Jamais Fomos Modernos LATOUR- Analogia ao filme Stalker
Por: Wilson Enes • 14/11/2023 • Ensaio • 1.035 Palavras (5 Páginas) • 63 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS- UFMG.FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS -FACE.PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO/ PPGA.
Disciplina: Teoria das Organizações- Turma: Única. Professor: Dr. Alexandre Carrieri.
Aluno: Wilson Machado Enes- Ensaio teórico: “Jamais fomos modernos” - LATOUR
Considerações:
Resenha crítica acerca da obra Jamais fomos modernos
Ensaio de Antropologia Simétrica
Autor: Bruno Latour
Disciplina: Cultura e Natureza
Aluna: Jéssica Fagundes Sales
Bruno Latour defende em toda a sua obra denominada Jamais fomos modernos um estudo antropológico da sociedade moderna. Seu estudo retrata a forma um tanto equivocada com que os antropólogos aglutinam elementos diversos, tratando as naturezas-culturas como tecidos inteiriços. Salienta também o pensar do antropólogo tradicional, ressaltando que “altropolizar” o mundo moderno causaria também uma transformação em nossa própria concepção de moderno.
Enfim, o que seria um moderno? O termo modernidade pauta-se em intensos debates polêmicos. “Moderno” conjuga com uma ruptura na passagem regular do tempo, um combate em que há vencedores e vencidos. O autor busca comprovar o seu trabalho por meio de dois conjuntos: o primeiro deles permeia-se das práticas de “tradução” ou “mediação”, que permitem a mistura entre os gêneros de seres totalmente novos, híbridos de natureza e cultura.
Isto é o que o Latour chama de “redes”. O segundo são as chamadas práticas de “purificação” que criam duas zonas ontológicas completamente distintas, gerando a separação drástica entre os seres humanos e os não-humanos. É denominado por “crítica” por Latour.
Para ele a chave para a análise do mundo moderno, estaria na ligação desses dois conjuntos.
Realmente seremos modernos enquanto considerarmos separadamente tais práticas, de forma a aderir o projeto de purificação crítica, mesmo que esta se desenvolva apenas através da
proliferação dos híbridos. Latour defende que a partir do momento que desviamos a nossa atenção de forma simultânea para os trabalhos de purificação e hibridação, deixamos
instantaneamente de ser modernos e o nosso futuro sofre modificações.
Ressalta-se que a Antropologia simétrica de Bruno Latour exposta nesta obra, possibilita uma reflexão ampla que nos proporciona uma revisão sobre o conceito já consolidado na sociedade e um diálogo em vários vértices por profissionais capacitados de várias áreas que não se restringem ao ambiente acadêmico.
Como um antídoto a expressão “antropologia simétrica” foi vista por estes profissionais, pelo fato de não limitar o diálogo apenas entre áreas do conhecimento, mas também entre mundos, como do “ameríndio e da ciência moderna”. Neste sentido, é possível aproximar os estudos sobre os “outros” e “nós mesmos”. O conhecimento antropológico não é de forma alguma reflexão de um único ponto de vista ou mesmo totalizante. Quando se cria o conhecimento antropológico em rede, há, portanto, a dissolução da idéia de criador ou autor.
Quanto a separação entre humanos e não-humanos, Latour também faz uma análise recusada pelos “coletivos pré-modernos”. Sustenta que a mesma deve ser pontuada por debates da antropologia simétrica em sua análise da modernidade, enfatizando a importância da ruptura
entre humanos e não-humanos como um mero atributo da “Constituição” moderna.
Latour então propõe, que se elimine a diferença ontológica entre humanos e não-humanos. Desta forma, é possível ir além e questionar acerca de um mundo inteiramente “artificial”, construído totalmente pelos homens, e a possibilidade do mesmo, na visão cultural ontologicamente não ter qualquer distinção de um mundo marcado pelas relações entre os seres humanos.
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