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Estratificação Social

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Por:   •  4/11/2013  •  2.761 Palavras (12 Páginas)  •  451 Visualizações

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APRESENTAÇÃO DA TEMÁTICA

Nosso trabalho consiste numa comunicação em forma de seminário sob a temática: “ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL”. Esta será apresentada em quatro etapas:

• Apresentação de conceitos e abordagem sobre as desigualdades no Brasil;

• Apresentação de índices que medem o desenvolvimento do Brasil em relação à outras nações;

• Apresentação das principais teorias da Estratificação e Mobilidade Social;

• Apresentação de dimensões não econômicas das classes.

CONCEITOS DE ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL

Tanto na Sociologia quanto na Antropologia, assim como em outras ciências sociais, a estratificação social refere-se a “um arranjo hierárquico entre os indivíduos em divisões de poder e riqueza em uma sociedade. É a diferenciação hierárquica entre indivíduos e grupos, segundo suas posições (status), estamentos ou classes”.

Segundo Giddens, a estratificação consiste em “um sistema de desigualdades estruturadas entre diferentes agrupamentos de pessoas na sociedade”. Pode ser útil pensar-se na estratificação como uma sobreposição geológica de camadas de pedra sobre a superfície da terra. As sociedades podem ser vistas como constituindo ‘estratos’ hierarquizados, com os mais favorecidos no topo e os menos privilegiados perto do fundo.

Anthony Giddens, Sociologia, 5ª edição, F. C. Gulbenkian, 2007, Lisboa, pág. 284.

Normalmente consideram-se três tipos principais de estratificação social:

• Estratificação econômica: baseada na renda ou posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;

• Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);

• Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de advogado do que a profissão de pedreiro.

A estratificação social consiste na separação da sociedade em grupos de indivíduos (estratos sociais) que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação expressa desigualdades.

Podemos perceber a desigualdade em diversas áreas:

• Oportunidade de trabalho

• Cultura / lazer

• Acesso aos meios de informação

• Acesso à educação

• Gênero (homem / mulher)

• Raça e/ou etnia

• Religião

• Economia (rico / pobre)

• Origem geográfica (jus soli)

• Dialeto / diferenças fonético-linguísticas

A estratificação social esteve presente desde os primórdios da civilização, mas mudou de forma. O advento do capitalismo e, sobretudo, a revolução industrial transformou os sistemas econômicos e a sociedade, com o surgimento da sociedade de classes e da desigualdade entre classes.

Umas das características fundamentais que distingue as sociedades ocidentais modernas das sociedades tradicionais é a possibilidade de mobilidade social. Diferentemente das sociedades de castas ou da sociedade medieval - na qual quem nascesse servo morreria servo, não tendo a possibilidade de mudar de estamento - na sociedade ocidental contemporânea isso é possível, e a mobilidade social (ascendente ou descendente) pode ocorrer como consequência, por exemplo, da maior ou menor facilidade de acesso a serviços (de educação, transportes, segurança pública, saúde, habitação, etc) os quais podem ou não ser de responsabilidade do Estado. Se o acesso à educação fundamental gratuita, por exemplo, é garantido constitucionalmente, a ausência ou má qualidade desse serviço pode levar a reivindicações por parte dos cidadãos, através do movimento social, que consiste na mobilização daqueles que acreditam ter seu direito desrespeitado ou que se consideram excluídos do acesso a um direito seu. A estratificação social pode, portanto, expressar não só a desigualdade entre os homens, mas também a exclusão de indivíduos ou grupos da possibilidade de exercer determinado direito.

COMO É FEITA A ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL?

Segundo Giddens, “podem distinguir-se quatro sistemas básicos de estratificação: a escravatura, as castas, os estados e as classes. Estes encontram-se algumas vezes em conjugação uns com os outros. A escravatura, por exemplo, coexistiu com as classes em Roma ou na Grécia Antiga, ou nos estados do sul dos EUA, antes da Guerra Civil Americana”.

Anthony Giddens, Sociologia, 3ª edição, F.C. Gulbenkian, Lisboa, 2002, pág. 296.

A estratificação social pode ser feita através de:

a) Castas compostas de um número muito grande de grupos hereditários. Os papéis das pessoas na sociedade são determinados por sua ascendência. Esse é um modelo de estratificação que não apresenta nenhuma possibilidade de mudança de posição social, por isso é chamado de fechado, pois a pessoa que pertence a uma casta só se pode casar com um membro da mesma casta. Ex. na Índia a estrutura de castas tem natureza religiosa.

b) Estamentos: constituem uma forma de estratificação social com camadas sociais mais fechadas do que as das classes sociais e mais abertas do que as das castas, motivo pelo qual é chamada semi-aberta. Os Estamentos são reconhecidos por lei e geralmente ligados ao conceito de honra, ou seja, o prestigio é o que determina a posição da pessoa na sociedade. Ex.: a sociedade medieval.

c) Classes: constituem uma forma de estratificação social onde a diferenciação entre os indivíduos é feito de acordo com o poder aquisitivo. Nas sociedades democráticas, não há desigualdade de direito, pois a lei prevê que todos são iguais, independente de sua condição de nascimento, mas há desigualdade de fato.

ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL: BRASIL E PERSPECTIVAS GLOBAIS

Em

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