Férias como fator de equilíbrio profissional
Artigo: Férias como fator de equilíbrio profissional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edmilsonaurelian • 28/9/2014 • Artigo • 1.095 Palavras (5 Páginas) • 181 Visualizações
Férias como fator de equilíbrio profissional
Falar sobre as férias dos profissionais da educação é tratar sobre a CLT que rege em seu artigo 129 Do Direito a Férias e da sua Duração:
Art. 129 - Todo empregado terá direito anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração. Art. 130 - Após cada período de 12 (doze) meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção:
I - 30 (trinta) dias corridos, quando não houver faltado ao serviço mais de 5 (cinco) vezes;
II - 24 (vinte e quatro) dias corridos, quando houver tido de 6 (seis) a 14 (quatorze) faltas;
III - 18 (dezoito) dias corridos, quando houver tido de 15 (quinze) a 23 (vinte e três) faltas;
IV - 12 (doze) dias corridos, quando houver tido de 24 (vinte e quatro) a 32 (trinta e duas) faltas.
§ 1º - É vedado descontar, do período de férias, as faltas do empregado ao serviço.
§ 2º - O período das férias será computado, para todos os efeitos, como tempo de serviço.
Com relação as férias dos professores, a mesma em sua excepcionalidade é distribuída em 30 dias de férias propriamente dito, mais 15 dias de recesso conforme a instituição escolar.
As férias tem papel preponderante na saúde emocional do educador. Várias publicações sobre saúde procuram alertar sobre os perigos que a falta de férias representam. Algumas confirmam tudo aquilo que a grande maioria conhece, os excessos são causadores de doenças. Pesquisa publicada na revista medicina psicossomática estudou 13 mil homens, durante 14 anos, constatou que férias anuais reduzem o risco de morte entre os homens de meia idade. Outro estudo, de 20 anos, com 749 mulheres adultas, realizado pelo Centro de Controle de Doenças dos EE.UU., também descobriu forte relação entre a falta de férias e maiores riscos de ataque cardíaco.
Na Universidade de Essex, da Inglaterra, pesquisadores concluíram que pessoas que trabalham mais de 48 horas por semana, durante mais de três anos seguidos, estão mais sujeitos à hipertensão e doenças nos braços e pernas. Mesmo conhecendo os riscos estamos envolvidos com rotinas de trabalho de mais de 12 horas diárias e sem previsões de férias. Nossa realidade exige cuidados permanentes com a saúde para evitar conseqüências desastrosas para a família. Se nos é impossível o afastamento do trabalho para um descanso anual mais prolongado precisamos dispor de, pelo menos, uma hora por dia para a prática de exercícios físicos e esportes recreativos.
É imprescindível reservar espaço para atividades sociais e culturais, fugir da rotina, descobrir novas aptidões, evitar o adiamento de atitudes que favoreçam mudanças. A inspiração está em toda parte mas é preciso viver com os olhos abertos, repetindo as palavras do diretor da Nederlands, considerada melhor companhia de danças da atualidade. Mais importante do que saber qual tipo de exercício é melhor, é reconhecer que a vida sedentária é prejudicial. Ainda repetindo Jiri Kylián, diretor da Nederlands, existem possibilidades infinitas de se mover com 585 articulações, 206 ossos e centenas de músculos.
A inércia inibe a criatividade. Antes de ficar angustiado com o adiamento das férias é preciso aproveitar melhor os sábados, domingos e feriados. Se o dinheiro está difícil podemos encontrar programas mais acessíveis que permitem contato com a natureza, oportunidade de caminhadas ao ar livre, paisagens que induzem o relaxamento das tensões e silêncio que permite dormir sono reparador.
Viajar no final de semana com a família é uma forma de lazer para reciclar nossa sensibilidade e colocar à prova nossa disposição física. Mesmo não sendo a solução ideal para a vida tão atribulada que levamos, certamente pode ser uma das alternativas para simplificar os planos frustrados
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