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Homo Economicus

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Por:   •  2/5/2014  •  2.174 Palavras (9 Páginas)  •  597 Visualizações

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Homo economicus

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O homo economicus ou o homem econômico é uma ficção, formulada segundo procedimentos científicos do século XIX que aconselhavam a fragmentação do objeto de pesquisa para fins de investigação analítica.

Os economistas assumiram que o estudo das ações econômicas do homem poderia ser feito abstraindo-se as outras dimensões culturais do comportamento humano: dimensões morais, éticas, religiosas, políticas, etc., e concentraram seu interesse naquilo que eles identificaram como as duas funções elementares exercidas por todo e qualquer indivíduo : o consumo e a produção.

O homo economicus nada mais é do que um pedaço de ser humano, um fragmento, um resto, a sua parcela que apenas produz e consome, segundo "leis" deduzidas da observação, cujo único critério de verdade apoiava-se na evidência.

Conceito

O conceito de Homo Economicus é um postulado da racionalidade que é caracterizado pelo triunfo dos economistas que encontraram nele, a semelhança dos biólogos no Darwinismo, uma teoria do comportamento coerente.

Segundo Albou (1984), três grandes correntes filosóficas são responsáveis pela criação deste conceito: o hedonismo; o utilitarismo e o sensualismo.

O Hedonismo, que afirma que o homem está sujeito, tal como os animais, à lei natural dos instintos e que portanto se encontra implícita a procura do prazer, do bem-estar e a evitação da dor.

O Utilitarismo, cujo o autor principal é John Stuart Mill (1806-1873) afirma que o que é útil é valioso e contrapõe o prazer calculado ao irracional, classificando os prazeres nobres e pobres.

O Sensualismo segundo Condilac (1714-1780) afirma serem os sentidos a fonte do conhecimento.

Princípios fundamentais do conceito homo economicus:

1- A razão psicológica essencial a toda a actividade humana é o interesse pessoal. Este primeiro princípio é então afectivo, pois define a única razão da actividade económica;

2- O homem não obedece senão à razão;

3- O sujeito é universal, o interesse pessoal e a racionalidade são validos em todos os lugares e em todos as épocas.

4- O homem está perfeitamente informado, tem conhecimento da totalidade das consequências de todas as possibilidades das acções que se lhe oferecem;

5- O homem vive o presente num tempo linear, não se lembra nem tem a capacidade de prever;

6- Ele está só e portanto livre dos outros homens, ou seja, não existem determinismos que lhe sejam exteriores.

Com base nesta construção abstracta, que os economistas construíram sobre um corpo teórico unanimemente aceite, elaboraram-se leis económicas que se encontram em todas as obras fundamentais: a lei da maximização da utilidade e leis sobre a utilidade marginal, aplicadas ao consumo e à produção.

Conceito de Homo Economicus

Uma vez analisado o trabalho, racionalizadas as tarefas e padronizado o tempo para a sua execução, uma vez selecionado cientificamente o operário e treinado de acordo com o método preestabelecido, restava fazer com que o operário colaborasse com a empresa e trabalhasse dentro dos padrões de tempo previstos. Para essa finalidade, Taylor e seus seguidores desenvolveram planos de incentivos salariais e de prêmios de produção. Assim, a produção individual até o nível de 100% de eficiência passou a ser remunerado conforme o número de peças produzidas. Acima de 100% de eficiência, a remuneração por peça passou a ser acrescido de um prêmio de produção ou incentivo salarial adicional que aumentava à medida que se elevava a eficiência do operário. Isso levou Taylor a julgar que o quer era bom pra empresa era igualmente bom para os empregados.

Figura 3 Plano de incentivo salarial

Este plano de incentivo salarial é justificado pelo conceito de homo economicus, isto é, homem econômico, segundo o qual toda pessoa é profundamente influenciada por recompensas salariais, econômico e materiais. Assim sendo, este plano faz com que o trabalhador desenvolva o máximo de produção que é fisicamente capaz de atingir para obter um ganho maior.

Nesta visão, o operário é um indivíduo limitado e mesquinho, preguiçoso e culpado pela vadiagem e desperdício das empresas e que deveria ser controlado através do trabalho racionalizado e do tempo padrão.

Seguindo esse raciocínio, as condições de trabalho passam a ser muito valorizadas, não porque as pessoas o merecessem, mas porque o conforto do operário e a melhoria do ambiente físico aumentavam a sua eficiência.

Este conceito se baseia na necessidade humana de receber incentivos, no caso econômico de receber recompensas por aquilo que faz ( pelo seu trabalho/ produção). Desta forma combate o desanimo do trabalhador e conseqüentemente otimiza sua eficiência ao máximo porque este se vê de uma certa forma obrigado a trabalhar para suprir suas necessidades básicas ou não( homem econômico).

Caderno de Economia 3 - HOMO ECONOMICUS, por Sérgio Birchal

Nem sempre os economistas são muito populares. Costumam ser vistos como pessimistas. A origem desta fama está, entre outras coisas, no fato de que o economista está sempre sendo convidado a falar sobre o que pode dar certo e o que pode dar errado com a economia e as pessoas detestam pensar no que pode dar errado com o seu dinheiro. A discussão sobre a natureza, a extensão e os desdobramentos da crise mundial de 2008 é ilustrativa disto. Existem tantas opiniões econômicas acerca da crise quantos economistas (vivos e mortos). Mas baseados em quê os economistas se atrevem a dizer o que pode dar errado e o que pode dar certo? Será que os economistas têm mesmo as respostas para estas perguntas?

Os economistas tentam entender como as pessoas e as organizações, privadas ou não, com fins lucrativos ou não, se comportam economicamente. Por que compram? Quando? Onde? Como? Quanto? E por que produzem? Quanto?... Os economistas

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