Introdução e Mudanças Resultantes da Industrialização
Por: Adriana Tonin • 23/4/2020 • Resenha • 900 Palavras (4 Páginas) • 230 Visualizações
NOÇÕES DE CIÊNCIAS SOCIAIS
CIÊNCIAS ECONÔMICAS – 1º ANO
DOCENTE: ELSON LIMA
ALUNA: ADRIANA BERARDI TONIN
QUINTANEIRO, T. “Introdução” e “Mudanças resultantes da industrialização”. In: QUINTANEIRO, T. [et. all]. Um Toque de Clássicos: Marx, Durkheim, Weber. Belo Horizonte:MG/ UFMG. 2002, 2 ed. p. 09-26.
“INTRODUÇÃO” E “MUDANÇAS RESULTANTES DA INDUSTRIALIZAÇÃO”
1 INTRODUÇÃO
A partir do século XVI, houve muitas mudanças econômicas, políticas a sociais (racionalismo, empirismo e iluminismo) e, inclusive, crises materiais, culturais e morais, que culminaram na modernidade europeia. Nesse cenário surge a Sociologia, como saber científico, emergente em meados do século XIX.
2 MUDANÇAS RESULTANTES DA INDUSTRIALIZAÇÃO
As transformações sociais não ocorrem de forma radical. Por sua vez, essa nova forma de pensa gera conflitos. Com o avanço do sistema capitalista, a forma de pensar e o costumes foram se desestruturando, com isso, os estamentos tradicionais, sendo eles: aristocracia, campesinato e as instituições feudais fora ruindo. Com a primeira Revolução Industrial o cenário muda muito. Surge o proletariado, a urbanização se intensifica e há pressão para maior presença política. Além disso, com o crescimento das fábricas e modernização da agricultura, houve um movimento de êxodo rural e, com isso, o crescimento das cidades de forme desordenada e acelerada, com problemas de saneamento, condições precárias e fome, contribuindo para a proliferação de doenças. Foi nascendo um outro tipo de sociedade, com oportunidade para alguns, porém com parte da população pobre e marginalizada.
As condições de trabalho eram precárias, havia trabalho infantil, longas jornadas e eram pagos salários miseráveis. A luta pelos direitos dos trabalhadores foi embasada em várias revoltas, também chamadas de movimento ludista. Os direitos foram conquistados pouco a pouco na Europa e na América, alterando legislações e criando sindicatos. Também ocorreram transformações nas famílias, como nas relações afetivas, o amor romântico, o casamento por escolha e o reconhecimento da infância e da adolescência.
3 ANTECEDENTES INTELECTUAIS DA SOCIOLOGIA
Alguns movimentos foram essenciais para o nascimento da Sociologia como ciência:
- Reforma Protestante: contestou a autoridade da Igreja. O indivíduo passa a ser principal nexo com o divino. Emergem conceitos de empirismo e de racionalismo cartesiano.
- Revolução Francesa: o ponto alto desse movimento foi o Iluminismo, que deu origem a ideias de liberdade política e econômica defendidas pela burguesia, que acabou modificando o quadro sociopolítico. Confiança na razão e no progresso. Inicia-se, também, a igualdade civil entre os sexos.
- Revolução Industrial: Montesquieu (1689-1755) deixou sua contribuição acerca da formação do pensamento sociológico, sobre a caracterização da esfera social como um campo diferenciado e a procura das leis que regem seu movimento. Ele, inclusive, criou o conceito dos três poderes. Outro importante pensador do movimento foi Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), o qual modificou o pacto social, dizendo que “o homem é bom, a sociedade é que o corrompe.” O estado civil é um processo histórico.
O movimento iluminista acreditava que a razão levaria a humanidade ao progresso. Na França, Diderot e D’Alambert publicaram a Enciclopédia e os homens responsáveis pelas invenções (máquina à vapor) e descobertas se tornam a camada social dominante. O grande desenvolvimento industrial permitiu a criação de novos mercados, inovação nas técnicas de produção e seus maquinários e novas descobertas.
4 PRIMEIRAS SOCIOLOGIAS: ORDEM, CAOS, CONTRADIÇÕES, EVOLUÇÃO
A Revolução Francesa desencadeou um pensamento contrário na Europa, os chamados “profetas do passado”, os quais desejavam uma sociedade hierarquizada, estável, fundada em valores familiares religiosos, comunitários, assim como na ordem, coesão e autoridade. Faziam crítica à modernidade, pois alienava o homem, e exaltavam a tradição.
Saint-Simon (1760-1825), em contrapartida, acreditava na Revolução Industrial e na ciência como fonte progressista. Defendia uma sociedade liderada pela classe industrial. O Governo apenas administraria e evitaria a “classe parasitária”. Ele era liberalista e via a meritocracia como um meio benigno (Socialismo Utópico).
...