Gestão Financeira E Orçamentos
Artigo: Gestão Financeira E Orçamentos. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: • 10/11/2014 • 2.158 Palavras (9 Páginas) • 284 Visualizações
GESTÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTO EMPRESARIAL
De forma a alcançar sua sobrevivência e desenvolvimento a empresa efetua a avaliação e interpretação da situação econômico-financeira centrando-se em questões como o equilíbrio financeiro, a rentabilidade dos capitais, o crescimento, o risco e o valor criado pela gestão.
A análise financeira engloba um conjunto de instrumentos e métodos que permitem realizar diagnósticos sobre a situação financeira da empresa, assim como prognósticos sobre o seu desempenho futuro através da implementação de estratégias adequadas.
CONCEITO DE GESTÃO FINANCEIRA
A gestão financeira é uma das áreas funcionais de maior importância encontrada em qualquer organização. Tem a finalidade de assegurar a sustentabilidade e a rentabilidade dentro de um patamar organizacional, ao qual cabem as análises, decisões e controles de atuações relacionadas com os meios financeiros necessários à atividade da empresa. Visa tornar a estrutura financeira organizada e equilibrada, de modo a não correr riscos de que a empresa sofra sérios problemas financeiros. Isso por meio de uma estratégia financeira, que tem a função de obter e assegurar que a soma dos resultados seja o mais elevado possível, visto que a empresa necessita que se compre, produza e venda, para se manter em atividade.
Desta forma, a função financeira integra todas as tarefas ligadas à obtenção, utilização e controle de recursos financeiros de forma a garantir, por um lado, a estabilidade das operações da organização e, por outro a rentabilidade.
Portanto, a maior importância da gestão financeira em qualquer organização é certificar que a empresa saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter o dinheiro de que necessita e como deve empregar esse dinheiro para alcançar os seus objetivos de forma ética, responsável e sustentável. É impossível uma organização sobreviver sem uma gestão financeira apropriada.
GESTÃO FINANCEIRA E FLUXO DE CAIXA
A gestão financeira torna-se indispensável para aqueles que pretendem permanecer ativos no mercado e uma das condições para a sobrevivência da empresa é a disponibilidade de dinheiro na mão quando realmente for necessário. Contudo, o sucesso empresarial demanda cada vez mais o uso de ferramentas financeiras apropriadas, sendo o fluxo de caixa uma delas.
O fluxo de caixa é uma simples, mas extremamente útil e poderosa ferramenta de planejamento financeiro. Ele é considerado um dos principais instrumentos de análise e avaliação de uma empresa, proporcionando aos administradores uma visão futura dos recursos financeiros da empresa, integrando o caixa central, as contas correntes em bancos, contas de aplicações, receitas, despesas e as previsões, ou seja, é uma ferramenta, que auxilia o administrador financeiro na tomada de decisões, pois reflete e prevê o que ocorrerá com as finanças da empresa em um determinado período.
Além disso, o fluxo de caixa é um instrumento muito usado nas empresas, devido ao seu fácil entendimento e também por conter informações exatas da situação financeira da empresa. Na implantação do fluxo de caixa, o administrador financeiro deverá levar em considerações a capacidade da empresa, qual o período que se pretende abranger. Informações precisas e exatas contribuirão para o sucesso do funcionamento do fluxo de caixa. De posse das informações geradas pelo do fluxo de caixa, o administrador financeiro poderá planejar e controlar as finanças da empresa, desde a compra de matéria prima até a projeção das vendas fazendo com que haja uma sincronização de caixa, buscando o equilíbrio entre os prazos de compra e venda.
O fluxo de caixa é um instrumento de gestão que diz respeito, não ao lucro, e sim, à quantidade de dinheiro que entra e sai da empresa, em um período de tempo (diário, semanal, mensal etc). A finalidade é simples: manter um nível de liquidez que permita saldar os compromissos assumidos nos prazos estipulados, sem a necessidade de recorrer a capital de terceiros.
Uma projeção de fluxo de caixa demonstra todos os pagamentos e recebimentos esperados em um determinado período de tempo. O administrador financeiro do fluxo de caixa necessita de uma visão geral sobre todas as funções da empresa como: pagamentos, recebimentos, empréstimos, despesas gerais de administração (custos fixos), compras de matéria prima, compra de materiais secundários, salários e outros, para que a empresa possa ter agilidade e segurança em todas suas atividades financeiras, assim alcançando o objetivo almejado pela empresa.
Em resumo, o fluxo de caixa é o instrumento que permite ao administrador financeiro planejar, organizar, coordenar, dirigir e controlar os recursos financeiros de sua empresa para determinado período.
principais decisões de investmentos
De acordo com Oliveira & Amaral (s.a:55), “as decisões de investimento determinam onde, quando e quanto investir.” Segundo Brealey & Myers (1998:4), “uma boa decisão de investimento será aquela em que a compra de um ativo real produz um valor superior ao seu custo.” No entanto, estas decisões não devem ser tomadas sem que se analise os mercados financeiros.
A decisão de investimentos envolve todo um processo de escolhas sobre como aplicar os recursos dos quais a empresa dispõe.
Conceito de investimento: é a aplicação que se dá a um determinado volume de recursos. Pode ser correspondida ao conceito de ativo da Contabilidade.
Tipos de investimento:
• Investimentos Fixos, Permanentes ou Imobilizados: compõem a infra-estrutura operacional da empresa e a ausência deles resultará em queda na capacidade de produção. (terrenos, imóveis, móveis, computadores, veículos, máquinas, instalações,etc.).
