Ethos e Ética na Administração Pública Moderna
Resenha: Ethos e Ética na Administração Pública Moderna. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danesn • 13/3/2014 • Resenha • 502 Palavras (3 Páginas) • 223 Visualizações
Éthos e Ética na Gestão Pública Contemporânea
Pode-se dizer que a ética, tanto quanto a moral, é flexível, uma vez que não é um conjunto de princípios e disposições fixas, imutáveis. Historicamente, a ética se move e serve como referência para que as pessoas possam conviver em sociedade, de modo a colocar limites em seus anseios e conduzi-los para uma relação de equilíbrio com as necessidades sociais.
Observa-se que atualmente há uma falta de investimento no desenvolvimento da consciência ética junto ao segmento mais importante dentro de uma organização, seja ela pública ou privada, ou seja, os servidores que compõem seu quadro de pessoal. Esse investimento é imprescindível tendo em vista os inúmeros escândalos referente a falta de ética que assola nosso País, envolvendo seu pessoal, desde aqueles considerados como pessoal de apoio até os que detêm o poder de decisão.
É notório que uma organização só será realmente ética se puder contar com a colaboração de pessoas que estejam comprometidas com a ética. Esse comprometimento depende exclusivamente do ser humano, uma vez que, compete a cada cidadão fazer a sua parte, ou seja, exercer a ética de forma plena, tanto na vida privada como na vida pública, e se empenhando em cobrar o mesmo comportamento de todos.
A ética profissional tem por objetivo estudar e regular o relacionamento que deve haver entre o profissional e a sua clientela, isso porque cada profissional tem responsabilidades tanto individuais quanto profissionais em razão do envolvimento das pessoas que dele se beneficiam, visando a construção do bem-estar e a dignidade humana no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão.
A falta de ética não é uma ameaça somente para o poder público, pois está presente também no setor privado, comprometendo a capacidade de gerenciamento, representando desse modo, um risco para a sobrevivência dessas organizações e reconhecer a existência desse problema cria condições para que se possa discutir sobre o que pode e deve ser feito para promover à ética.
Observa-se a necessidade de se criar dispositivos legais e procedimentos que viessem dar transparência às regras de conduta, às ações governamentais para que a sociedade possa tomar conhecimento dessas ações mais facilmente e assim poder exercer o seu direito de cidadania, exigindo o cumprimento da lei, visando o bem comum.
É necessário que se crie programas de treinamento para que haja difusão das normas éticas entre os servidores, pois observa-se que a legislação, os procedimentos administrativos e os códigos de conduta não são do pleno conhecimento por parte do servidor. Entretanto, é salutar ressaltar que apenas treinamento não é garantia de que as pessoas agirão eticamente, pois faz-se necessário que elas reflitam sobre seus atos para que possam tomar suas decisões.
É preciso, também, que o poder público invista na educação, no estudo da ética, nas futuras gerações, pois é somente por meio da educação que haverá uma mudança em nosso país. Este é um projeto a ser desenvolvido em longo prazo e se for conduzido com seriedade e com a participação da sociedade, certamente dará frutos para a sociedade como um todo.
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