Fichamento do texto: A ciência e a estrutura social democrática
Por: Warley Brenke • 9/10/2018 • Monografia • 660 Palavras (3 Páginas) • 507 Visualizações
Fichamento do texto: A ciência e a estrutura social democrática
Warley Brenke Diniz da Silva – RA:11201721581 – Entrega: 24/09/2018
O capítulo 7 do livro “Ensaio de sociologia da cienca” de Robert K. Merton, que se intitula “A ciência e a estrutura social democrática”, o autor expõe, na primeira parte do texto, a ideia de que a ciência está submetida às mudanças da fortuna, ou seja, ele diz com esse trecho, que por mais que a ciência seja vista, pelas pessoas que vivem em um mundo no qual essa é valorizada, ela ainda está à mercê das causas sociais, podendo ser criticada e até mesmo desvalorizada pelos anti-intelectuais, que é uma nova classificação, na qual, vem cada vez mais tomando espaço nas críticas científicas.
As recentes críticas que a ciência vem recebendo, está fazendo com que seus princípios sejam repensados dentro da Instituição. No passado, a ciência não tinha muita reinvindicação independente da sociedade, foi necessário que os filósofos da época a justificassem como a glorificação de Deus e também se tornasse válida na utilidade econômica. Após essas validações, a ciência começou a se ver independente da sociedade, mesmo estando dentro dela.
Para reverter esse afastamento da ciência da sociedade, precisou-se confrontar a autonomia dos cientistas e da própria instituição. Os cientistas começaram a ter mais noção do impacto social no qual o seu trabalho causava a partir da explosão de Hiroshima, fazendo com que muitos repensassem o quão perto a ciência esta da sociedade de fato. Uma vez questionados os valores da ciência, foi necessário a reafirmação do éthos, valores e normas que são obrigatórios para se fazer ciência.
A segunda parte do texto, Merton dedicou-se ao éthos da ciência, colocando como o objetivo da ciência sendo a ampliação do conhecimento certificado e, para essa ampliação ser possível era necessário realiza-la através de métodos, os quais, eram predições empiricamente comprovadas e logicamente consistentes. A junção desses métodos com os objetivos resulta nos costumes, que são prescrições morais e técnicas. O autor compõe o éthos em quatro conjuntos, sendo eles o universalismo, comunismo, desinteresse e ceticismo organizado.
A partir dessa parte do texto, Robert se dedica a explicar cada conjunto do éthos. O primeiro, o universalismo se trata de alegações da verdade, que são submetidas à critérios impessoais preestabelecidos. Isso leva ao Imperativo do universalismo, que está enraizado no caráter impessoal da ciência. Os cientistas aderiram ao padrão universalista de caráter internacional, impessoal e virtualmente anônimo. Dentro da parte do universalismo, o autor coloca com grande importância a análise do Éthos da democracia, que é o universalismo como um princípio orientador dominante, é também a eliminação das restrições e desenvolvimento das capacidades socialmente valorizadas e, por fim, critérios impessoais de realização e de não fixação do status.
Em seguida, o autor explica o desinteresse, que é um elemento institucional. Ele discute também a integridade moral da ciência que engloba a veracidade dos resultados, o controle rigoroso e a competição dentro do meio científico. Outro ponto que o autor defende é que os cientistas sejam menos leigos, que, para ele é o incentivo para os descumprimentos dos costumes da ciência o que gera abuso da autoridade especializada e a criação de pseudociência.
Na parte sobre o comunismo, Merton se refere a parte social da ciência, escrevendo sobre as descobertas da ciência, que nada mais é do que um produto de colaboração social dirigido para a comunidade. Ele também faz uma crítica ao produtor individual, que é limitado, criticando também o direito da “propriedade” intelectual, sendo essa relacionada diretamente com a importância institucional conferida à originalidade, o que gera cooperação competitiva. Robert apoia que a ciência deveria ampliar suas fronteiras de conhecimento e incentivos reconhecimentos, através da publicação.
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