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Fazendo Gênero 8 - Corpo, Violência E Poder

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Por:   •  23/11/2013  •  679 Palavras (3 Páginas)  •  405 Visualizações

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Atividades na Educação Infantil e Relações de Gênero

Natália Silva da Silveira (UFV); Gisele Maria Costa Souza (Universidade Federal Rural do Rio de

Janeiro)

Gênero; Criança; Atividade lúdica.

ST 10- Educação Infantil e Relações de Gênero

Introdução

Preocupações com estereótipos de gênero, principalmente no que se refere à busca de

práticas sociais mais igualitárias, tem sido motivo de inquietação por parte de pesquisadores e

profissionais de diversos países, levando- se o tema a uma discussão mundial. O esforço na busca

da diminuição dos estereótipos de gênero, entretanto, ainda não se concretizou. Souza e Ferreira

(2002), por exemplo, defenderam que as práticas que privilegiam os homens vão desde a

caracterização como masculina nas atividades de maior “status” na sociedade, até a melhor

remuneração aos homens mesmo quando as mulheres ocupam cargos iguais ou semelhantes.

Strathern (1988) se refere a gênero como categorizações de pessoas, artefatos, eventos, seqüências e

tudo o que desenha a imagem sexual, indicando os meios pelos quais as características de masculino

e feminino tornam concretas as idéias das pessoas sobre a natureza das relações sociais. Segundo o

autor, gênero refere-se a homens e mulheres, mas também a objetos, comportamentos, eventos.

Beraldo (1993) apontou o estereótipo como uma imagem mental simplificada de alguma

categoria de pessoa, evento ou instituição. Para , é fundamental observar os estereótipos dentro do

contexto social, uma vez que eles são compartilhados por um grande número de indivíduos e são

organizados através de relações entre os grupos sociais.

A família e a escola são agentes eficazes na construção de estereótipos de gênero, seja

pelos ensinamentos transmitidos, seja no comportamento pessoal e maneira de agir, pai, mãe e

professores fazem um importante papel na socialização nos primeiros anos de vida da criança. De

acordo com Whitaker (1995):

não é fácil romper com modelos prevalecentes, principalmente porque no seio da

família foram usados métodos altamente eficientes para produzi-los. Temos nela

um formidável processo de “programação” dos pequenos atores sociais: Meninos

agressivos, ativos, rebeldes x Meninas meigas, passivas, suaves (p.38).

A partir do terceiro ano de vida, o ano de ingresso em muitas escolas e creches, a criança é

capaz de fazer distinções de gênero e a interação social lúdica, já nessa idade, pode refletir as

diferenças sexuais percebidas (BENENSON, PARNASS & APOSTOLERIS, 1997; STAGNITTI,

2

RODGER & CLARKE, 1997). É justamente em meio a esse processo de interação, baseado em

uma separação entre os diferentes sexos, que a criança desenvolve, dentre outras coisas, diferentes

padrões de comportamento que irão persistir durante sua vida adulta.

Em meado do ano de 2007, tendo como base o doutorado

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