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Interpretação Sociológica Do Homem

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Por:   •  4/4/2014  •  3.839 Palavras (16 Páginas)  •  513 Visualizações

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Oferecer uma interpretação sociológica do homem e do seu processo histórico transformativo.

Dar ao educando uma visão aprofundada dos conceitos fundamentais da ciência sociológica.

Que é o homem?

Esta pergunta que tem sido feita pelo homem através dos séculos, relacionada consigo mesmo. É uma pergunta tão antiga que já se encontra plasmada no próprio ser do homem. Vemo-lo progredir assustadoramente nas últimas décadas. Em tudo ele se realiza, cresce, tem condições para estudar, analisar, levar ao laboratório e dar a palavra final. Acerca de si mesmo, no entanto, assemelha-se aos seus antepassados. Conhece bem as ciências que procuram estudá-lo com relação aos seus problemas racionais e biológicos; mas o problema de sua origem ainda é enigmático.

À medida que o homem se empenha em transcender às limitações do espaço e do tempo, em superar o temor, a angústia e a ansiedade, sempre confrontando pelo mistério de existir, ele encontra-se a si mesmo perguntando: “Que é o homem?” Isso sempre aconteceu, e acontece. Dizer que o homem atual reflete sobre si mesmo com menor intensidade do que seus ancestrais é uma inverdade, pois ele sempre se preocupou com o que é, sempre se encontrou reflexionando sobre o problema insolúvel.

Uma prova de que o homem ainda se preocupa com sua origem são os conceitos contemporâneos acerca de sua procedência e função no universo. A doutrina do homem, seja ela qual for, ocupa o centro de todos os interesses. Existem três correntes a respeito do processo evolutivo do homem:

1) Marxismmo – Esta ideia diz que a natureza é a base do homem, seu objeto único, universal e supremo; para o marxismo, o dinheiro é o móvel principal pelo qual os homens alienam a própria personalidade. Para Karl Marx, o homem se está despojando de sua essência humana, pois criou o Estado, a Pátria, a propriedade, o capital e se foi alienando a todos. Incluído nos elementos criados pelo homem está o trabalho que é a essência do próprio homem. Para Karl Marx, o homem é exclusivamente um ser social; como conjunto de sensações, ele é um produto dialético da natureza; como consciência individual, é um produto dialético das relações sociais. Os marxistas dão ênfase ao fato de que o progresso do homem está na produção e que, através dela, o homem se unirá ao seu semelhante.

2) Existencialismo – os existencialistas dizem que o homem define-se pelo que faz, e que antes de mais nada, é um projeto que se vive subjetivamente. O homem está condenado a ser livre, extraindo de si mesmo os valores e as normas de sua conduta.

3) Cristianismo – O homem cristão não é algo especial. Ele é uma existência que desperta para o que existe de mais nobre, isto é, a identificação com o seu Deus e Salvador. O homem é muito limitado, mas possui um Deus que se importa com ele de maneira sacrificial.

O Passado Cultural do Homem

Hoebel e Frost afirmaram que “para compreender a cultura humana deve-se conhecer as fases pelas quais a humanidade se transformou, do antropóide dominado pelo instinto ao ser humano adaptável culturalmente. Desde o tempo das origens primitivas da cultura, todo desenvolvimento humano foi biológico e cultural. Nenhuma tentativa de estudar a humanidade pode ignorar este fato”.

Ser Humano Adaptável Culturalmente

A partir das primeiras conquistas, outras se sucederam, capacitando o homem ao uso de renovados mecanismos de adaptação que permitiriam a sua sobrevivência. Como produto final, mas não acabado dessa sequência evolutiva, sobreviveu apenas uma espécie e uma variedade denominada sapiens, da qual o homem moderno é o atual representante.

Desenvolvimento Biológico do Homem

A evolução homínida foi gradativa e contínua, levando a modificações necessárias para o aperfeiçoamento do gênero Homo. Como produto final, mas não acabado dessa sequência evolutiva, sobreviveu apenas uma espécie e uma variedade denominada sapiens, da qual o homem moderno é o atual representante. Seus ancestrais ficaram reduzidos a restos fósseis humanos.

Desenvolvimento Cultural do Homem

O desenvolvimento cultural do homem acha-se intimamente associado à sua evolução psicobiológica, o que lhe permitiu conquistas, cada vez mais aperfeiçoada e complexas, no mundo cultural.

Brace, analisando a cultura como mecanismo primário de adaptação humana: “a mais  singular característica do ser humano é a sua capacidade para partilhar da experiência acumulada e transmitida pelos seus semelhantes. Esta deve, portanto, ser considerada a mais importante forma de adaptação do homem”. 

O Tempo

Os marcos cronológicos são tão amplos, que muitas vezes fogem ao entendimento do estudioso, mas é essa amplitude que possibilitou o desenvolvimento biocultural através de um processo contínuo.

Transformação social e desenvolvimento

O termo transformação social não envolve qualquer novidade intrínseca. Normalmente, implica uma noção subjacente sobre o modo como a sociedade e a cultura se transformam em resposta a factores como o crescimento econômico, a guerra, ou convulsões políticas. Podemos ter em mente a “grande transformação” das sociedades ocidentais (Polanyi, 1944), provocada pela industrialização e pela modernização, ou alterações mais recentes associadas à descolonização, à formação do estado-nação e a mudanças econômicas. Considero que é útil definir o estudo da transformação social de um novo modo, mais específico, enquanto enquadramento analítico interdisciplinar para a compreensão das articulações globais e dos seus efeitos regionais, nacionais e locais. O estudo da transformação social tem assim de ser conceitualizado em contraste com a noção de desenvolvimento (ou de estudo do desenvolvimento).

Modernidade, progresso e desenvolvimento

A noção de desenvolvimento implica frequentemente uma crença teleológica na progressão para um objetivo pré-definido: normalmente o tipo de economia e de sociedade que encontramos nos países ocidentais “altamente desenvolvidos”. A noção de transformação social, pelo contrário, não supõe qualquer resultado pré-determinado, nem tão-pouco que se trate de um processo essencialmente positivo. A transformação social pode ser vista como a antítese da globalização, num sentido dialético em que é parte integrante da globalização e, simultaneamente, como um processo que mina as suas ideologias nucleares.

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