Familia E Escola Uma Aproximaçaõ Necessaria

Uma grave crise socioeducacional se instala e coloca em questão a indisciplina, a falta de motivação o mau desempenho dos alunos; a violência nas escolas, a perda de valores, os conflitos e incertezas, as crenças e esperanças ao pensar em uma a relação possível entre família e escola.

Vive-se em um momento no qual as discussões sociais sobre a família se intensificam cada vez mais seja nos corredores das escolas entre os alunos e ou professores e, principalmente, nas reuniões pedagógicas entre pais e mestres. A Cada dia, a crise se perpetua e as questões afetivas acentuam-se nas pesquisas cientificas e pedagógicas, como elemento determinante na formação do indivíduo. Enquanto isso, a família destaca-se como principal grupo social capaz de interferir na construção do homem integral.

Nesta perspectiva, o presente trabalho pretende discutir a parceria Família e Escola na realidade das nossas instituições, tendo em vista a necessidade da construção de um elo entre estas duas instituições como fator primordial para o desenvolvimento da aprendizagem de qualquer criança ou adolescente. Uma vez que, esta relação é, sobretudo nos dias de hoje, uma das mais imediatas questões a serem discutidas por pesquisadores, professores, e gestores dos inúmeros sistemas e unidades de ensino em quase todo o mundo.

Educar demanda uma grande responsabilidade. “A educação começa no berço” diz o adágio. Na verdade, a educação começa ainda no útero. Sabe-se através de pesquisas recentes que a criança ouve "ruídos" do mundo externo e sabe distinguir a voz do pai e da mãe, sendo assim, no berço, começa a aprender as relações interpessoais. Desse modo a Educação é um processo que se inicia desde muito cedo e perpassa por toda a existência humana.

“A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a ‘tirania da liberdade’ em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade”. (PAULO FREIRE, 2000 p. 29)

É necessário, portanto, que a família, seja ela em que composição estiver, cumpra com os seus deveres atuando na educação dos filhos não apenas olhando cadernos e perguntando como estão, é preciso participar, se fazer presente neste processo, dialogando com o filho o conteúdo que está vivenciando na escola, cumprindo as regras estabelecidas por esta, de forma consciente e espontânea, e acima de tudo valorizando o contato com a escola, principalmente nas reuniões e na entrega de resultados, informando-se das dificuldades apresentadas pelo seu filho, bem como seu desempenho. Através dessas ações, se efetiva a parceria que a escola precisa para que a educação aconteça de fato, fazendo valer assim sua proposta pedagógica como meta, para que ambos possam atingir seus objetivos na formação dessas crianças e adolescentes, estabelecendo regras que fortalecerão essa parceria e permitirão que a aprendizagem dos filhos e alunos se efetive claramente através de seus desempenhos, tanto no lar quanto na escola.

De acordo com Içami Tiba, a educação é um projeto, é algo que tem um caminho, que não pode ser simplesmente de qualquer forma. “Deve ser muito elaborada, pois é o futuro do filho e da família que estão em jogo.”