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Marshall

Por:   •  7/10/2015  •  Projeto de pesquisa  •  618 Palavras (3 Páginas)  •  149 Visualizações

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A historiografia tradicional relacionava a conquista da américa com a desolação da cultura indígena. Essa relação era sustentada ou pelas constantes epidemias e mortes de indígenas relatadas nas fontes ou pelo equívoco na cresça de uma suposta passividade do índio frente à cultura europeia.

   Para debater essa ideia apresentada acima, o historiador serge Gruzinrki defende que o encontro entre os europeus e os ameríndios resultaria na constituição do pensamento mestiço.

   Se anteriormente o ambiente caótico de epidemias e mortes era considerado apenas hostil aos indígenas; Serge G defende este quadro como negativo tanto aos conquistadores como aos conquistados. E então, nessa lógica ocorreria o “choque cultural”.

É importante ressaltar que esse choque não resultou na desolação da cultura indígena. Se o projeto inicial por parte por parte dos conquistadores foi o de transposição do mundo europeu para a América o que o autor Gruziorki denominou como a ocidentalização. Esta transposição foi assimilada e  resignificada pelos índios. Para tal ressignificação, os últimos tiveram como referencial à sua própria cultura. Um exemplo dessa ressignificação feita pelos ameríndios da cultura europeia é a indianização do sobrenatural cristão.

   Ao passo que os índios deram outros significados  ao culto e aos objetos cristãos, os indígenas também tomaram uma posição crítica ao conceito de idolatria feito pelos espanhóis. Gruzinski ilustra essa crítica com o exemplo do índio que relaciona o culto cristão às imagens dos santos ao culto dos deuses indígenas.

   Não devemos esquecer que assim como o dominador, os europeus tiveram, também, de mudar seus hábitos. A transposição do mundo europeu à américa, então mostrou-se inviável num ambiente não distinto e distante da Europa mas também possuidor da cultura indígena, como se pode notar ao longo do texto. Um exemplo dado pelo historiador Gruzinski dessa mudança de habito dos europeus é a adoção de milho em suas dietas.

As sociedades asteca e inca eram sociedades guerreiras e se estabeleciam na lógica da guerra e na subjulgação de outras tribos. Ambos eram sociedades de origem recente se comparados à outros povos como os toltecas. Devido à essa origem recente; ambas forjaram um passado glorioso para, justificar a dominação que realizavam à outros povos.

  Se estas sociedades possuíam aspectos sociais em comum como a complexa estratificação social; No caso asteca havia a possibilidade social pelo mérito pessoal, já no caso inca as classes sociais mais altas estavam restritas as famílias já enseridos nas mesmas e essa restrição era mantida pelo casamento a do que só ocorria entre os membros dessas famílias.

  Os astecas mantinham a receita do seu império no recolhimento de impostos. Esses impostos eram ou da submissão de mercadorias, ou da submissão dos legítimos ao tribunal de Tenochititlán do fornecimento de contigente militares. A origem desses impostos eram tanto das diversas cidades que mantinham certa autonomia politico- administrativa como as famílias de como ancestral comum que detinham a posse comunitária de terras.

   Já os incas, diferentemente dos astecas, mantinham a receita do seu império pelo sistema do mito que era o serviço prestado pelos membros dos ayllus que compunham o império e não pela forma de impostos como ocorria no império asteca. Dessa forma o império inca tinham sua economia baseada no serviço prestado através do sistema e na lógica da redistribuição e reciprocidade entre os aylus.

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