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Influência do Investimento em Análise de Inflação

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Por:   •  19/5/2014  •  Tese  •  2.259 Palavras (10 Páginas)  •  209 Visualizações

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Etapa 4

Passo 1

O Efeito da Inflação na Análise de Investimentos.

A inflação é definida como aumento contínuo e generalizada dos preços na economia. Esse é um processo conhecido como processo inflacionário, que se estende a todos os bens econômicos.

A inflação é medida pelos chamados índices de preços. Esses índices são a média ponderada dos preços de uma cesta de bens escolhidos, em determinado período (normalmente mensal) e em certas regiões (no Brasil, geralmente as principais capitais). A inflação é medida como o aumento de índice de preços, isto é o aumento dos preços da cesta de bens.

Há, basicamente, dois tipos de índices de preços:

Índices Gerais de Preços (IGP): são índices que buscam medir a inflação como um conceito amplo na economia, envolvendo preços de atacado, de varejo e de construção civil. Os principais IGP são os medidos pela Fundação

Getúlio Vargas (FGV), conhecidos como IGP-M e IGP-DI.

• IGP-DI: tem como composição 60% de preços no atacado (IPA), 30% de preços no varejo (IPC) e 10% de preços da construção civil (INCC). É medido do dia 1 aos 30 de cada mês.

• IGP-M: tem a mesma composição do IGP-DI, porém é medido do dia 21 de um mês ao dia 20 de mês seguinte.

Índices de Preços ao Consumidor (IPC): são índices que buscam medir a inflação do varejo que atinge diretamente os consumidores (pessoas físicas). Os principais índices são:

• Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): calculado pelo IBGE, é o índice oficial de inflação no Brasil;

• Índice de Preços ao Consumidor (IPC): calculado pela FIPE da USP na cidade de São Paulo;

• Índice de Custo de Vida do Dieese (ICV): calculado pelo Dieese, ligado á sindicatos.

As causas e consequências da inflação

O processo inflacionário distorce o sistema de preços e afeta o bom funcionamento do mercado. As principais consequências da inflação são:

• Impor custos à sociedade, de emissão e controle de moeda;

• Aumentar a concentração de renda, pois normalmente os ricos conseguem se proteger melhor da inflação do que os mais pobres;

• Diminuir o crescimento econômico, pois a instabilidade econômica reduz os investimentos nacionais e estrangeiros.

As causas da inflação são diversas, porém há três tipos principais:

Inflação de demanda

Toda economia tem certa capacidade produtiva determinada pelo seu numero de fabrica, trabalhadores, máquinas, equipamentos etc. Há mesmo um índice que mede a utilização dessa capacidade conhecida como índice de utilização da capacidade instalada (que varia de 0% a 100%).

Há dois “remédios” para combater a inflação de demanda:

Aumentar a taxa de juros (política monetária restritiva) – ao aumentar a taxa de juros, o consumo e o investimento privados são desestimulados, diminuindo a demanda e a inflação;

Aumentar os impostos e/ou cortar gastos e investimentos públicos (política fiscal restritiva), diminuindo a demanda privada (mais impostos) e a demanda publica (gastos e investimentos públicos).

Inflações:

Inflação de oferta

A inflação de oferta, também conhecida como inflação de custos esta relacionada a algum forte aumento do preço de insumos importantes na economia. A esse forte aumento no preço chamou de choque de oferta.

Esses aumentos de preços de insumos se transformam em aumento de custos para os empresários e são repassados aos preços finais, gerando inflação.

Os dois “remédios” para combater a inflação de oferta são:

• Estimular a concorrência combatendo oligopólios e monopólios;

• Diminuir custos para os empresários (isenções fiscais, benefícios).

Inflação crônica

O setor público é o causador da inflação crônica. O resultado financeiro do setor público pode ser definido de forma simplificada como:

Setor = Receita de - Gastos - Investimentos - Juros pagos

Publicam + Impostos pela dívida.

• Se a receita de impostos é maior que os gastos, investimentos e juros pagos, o setor publico tem superávit fiscal;

• Se a receita de impostos é menor que os gastos, investimentos e juros pagos, o setor publica tem déficit fiscal.

Quando o setor público tem déficit fiscal (o que quase sempre ocorre), as opções de financiamento são:

1. Aumentar impostos ou cortar gastos e investimentos;

2. Emprestar dinheiro, aumentando a divida publica interno ou externo;

3. “Imprimir” dinheiro, aumentando a quantidade de moeda na economia.

Esse é o chamado imposto inflacionário, isto é, para cobrir gastos e investimentos o governo cria moeda, aumentando a inflação. Esse imposto inflacionário recai sobre os mais pobres, que têm menos recursos para se defender da inflação.

A importância de se considerar a inflação na análise de investimentos

A inflação deve ser sempre considerada na análise de investimentos, por um motivo muito simples: como a análise de investimentos utiliza em geral, um período de tempo de diversos anos, a inflação acumulada pode distorcer totalmente a análise se não for considerada corretamente. Uma vez que a inflação é cumulativa em progressão geométrica, ou seja, funciona como “juros sobre juros”, popularmente conhecido como “juros em cascata” ou “bola de neve”, mesmo uma taxa anual modesta de inflação, após certo período de tempo, pode gerar uma inflação significativa.

Por exemplo, uma inflação baixa de apenas 5% ao ano é suficiente, em dez anos, para acumular uma variação de preços de 62,9% e, em 15 anos, de mais de 100%, atingindo 107,9%. Portanto, desprezar o efeito da inflação em projetos

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