Evolução Da Contabilidade
Pesquisas Acadêmicas: Evolução Da Contabilidade. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: danbio • 15/9/2014 • 1.891 Palavras (8 Páginas) • 349 Visualizações
A ESCOLA NORTE-MERICANA E AS INFLUENCIAS NA CONTABILIDADE BRASILEIRA
Danilo Oliveira
RESUMO:
O presente artigo tem por objetivo levantar uma discursão sobre as características e as influencias da escola norte-americana na Contabilidade brasileira. Acerca do tema proposto, fez-se uma breve analise da escola americana, através de suas premissas e avanços no campo contábil; analisando notadamente a influencia dessa escola no processo de formação da contabilidade no Brasil. Utilizou-se de pesquisas bibliográficas para o desenvolvimento do trabalho proposto.
Palavra-chave: contabilidade Brasileira; influencias; escola norte-americana.
INTRODUÇÃO
De acordo com o relato de alguns autores, a contabilidade existe desde os primórdios da humanidade. No entanto, seu processo de evolução e sistematização ocorreu a partir do desenvolvimento do mercado de capitais; não é por acaso que Iudícibus (1997) deixa claro que a contabilidade teve seu prosperar nas cidades europeias (notadamente na Itália), pois estas cidades estavam no florescer de atividades mercantis; iniciando-se assim, um grande período de domínio da chamada escola italiana de contabilidade.
Porem, com o surgimento das grandes empresas (multinacionais), com o desenvolvimento do mercado de capitais e a ascensão Norte-Americana no século XX, a supremacia das escolas europeias foram perdendo força, abrindo espaço para o crescimento de uma nova escola: A Escola Norte-Americana de Contabilidade, o qual se tornou um campo fértil para o desenvolvimento teórico e pratico da contabilidade; passando a dominar esse campo do conhecimento, influenciando varias regiões do mundo, incluindo o Brasil.
País jovem e ainda em termos de evolução da contabilidade, o Brasil ao longo do tempo foi ganhando força e reconhecimento na área em questão. Segundo Schmidt, a contabilidade brasileira se divide em dois momentos: antes de 1964, onde predominava a escola europeia (italiana), e depois de 1964, com dominação da escola americana.
Este trabalho tem por objetivo analisar o processo de evolução da contabilidade no Brasil, detectando quais as características e as influencias que a escola-americana trouxe para o processo de evolução e sistematização da contabilidade brasileira.
A ESCOLA AMERICANA DE CONTABILIDADE
A Escola Norte-Americana de Contabilidade se expande a partir de 1920, devido ao grande desenvolvimento econômico que o país experimentava, e a necessidade por parte dos investidores de demonstrações financeiras. Aliado a isso, houve também a significativa expansão do mercado de capitais e o investimento pesado em pesquisas e, por volta dos anos 1930, o Instituto de Contadores Públicos e a bolsa de valores de Nova York travam as primeiras discussões para a promulgação dos princípios da contabilidade.
O lado prático da escola norte-americana foi decisivo para o seu desenvolvimento. As indústrias que estavam sendo criadas precisavam de informações gerenciais e financeiras. Outro fator importante foi o surgimento das associações profissionais no século XIX. Segundo SCHMIDT:
Essas associações profissionais foram as principais propulsoras do desenvolvimento doutrinário da Contabilidade nos Estados Unidos, especialmente da Contabilidade Financeira. Essa escola de pensamento deve muito de seu atual estágio de desenvolvimento a essas entidades. (SCHMIDT, 2000, p. 87).
A escola dos EUA de contabilidade se diferencia das escolas europeias (em especial a italiana) por se preocupar mais com a prática em detrimento da teoria. Segundo Iudícibus (1997) Há maior atenção com o usuário e com a tomada de decisão, aspectos esses mais práticos da contabilidade.
Enquanto os americanos partem dos relatórios contábeis para daí chegar aos detalhes dos lançamentos contábeis; As escolas europeias utilizavam as teorias para explicar outras teorias, fato esse que foi decisivo para sua decadência.
A escola norte-americana parte da metodologia de que há uma maior facilidade no aprendizado de contabilidade quando parte-se dos relatórios e, em seguida, se apresenta o método das partidas dobradas e os registros contábeis.
Alguns autores brasileiros acreditavam que a teoria norte-americana era fraca por se preocupar mais com a prática do que com a teoria. No entanto, percebe-se que a partir de 1965 esse senário e diferente, pois, grande parte da discursão teórica da contabilidade no Brasil era baseada em autores americanos.
Por fim, A escola norte-americana de contabilidade sempre esteve na vanguarda da área contábil no mundo. A maior atenção á prática trouxe novos rumos para as informações contábeis, Preocupando-se mais com os usuários e com suas decisões na empresa.
A INFLUÊNCIA DA ESCOLA NORTE-AMERICANA NO BRASIL
A contabilidade no Brasil surgiu com o desenvolvimento do comercio, que se inicializou com a chegada dos portugueses ao país. Assim como ao redor do mudo, a contabilidade brasileira se expandiu a partir da evolução do processo do modo de produção capitalista.
Até 1964 predominava no Brasil a escola italiana de contabilidade, que influenciou por varias décadas o pensamento contábil brasileiro. Entre tanto, com a vinda das indústrias americanas para o país, esse processo seguiu novos caminhos, com o começo da influencia da escola americana na contabilidade discutida e praticada no Brasil. Essa mudança e bem esplanada na fala de Marion:
A mudança de enfoque da Escola Italiana para a Escola Americana deu-se em função da influência de algumas empresas de auditoria, que acompanhavam as multinacionais anglo-americanas. Estas, através de manuais de procedimentos e treinamento, formaram profissionais que preparariam as normas contábeis em nível governamental, influenciando, assim, as empresas menores, incluindo legisladores e outros. (MARION, 1986, p.7).
Aos poucos o pensamento contábil americano foi se desenvolvendo no Brasil. Em algumas universidades, notava-se a presença de vários livros de autores americanos. De acordo com Schmidt (200) a Resolução CFC n° 321-72 retrata bem
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