Estratificação Social Em Todos Os Períodos Históricos
Trabalho Escolar: Estratificação Social Em Todos Os Períodos Históricos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: leeeandrooo • 28/10/2013 • 1.771 Palavras (8 Páginas) • 1.318 Visualizações
Introdução:
Segundo uma visão religiosa, moral e filosófica, todos os seres humanos são iguais, ou seja, ainda que cada indivíduo tenha características específicas e individuais, de acordo com essa visão, todos os seres são homogênios, essa ideia pode ser fortalecida com uma passagem bíblica contida em no livro de Gálatas, capítulo 3, versículo 28, “Não há judeu nem grego; não há escravo nem livre; não há homem nem mulher; porque todos vós sois um em Cristo Jesus.” Porém percebe-se que desde a pré-história, os seres humanos vêm formando grupos de acordo com os valores, etnia, língua, grau de parentesco e outros. Nota-se também que desde quando os grupos se formaram existe uma desigualdade entre eles, visto que alguns grupos “viviam melhor” que outros, e que no decorrer do tempo a formação dos grupos se intensificaram, e junto a ela a desigualdade também aumentou.
Estratificação Social na Pré-história:
A Pré-história é um período histórico dividido entre período paleolítico (5.500.000 – 10.000 a.C.), e período neolítico (8.000 – 4.000 a.C.), como há uma grande diferença entre essas duas fases, a estratificação social foi diferente.
Período Paleolítico: Nesse período, diferentes hominídeos conviveram na terra, e foi exatamente essa característica que diferenciava cada grupo. Por exemplo, os Australophitecus era um tipo de hominídeo que tinham crânio, braço e pernas longas, os hominídeos dessa espécie viviam em grupos. Já o homo habilis, tinha também pernas e crânio grandes, porém possuía braços menores que os homo de australophitecus, essas características incluía os hominídeos dessa espécie no grupo dos homo habilis, logo pode-se concluir que nesse período histórico o que dividia os indivíduos em grupos e caracterizava cada grupo era a forma física.
Nessa época já havia desigualdade entre os grupos, por exemplo, alguns grupos habitavam terras onde havia maior diversidade de árvores frutíferas, isso fazia com que os grupos que ali habitavam tivessem uma melhor alimentação. Essa busca por boas terras foi um dos fatores de haver tantos conflitos entres os diferentes grupos de hominídeos, pois todos buscavam terras que pudesse suster o grupo.
Período Neolítico: É neste período que ocorre a sedentarização da população. Tal sedentarização foi consequência das práticas agropastoris, ou seja, com o surgimento e desenvolvimento da agricultura e da pecuária, os povos perceberam que não era mais necessário caminhar por diversas regiões para buscar alimento. Podiam cultivá-lo ou cria-lo em apenas uma região, e, assim, fixaram-se em algumas regiões. Nessa nova fase, a principal característica que diferencia os grupos é a cultura, pois como diversos grupos se fixaram na terra formando as aldeias, começou a nascer uma identidade dos grupos, cada grupo passou a ter um conjunto de valores, cada grupo passou a ter suas crenças e outros. Além disso, nota-se também que nessa fase histórica não havia apenas a estratificação social por razão cultural, pois dentro de cada grupo que cultivava determinada cultura existia outras estratificações sociais, por exemplo, dentro de cada aldeia existia o ancião (homem mais velho), esse era quem determinava os trabalhos exercidos pelos integrantes da aldeia, esse tinha maior poder e influência. Além disso, depois do ancião o homem era tido como o mais importante da tribo, pois esse tinha a tarefa de sustentar a aldeia com a caça e a pesca. A mulher não tinha tanta importância, a esta cabia o trabalho de cuidar dos filhos e colher os frutos da plantação. Dentro de cada aldeia os deficientes não tinha nenhum valor, muitas vezes quando uma criança nascia deficiente, era assassinada. Logo pode-se perceber, que nesse período sexo, idade, e corpo físico também influenciava na estratificação social.
Estratificação nas Civilizações Clássicas (Grécia e Roma):
Grécia: Durante a transição da Pré-história até as grandes civilizações clássicas, a estratificação social mudou bastante. A sociedade grega era marcada por profundas desigualdades sociais. Embora houvesse uma diferenciação na organização social de cada cidade-estado, no geral quase todas seguiam certo padrão.
Diferente do período neolítico e paleolítico, na Grécia a posse de terra era o fator principal na estratificação social, ou seja, quem possuía terra, formavam a aristocracia e possuía uma boa condição econômica e social, quem não possuísse terras seria incluído nos grupos menos privilegiados. Na maioria das cidades gregas, o fato de um indivíduo não possuir terra fazia com que ele não fosse considerado cidadão.
Como a Grécia era formada por cidades-estados independentes, cada cidade-estado possuía suas próprias leis e sua própria pirâmide social. Abaixo há duas pirâmides sociais das duas principais cidades gregas, Atenas e Esparta.
Pirâmide social de Atenas
Os Eupátridas eram os grandes proprietários de terra, e por isso eram considerados cidadãos e tinha boas condições econômicas e sociais.
Os metecos eram os estrangeiros residentes em Atenas, esses dedicavam-se ao artesanato e ao comércio. Por não terem terras, não eram considerados cidadãos, portanto não podiam participar do governo.
Os escravos eram a maioria da população, não eram considerados cidadãos, viviam em péssimas condições sociais.
Pirâmide social em Esparta.
Os espartanos, assim como os eupátridas, eram os grandes proprietários de guerra, formavam as aristocracia espartana e viviam em boas condições sociais e econômicas.
Os periecos eram homens livres que dedicavam-se ao comércio e ao artesanato, porém apesar de serem livres, não tinham direitos políticos.
Os hilotas eram escravos, esses não possuíam nenhum poder político nem eram considerados cidadãos.
Além da terra, outros fatores tinham também papéis decisivos na estratificação social, como o sexo (todas as mulheres nascidas na Grécia não eram consideradas cidadãs, apenas alguns homens), a idade (assim como as mulheres, as crianças do sexo feminino e masculino também não eram consideradas cidadãs)
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