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Memorial

Por:   •  30/8/2016  •  Trabalho acadêmico  •  1.409 Palavras (6 Páginas)  •  183 Visualizações

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Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE[pic 1]

Unidade Acadêmica de Serra Talhada – UAST

Licenciatura Plena em Química

              Estrutura e Funcionamentos da Educação Brasileira

                                     Tássia Pereira de Sousa

MEMORIAL ARTICULANDO A LDB, O FILME PRO DIA NASCER FELIZ E A VIDA ESCOLAR

Descrever a trajetória escolar não é uma tarefa fácil, afinal eu não lembro muita coisa dos primeiros anos escolares da minha vida. No ano de 1997 ingressei no ensino infantil I na Escola Municipal Vicente de Sousa França, localizada no povoado Carmo, distrito do Município de São José do Belmonte. A minha primeira professora do ensino infantil chamava-se Aparecida Holanda, sua formação era apenas o Magistério (Ensino Normal Médio), porém, segundo minha mãe (Luzia Pereira de Sousa), foi uma ótima professora. A escola não oferecia uma boa estrutura, faltava salas de aulas e por esse motivo eu estudava em um prédio alugado pela prefeitura, este também não era estruturado e foi adaptado pela própria professora e mães dos alunos para atender as necessidades das crianças. As mães levavam de casa umas cadeirinhas pequenas de madeira para seus filhos sentarem, pois, a escola só contava com cadeiras grandes, e as crianças corriam o risco de cair. A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional, possui como finalidade assegurar os direitos e organiza os aspectos gerais do ensino, no Título   IV, Artigo 10º, é incumbido ao Estado: I Organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais do seu sistema de ensino, no caso essa responsabilidade de organizar, manter e desenvolver é incumbida a prefeitura, pois esta é responsável pelo ensino infantil.

Um fato Marcante no meu ensino infantil foi quando eu estava cursando a alfabetização. Neste ano a direção da escola mandou chamar meus pais para uma reunião onde eles iriam decidir se eu mudaria para a série seguinte (1º ano do ensino fundamental), antes de acabar o ano letivo, pois eu estava avançada no conhecimento e isso estava atrapalhando os outros alunos. Depois de muito discutirem o fato eu mudei de série    entes de acabar o ano letivo. Segundo a minha mãe (Luzia Pereira de Sousa), eu fazia minha atividade rápido e depois tomava a atividade dos coleguinhas para fazer também.

Cursando o primeiro ano do ensino fundamental eu não apresentei dificuldades no desempenho escolar. Eu me lembro que mudei da sala alugada pela prefeitura e fui estudar no prédio da escola. A Escola também não tinha estrutura, assim como no filme “Pro Dia Nascer Feliz”, as salas possuíam carteiras quebradas, os ventiladores não funcionavam, faltava a merenda escolar, faltava livros didáticos, dentre outros fatores. A LDB assegura esses direitos, no Título II- Princípio e Fins da Educação Nacional Artigo 3º- IX garantia de padrão de qualidade, e reforça esse direito no Título III artigo 4º - VIII Atendimento ao educando no ensino fundamental público, por meios de programas suplementares de material didático escolar, transporte, alimentação, e assistência à saúde.

Ao sair do ensino fundamental I e ingressar para o ensino fundamental II (6º ano), percebi uma diferença na forma como era lecionado as disciplinas. Para começar eu estava acostumada com uma professora lecionado todas as disciplinas   e agora seria um professor para   lecionar cada disciplina. Sem contar na adição da disciplina língua inglesa. Mesmo com todas essas mudanças o meu rendimento escolar não mudou em nada, continuei tirando boas notas e aprendendo cada dia mais. Como o povoado onde moro é pequeno só possuía essa escola (Escola Municipal Vicente de Sousa França), eu permaneci nesta até o 9º ano do ensino fundamental II. No início do 9º ano do fundamental II a disciplina de ciências foi dividida em duas outras, física e química. Isso para mim foi novidade e essas eram as disciplinas que eu mais gostava. Foi neste ano também que ingressou na escola um aluno com deficiência mental. A escola não possui nenhuma estrutura física e nem um profissional preparado para atender um aluno com deficiência.  A LDB assegura esse direito no Título III artigo 4- O dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediada a garantia de –III Atendimento educacional especializado gratuito aos educandos com necessidades especiais, preferencialmente na rede regular de ensino. Outro fato relevante que chamava atenção era justamente a falta de valor e respeito do professor por parte da direção, alunos e pais dos alunos. Muitas vezes a falta de respeito direcionada o professor por parte da direção da escola provinha de questões políticas. O título II, Artigo 3º.  da LDB trata-se dos princípios  e  fins  da  educação, onde  é colocado sobre a valorização do profissional da educação. A valorização do professor está colocada no papel, mas não existe na prática. Ainda se tratando deste artigo, o mesmo mostra que deve haver a garantia de padrão de qualidade; o que na realidade escolar pública a mim oferecida no ensino infantil e fundamental, faltou a qualidade, como citei acima.

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