• Investimentos em Capital de Giro: São imprescindíveis para o giro das atividades da empresa, mas de baixa rentabilidade e, portanto devem ser mantidos abaixo saldos mantendo mínimo de dinheiro em caixa, estoques, menor prazo a clientes (estoques, dinheiro em caixa e em bancos, aplicações financeiras e contas a receber).
Investimentos são atraentes quando o retorno esperado da alternativa supera o retorno exigido pelos proprietários de capital. Ceterisparibus (expressão do latim em que as demais variáveis são fixadas), quanto maior o Retorno obtido sobre um investimento, mais interessante ele será considerado.
2.4 RISCO E RETORNO
Uma das questões mais importantes na hora de investir é a relação risco-retorno.
Uma situação encontrada normalmente pelos investidores e poupadores é o dilema de conseguir equilibrar os fatores risco e retorno. Risco financeiro pode ser definido como possibilidade de prejuízo em uma operação financeira, já o retorno é a possibilidade de ganhos com a mesma operação.
De maneira geral as operações financeiras que geram um maior retorno para o investidor são as que assumem um maior risco, ou seja, para que um investimento tenha um retorno de forma mais benéfica o operador necessita assumir vários riscos que aquele que prefere investir em operações que não trazem tanto retorno, porém essas não trazem quase nenhum risco.
A questão mais complexa nesse dilema é como mensurar um risco sobre uma operação. Um risco pode ser considerado elevado para um e ser classificado como médio para outro, o que leva uma responsabilidade ainda maior para quem faz essas tomadas de decisão, tanto para investimento quanto para financiamento. Para tomar tais decisões levam-se em conta basicamente três fatores: tendência, indiferença e aversão ao risco; as decisões passam pela característica de cada um dos investidores. Aqueles com tendência ao risco exigem um retorno adicional considerado baixo para assumir esse risco, já os que têm aversão a ele exigem um retorno adicional elevado para assumi-lo, e os que são indiferentes não exigem tal retorno adicional.
Para assumir determinados riscos e conseguir equilibrar essa “balança” os investidores devem ser capazes de avaliar diferentes tipos de riscos que estão associados àquela operação. À medida que seus investimentos vão ganhando dimensões maiores, o mesmo poderá optar em assumir riscos mais acentuados vislumbrando maiores retornos para os seus investimentos.
Principais tipos de Riscos:
• Risco de Mercado ou Sistêmico
• Risco de Crédito
• Risco de Liquidez
Principais tipos de Retornos:
• Lucro Operacional.
• Fluxo de Caixa da Empresa.
• Retorno sobre o Ativo (ROA).
• Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE).
• Valor Presente Líquido (VPL).
• Taxa Interna de Retorno (TIR)
2.5 PRINCIPAIS TIPOS DE ORÇAMENTOS
O orçamento é um plano financeiro das atividades futuras, servindo como um demonstrativo da situação desejada. Na gestão da organização, ele apresenta objetivos e metas em termos financeiros, sinalizados no planejamento estratégico e tático, fornecendo referências para que o administrador possa tomar decisões e coordenar adequadamente os recursos materiais, financeiros e humano. Por orçamento mestre atende-se aquele que abrange todas as atividades da empresa, servindo como parâmetro para elaboração de todas as previsões da organização. Ele pode ser dividido em duas partes: orçamento operacional e orçamento financeiro. Como orçamento operacional entende-se aquele que tem por objetivo descrever todos os resultados das atividades operacionais da empresa, de forma detalhada. O orçamento financeiro, por sua vez, demonstra as entradas e saídas de caixa provenientes das atividades operacionais desenvolvidas. Ele é formado por um conjunto de peças orçamentárias, como: orçamento de vendas, de produção, de matérias-primas, de custos indiretos de fabricação, de
despesas administrativas e comerciais: e orçamento de investimentos, que reunidos formam as projeções de resultado financeiro e econômico.
2.6 PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTO PARA A GESTÃO
O orçamento é utilizado para auxiliar os gestores no planejamento, controle, acompanhamento e avaliação dos resultados, ainda delega responsabilidades quanto busca dos objetivos, estabelecendo metas claras de receitas e despesas, e conforme o envolvimento das pessoas, cria um comprometimento para que seja cumprido. Possibilita ainda um efetivo controle dos resultados alcançados, aferindo as causas das variações para definir uma solução, e ainda efetuar mudanças nos planos para adaptar-se a situações não previstas. Em termos gerais, o orçamento tem a finalidade de planejar financeiramente os objetivos, fornecer dados para coordenar as ações no seu alcance, comunicar e motivar os envolvidos na execução do plano e controlar e avaliar os resultados alcançados durante a sua execução. O conceito de orçamento é um projeto em detalhe dos resultados de um programa oficial de operações, com base em uma eficiência razoável. Embora o âmbito de “eficiência razoável” é indeterminado e depende interpretação da diretiva política, deve-se afirmar que um projeto não deve ser confundido com um orçamento, enquanto não tenha prevista a correção de determinadas situações para obter a economia e redução de custos excessiva.
As vantagens de ter um orçamento fazendo dele a principal ferramenta para a organização da sua vida financeira são:
permite monitorar sua situação financeira;
ajuda a criar um quadro visual de gastos;
faz com que você evite os gastos por impulso;
auxilia na decisão quanto ao que pode ou não gastar;
possibilita que saiba exatamente como gastar o seu dinheiro;
apoia a criação de um plano de poupança e investimento;
ajuda a decidir sobre como é possível se proteger contra as consequências; auxiliar os gestores no planejamento, controle, acompanhamento e avaliação dos resultados financeiras de eventos imprevistos.
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