Familia e sociedade
Por: KarinaAndrade • 4/5/2015 • Trabalho acadêmico • 2.226 Palavras (9 Páginas) • 223 Visualizações
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UNIVERSIDADE ANHANGUERA-UNIDERP
POLO DE TABOAO DA SERRA
Curso Serviço Social EAD – 8° Semestre
Desafio Profissional:
A AÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL NO ATENDIMENTO ÀS DEMANDAS DA FAMÍLIA NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA
Tutora EAD
Roberto Eduardo de Oliveira | 8980244822 |
Celita Andrade da Silva | 7982719396 |
Vanda de Mello Pereira | 3336535925 |
Taboão da Serra /SP
2015
Sumário:
Introdução
- Conceito de Família e as mudanças ocorridas na contemporaneidade
2- Crianças e adolescentes abrigadas: proteção especializada
3- O Serviço Social Contemporâneo: e a atuação do Assistente Social
Considerações Finais
Referências Bibliográficas
Introdução
O presente estudo traz à discussão a família, visualizando-a na perspectiva crítica como uma construção histórica. Analisamos que em cada momento histórico a família teve a sua configuração e sua função, como respostas aos interesses e ideologias da época, com o propósito de dar base à sociedade. A partir da desmistificação do conceito de família compreendemos a família e os processos de exclusão social, entendemos assim a exclusão que esta sofre da sociedade e a exclusão social intrafamiliar. Compreendemos que os laços familiares que foram construídos socialmente também criaram funções sociais, no entanto a família pode ou não mostrar-se capaz de cumprir sua função social, devido à exclusão social quem deveria prover cuidados também necessita destes. Quando a família não consegue cumprir sua função social aparecem as demandas para o Serviço Social. Problematizamos, apontamos as demandas do Serviço Social advindas das famílias propondo uma intervenção do profissional de Serviço Social.
A prática profissional dos assistentes sociais com famílias acompanha a história da profissão, o que os leva a buscar formas de atendimento mais eficazes e efetivas.
Com a nova forma de abordagem, sem a fragmentação dos atendimentos, e englobando o núcleo familiar na sua integralidade, passa a ser o contexto familiar o objeto das ações e serviços da política de Assistência Social.
O Serviço Social, como uma profissão que acompanha toda a dinâmica da sociedade em suas diversas transformações, trazendo em sua trajetória, a crítica e a autocrítica como o leme para uma atuação eficaz, não pode ficar à margem da realidade atual.
Ao lado de movimentos sociais de etnias, gêneros, geracionais, a família também apresentou outras formas de organização, e em todos esses contextos temos a atuação do Assistente Social na contemporaneidade.
1-Conceito de Família e as mudanças ocorridas na contemporaneidade
No texto da PNAS se encontra a referência definindo que “estamos diante de uma família, quando encontramos um conjunto de pessoas que se acham unidas por laços consanguíneos, afetivos e, ou de solidariedade” (Brasil, 2004, p. 28). Esta definição amplia a imagem de família projetada pelo modelo “padrão”, reconhecendo que não existe modelo idealizado de família, mas sim “família resultante de uma pluralidade de arranjos e rearranjos estabelecidos pelos integrantes dessa família” (Teixeira, 2009, p. 260).
A família constitui o primeiro ambiente no qual o indivíduo inicia, desde o seu nascimento, a aquisição de condições para estabelecer contato com o mundo exterior, desenvolvendo seu aprendizado social e cognitivo, interagindo com o ambiente familiar no qual está inserido.
Os laços familiares, modificam-se com a sociedade. Nas últimas décadas vemos uma significativa mudança, no sentido social e cultural, trazidos pelo avanço nos meios científicos, tecnológicos e sociais.
Ao lado do aumento da expectativa de vida dos indivíduos, que favorece uma maior convivência entre as gerações, vê-se uma relação tensa e que requer reflexão, para que seja ampliada a visão para a realidade, que traz fatos concretos que pedem aceitação e mudança de paradigmas em relação a nova configuração familiar, por parte de todos os segmentos da sociedade.
As estruturas familiares que incluem novos papeis masculinos e femininos, as divisões de poder, as novas expressões da sexualidade, a ascensão ao direito à diferença na configuração de uma nova família, inclusão das diferenças, tudo isso traz uma demanda social diversificada, que requer muita habilidade no trato com essa realidade.
A partir de 1960, com as mudanças relacionadas à reprodução e sexualidade, os direitos da mulher em decidir sobre o seu corpo, sua prole e o advento na década de 80, do exame de DNA, a família passa definitivamente a assumir papéis mais participantes diante das exigências da modernidade. Ao lado dessas mudanças no perfil constitucional das famílias, há algumas décadas a mulher assume seu novo papel na sociedade, o de mantenedora do lar, sem no entanto contar com um mercado de trabalho que lhe proporcione amplas condições para exercer dignamente e a contento essa imposição. Sem o preparo profissional adequado e igualitário, busca em um mercado de sazonal, ser a responsável pelo lar que conta na maioria das vezes com a ajuda financeira dos familiares mais velhos, avós e tios.
Segundo Censo de 2000 (IBGE), as famílias chefiadas por mulheres, no Brasil, representam em torno de 26%. De acordo com o PNAD/2004, 27% das mulheres declara-se como pessoas de referência da família Brasileira (IBGE 2005).
2- Crianças e adolescentes abrigadas: proteção especializada
A desigualdade social excludente no contexto social neoliberal da atualidade, acaba por vitimar parte das crianças e adolescentes, separando- os do convívio familiar, e muitas vezes levando-os atos infracionais ocasionando o abrigo em instituições para receberem medidas socioeducativas, com o objetivo de reinseri-los na sociedade.
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