Gestão social

Gestão Social

É o processo de gerência e administração dos projetos ou programas sociais. Baseia-se num fluxo contínuo, organizado e sistematizado de informações entre os diversos setores e níveis de atuação. Assim, todos os atores intervenientes nas ações mantêm-se informados a respeito dos objetivos, realizações, êxitos e fracassos do projeto. Para ser eficaz, o fluxo de informações deve se desenvolver numa relação de reciprocidade, constituindo um processo permanente de estímulo-resposta intra e inter-setorial - comumente, hierarquizado. O processo de gestão envolve variados métodos e instrumentos de monitoria, diagnóstico, análise e tomada de decisão, nas áreas de planejamento, coordenação inter-setorial, implementação, supervisão e avaliação. Os objetivos de gestão sempre se relacionam à eficácia, eficiência e efetividade das ações. Quanto à sua natureza, há gestores que elegem modelos descentralizados e mais participativos; outros preferem os modelos mais centralizados e impositivos. Os requisitos essenciais da gestão social, contudo, são a transparência e os resultados.( Fonte: Centro Nacional de Estudos e Projetos )

Resenha Crítica da gestão social

A Gestão Social é um tema cada vez mais presente no cotidiano, pois, nos últimos anos percebe-se uma visibilidade cada vez maior. O autor Fernando Tenório faz abordagem deste tema em seu artigo: Gestão Social: Uma perspectiva Conceitual, onde se busca compreender o conceito de Gestão Social partindo de experiências teórico-práticas. Estuda-se as relações entre sociedade e Estado assim como o trabalho e o capital. O autor muda a ordem dos termos propositalmente para dar maior enfoque à sociedade e ao trabalho, elencando o cidadão como sujeito da ação.

Além da gestão social estão descritas a gestão estratégica, a cidadania deliberativa e terceiro setor como alternativa de gestão social. A gestão estratégica é um tipo de ação social em que as decisões são unilaterais onde o Estado se impõe à sociedade, embasado em um comportamento tecnocrático. Tenório salienta que este tipo de gestão é antidemocrática quando não valoriza o exercício da cidadania nos processos das políticas públicas e na gestão empresarial, quando o trabalhador não é estimulado à participação do sistema-empresa . Em relação à cidadania deliberativa esta tem relação com o conceito de gestão social onde o indivíduo deve participar de um procedimento democrático decidindo nas diferentes instâncias de uma sociedade e em diferentes papéis, sendo autor na tomada de decisões. O terceiro setor diferencia-se do primeiro setor (Estado) e do segundo setor (privado) pelo fato de serem formadas por associações, ONG,s, fundações, instituições filantrópicas etc., que prestam serviços à sociedade, sem fins lucrativos. Estas organizações estão fomentadas com bases em ações sociais nas quais privilegia-se o processo, a maneira de alcançar os objetivos desejados por meio de relações intersubjetivas, como foco no bem comum, gerenciadas pela Gestão Social tomando o lugar da gestão estratégica a fim de neutralizar as conseqüências não desejadas do mercado.

Para o autor gestão social é o processo intersubjetivo que preside a ação da cidadania tanto na esfera privada quanto na esfera pública.

A obra Fernando Tenório alcança o objetivo proposto, trazendo informações que são de grande valia no que tange a Gestão Social, contribuindo para que haja uma transformação na atual estrutura gerencial, onde se faz necessário à participação da sociedade e para que se mude a concepção do cidadão como mais um processo dentro das empresas tanto na esfera pública como na esfera privada. O cidadão deverá ser autor com uma participação dialógica e intersubjetiva, chegando a uma Gestão Social ideal, onde a peça principal é a sociedade

O Terceiro Setor

O primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público.

no Brasil e nos países em desenvolvimento, considera-se como terceiro setor as ONGs, instituições de caridade e obras religiosas.

Em termos financeiros, o Estado aplica o dinheiro público em ações para a sociedade, enquanto o mercado investe o dinheiro privado nas suas próprias atividades. Conforme Alves (2002) o termo “terceiro setor” começou a ser utilizado na década de 70 nos Estados Unidos para classificar o conjunto de organizações sem fins lucrativos. O mesmo autor argumenta que o termo caiu em desuso nos anos 80 e ressurgiu fortemente na última década. Na visão de Anheier (2006), o setor não lucrativo ou terceiro setor é privado, voluntário e composto por organizações não lucrativas.

Terceiro setor: assim, com base nas definições dos autores, pode-se concluir que o setor