecanismos de maior controle e segurança para abertura de créditos.

3 - Explique a diferença entre a dinâmica pendular e a dinâmica espiral.

A dinâmica pendular busca o ponto de equilíbrio entre o Estado e o Mercado, cabendo ao Estado a missão de intervenção, observando a sociedade, a figura do pêndulo funciona com o objetivo de alcançar a busca do equilíbrio nessas relações oscilando de acordo com princípios e necessidades de cada sociedade em determinada época. Quando o pêndulo se direciona à direita para o mercado, os mecanismos da sociedade estão direcionados para o lucro, retorno econômico e quando o pêndulo se direciona á esquerda, é o Estado quem assume o dever de intervir. Para explicar em que momento específico a relação entre o Mercado e o Estado, de fato, se estabelecem a figura mais adequada torna-se a da espiral. Não há retorno a um mesmo ponto de partida, assim como ocorre no movimento pendular, na espiral a relação entre Mercado e Estado nunca se repetem no tempo, renovando-se constantemente, esta seria a diferença.

4 - Quais as duas matrizes teóricas para interpretação das relações entre Estado e Mercado? Explique a diferença entre elas.

As duas matrizes teóricas para interpretação das relações entre Estado e Mercado são: a Liberal e a Marxista. O Liberalismo surgiu em oposição ao poder absoluto exercido pelas monarquias hereditárias da Europa que invocavam o direito divino como fonte de sua legitimidade. Aprofundando mais a questão, Liberalismo pode ser definido como um conjunto de princípios e teorias políticas, que apresenta como ponto principal a defesa da liberdade política e econômica. Neste sentido, os liberais são contrários ao forte controle do Estado na economia e na vida das pessoas.

O pensamento liberal teve sua origem no século XVII, através dos trabalhos sobre política publicados pelo filósofo inglês John Locke. Já no século XVIII, o liberalismo econômico ganhou força com as ideias defendidas pelo filósofo e economista escocês Adam Smith. Podemos citar como princípios básicos do liberalismo, a defesa da propriedade privada, liberdade econômica, mínima participação do Estado nos assuntos econômicos da nação e igualdade perante a Lei (estado de direito).

Já o marxismo se estruturou como crítica e alternativa à sociedade burguesa e à ordem liberal vigentes no século XIX, tomando por base o pensamento do filósofo alemão Karl Marx. O marxismo se baseia no materialismo e o socialismo científico, constituindo ao mesmo tempo uma teoria geral e o programa dos movimentos operários. Em razão disso, o marxismo forma uma base de ação para estes movimentos, porque eles unem a teoria com a prática. Para os marxistas, o materialismo é a arma pela qual é possível abolir a filosofia como instrumento especulativo da burguesia (o Idealismo) e fazer dela um instrumento de transformação do mundo a serviço do proletariado (força de trabalho). Este conceito tem duas bases: o materialismo dialético e o materialismo histórico. O primeiro coloca

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