Matrix Sociology
Seminário: Matrix Sociology. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: melissaviviana • 1/12/2013 • Seminário • 3.303 Palavras (14 Páginas) • 439 Visualizações
Matriz de Sociologia
Conceito de socialização - consiste na interiorização que cada individuo faz, desde que nasce e ao longo de toda a sua vida, das normas e valores da sociedade em que está inserido e dos seus modelos de comportamento. Socializar é, portanto, inculcar no indivíduo os modos de pensar, de sentir e de agir do grupo em que ele está integrado.
Processo de socialização – É um processo de aprendizagem que permite a integração dos indivíduos na sociedade. Estes aprendem os modelos culturais vigentes, assimilam-nos e adoptam-nos como seus, tornando-se seres sociais. A interiorização de normas e valores comuns faz aumentar a solidariedade entre os membros do grupo e, por isso, a socialização é determinante para a integração social, um tema que será analisado mais adiante neste manual.
Socialização primária (família) - Ocorre durante a infância. Nesta fase, a criança é socializada sobretudo pela família, sendo as aprendizagens mais intensas, mais marcantes, porque biologicamente a criança está preparada para receber e assimilar grandes doses de informação (muito mais do que em qualquer outra fase da vida) e porque existe uma forte ligação emocional e afectiva com os seus agentes socializadores (pais, educadores e outros).
Ao longo deste período, são aprendidas e interiorizadas coisas tão determinantes quanto a linguagem as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence.
A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida. Na socialização primária, constrói-se o primeiro mundo do indivíduo. A criança confia nos adultos que são importantes para si e nas situações que estes lhe proporcionam.
Socialização secundária (amigos) – É todo e qualquer processo que introduz um individuo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade. Acontece a partir da infância e em cada nova situação com que nos deparamos ao longo da vida: na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas actividades de lazer, nos países que visitamos ou para onde emigramos.
Em cada novo papel que assumimos (aluno, amigo, colega, profissional, turista, pai, avô, reformado) existe uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam em nós relativamente ao nosso desempenho, assim como dos novos papéis que vamos assumindo nos vários grupos a que vamos pertencendo e nas várias situações em que somos colocados.
A socialização secundária assenta, portante, na socialização primária.
Características da socialização
O processo de socialização, embora possa assumir diferentes formas de sociedade para sociedade e varie de época para época, apresenta determinadas características gerais:
Duradouro – a socialização prolonga-se por toda a vida dos indivíduos;
Dinâmico – implica uma permanente adaptação a novas situações numa sociedade;
Global – a socialização diz respeito a diversos domínios da vida do indivíduo;
Interativo – ao mesmo tempo que o indivíduo se tem de adaptar à sociedade, também a pode vir a influenciar e transformar.
Ou seja:
A socialização é um processo duradouro, dinâmico, global e interativo através do qual adquirimos conhecimentos, adotando padrões de comportamento e interiorizando valores dos grupos sociais de que fazemos parte.
Agentes da Socialização – Obrigam a interiorizar um determinado papel social, seja por aprendizagem, seja por imitação ou por identificação. No entanto, existem alguns agentes socializadores especialmente importantes, pela forma como influenciam a nossa vida.
Família – Era a instituição responsável não só pela socialização primária como pela socialização secundária do indivíduo, na medida em que muitas vezes a criança aprendia um ofício que constituía a principal actividade da família e com ela permanecia durante a idade adulta.
O desenvolvimento socioecónomico e tecnológico transferiu funções educativas da família para a escola nomeadamente a preparação técnico-profissional, mas a primeira continua a ter um papel fundamenta na formação de atitudes sociais, na promoção da autoconsciencialização e na transmissão de valores.
A família transmite traços culturais e valores próprios do grupo social de pertença, bem como modelos de comportamento, não necessariamente de forma intencional: é na família que aprendemos (ou não) as regras básicas de boa educação os hábitos de higiene, de alimentação.
Exemplo:
Escola – As crianças aprendem a comportar-se na sala de aula, a ser pontuais, a cumprir determinadas regras de disciplina. Têm de aceitar e responder à autoridade dos professores. Existe todo um conjunto complexo de aprendizagens que são acrescentadas à socialização proporcionada pela família. A criança vê-se confrontada com novos tipos de autoridade, de relações de pessoas e com a necessidade de adquirir um conjunto de conhecimentos substancialmente diferentes dos adquiridos até aí.
Na família e na escola existe uma hierarquia das relações interpessoais, mais junto dos colegas – o grupo de pares – ela aprende o que significa ser igual – ou par – e como cooperar, conquistar autoridade ou obter o que pretende nessa situação.
Contudo, entre a família e a escola nem sempre ah continuidade na transmissão dos valores e nem sempre ambas valorizam o mesmo tipo de conhecimentos.
Meios de comunicação social – Os grupos de amigos e os meios de comunicação social desempenham também um papel muito importante no processo de socialização. O seu papel de sedução acaba por modelar também comportamentos, atitudes e maneiras de pensar e de agir. Podemos considera-los importantes de aprendizagem social no domínio das crenças valores e modelos de conduto. Ou seja, assumem um protagonismo, quer como fonte de informação, quer como forma de entretenimento.
Representação social – São opiniões sociais. Encontramos a representação social sob variadas formas a prepósito de conceitos, de realidades e de situações. Elas são nos transmitidas pelos agentes socializadores e interiorizamo-las ao ponto de quase nem as conseguirmos questionar. As representações sociais têm origem na necessidade de reduzir
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