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Fichamento Oficina De Pesquisa

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Por:   •  22/10/2013  •  1.491 Palavras (6 Páginas)  •  491 Visualizações

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ANA LUIZA DURÃES VELOSO

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOCIAL CONTEMPORÂNEO E SUA ÊNFASE NO SERVIÇO SOCIAL

MONTES CLAROS – MG

FACULDADES SANTO AGOSTINHO

2010

ANA LUIZA DURÃES VELOSO

A PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO SOCIAL CONTEMPORÂNEO E SUA ÊNFASE NO SERVIÇO SOCIAL

Trabalho referente ao texto “A produção do conhecimento social contemporâneo e sua ênfase no Serviço Social”, da autora Myrian Veras Baptista, apresentado à disciplina de Oficina de Pesquisa.

MONTES CLAROS – MG

FACULDADES SANTO AGOSTINHO

2010

“[...] o serviço social se vê como parte desse conhecimento, dessa totalidade, e está lutando para, por um lado, desvelar, como parte, que contribuição pode dar à produção do conhecimento social, e, por outro lado, situar que tipo de apropriações ele pode fazer do que já existe acumulado e como pode fazê-las.” (p. 84)

“O que é conhecimento social contemporâneo? [...] o conhecimento social – não apenas o contemporâneo – é uma totalidade complexa, que inclui em si uma diversidade e uma heterogeneidade de conhecimentos.” (p. 85)

“[...] esse conhecimento seria “a luz universal em que se embebem todas as cores e que modifica a sua particularidade.” (Marx apud Myrian Veras Baptista, 1992, p. 85)

“[...] quando esse processo dinâmico ocorre em uma sociedade que passa por momentos de transições muito fortes, ou de crises, essas crises e essas transições que nele incidem determinam novas hegemonias e composições, resultando em uma nova estrutura de saber.” (p. 85)

“É nessa perspectiva que se pode compreender a polêmica corrente em relação à crise do paradigma para o conhecimento do social: de uma parte, porque o processo de produção do conhecimento é um processo de tensões entre paradigmas e, de outra parte, porque a crise é um desdobramento necessário do processo de transformação da própria sociedade.” (p. 86)

“[...] Para Ianni, a polêmica sobre os paradigmas passa pelas questões relacionadas ao movimento de apreensão do real – aparência/essência, parte/todo, singular/universal, sincrônico/diacrônico, histórico/lógico, passado/presente, sujeito/objeto, teoria/prática, qualidade/quantidade – e pelos princípios que regem sua explicação – evolução/ causação funcional/estrutura significativa/redução fenomenológica/conexão sentido contradição.” (Ianni apud Myrian Veras Baptista, 1992, p. 86-87)

“[...] com Kant, a lógica formal detém a hegemonia na produção do saber sobre a sociedade e aponta como limite da sua racionalidade as antinomias próprias da prática do ser social. A superação desse limite foi encaminhada por Hegel, com a proposta de um novo tipo de lógica, a lógica dialética, que permitia trabalhar as antinomias, as contradições.” (p. 87)

“[...] no período medieval, temos a prevalência do sujeito: as explicações sobre o real estavam diretamente relacionadas à ideologia e à visão de mundo dominante, a seus desejos e valores. Com o Renascimento [...] a inauguração da ciência moderna se faz justamente com a ruptura desse modelo de relação, fazendo-se então a prevalência do objeto sobre o sujeito. Nesse modelo, o sujeito pesquisador tem que contemplar o fato, descrevê-lo e interpretá-lo, sem com ele se envolver.” (p. 87)

“[...] Nós não temos um único serviço social. Temos um conhecimento do serviço social que é complexo, diferenciado, o qual, historicamente, sofre a dominação de determinados modos de pensamento: houve um momento, por exemplo, em que o pensamento social da igreja católica foi dominante [...] Em um outro momento, a situação se inverteu e tivemos a dominação do pensamento funcionalista [...]” (p. 88)

“Hoje, podemos dizer que temos, no serviço social, a hegemonia de um pensamento forjado na tradição marxista. No entanto, isto não quer dizer que o serviço social brasileiro (ou, mesmo, latino-americano) seja, em termos numéricos, predominantemente marxista.” (p. 88)

“[...] em serviço social, o saber crítico aponta para o saber fazer crítico.” (p. 89)

“A prática profissional [...] É uma intervenção socialmente construída, posta, na divisão sócio-técnica do trabalho. Portanto, não é simplesmente fruto da decisão de grupos determinados: existem, no tipo de relações sociais que se estabelecem no capitalismo monopolista, necessidades e expectativas de práticas determinadas, legitimadas pela sociedade; dentre estas se situam aquelas que cabem ao assistente social executar.” (p. 89)

“As necessidades e expectativas sociais relacionadas ao serviço social são, também, determinadas historicamente [...] O serviço social se instituiu no Brasil em um momento em que as contradições, os conflitos e as tensões dessas relações emergiam com força no processo de consolidação de um capitalismo ainda incipiente e a proposta de sua criação foi no sentido de operacionalizar uma terceira alternativa de enfrentamento da questão social [...] tendo por base uma doutrina social: a doutrina social da Igreja católica. Hoje, o espaço privilegiado da ação profissional é muito mais a relação pobreza-sociedade [...]” (p. 89-90)

“O lado mais aparente da ação do serviço social é aquele que se efetiva por aproximações [...] tendo como ponto de partida, muitas vezes, soluções provisórias e imediatistas. Isto não significa que o serviço social tenha que ser, em sua essência, imediatista [...] É no cotidiano que as determinações dos modos de relações sociais capitalistas [...] se

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