Memorial De Institucionalização Do Serviço Social
Monografias: Memorial De Institucionalização Do Serviço Social. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: renatapatricia • 11/10/2013 • 1.603 Palavras (7 Páginas) • 520 Visualizações
SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO
SERVIÇO SOCIAL
RAYANNE CRYSTINE GOMES ANDRADE
A RELAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL, SUA CONSTRUÇÃO HISTÓRICA E SUA INTERAÇÃO COM A SOCIEDADE
Montes Claros
2013
RAYANNE CRYSTINE GOMES ANDRADE
MEMORIAL DO PROCESSO DE INSTITUCIONALIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL
Projeto Pesquisa Bibliográfica apresentado como avaliação parcial ao Curso Serviço Social da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as disciplinas- Trabalho profissional II; Gestão Social; Serviço Social e Terceiro Setor; Comunicação na prática do Assistente Social.Semestre VIII
Orientadores: Profº. Maria Ângela Santini – Paulo Sérgio Aragão e Rodrigo Zambon
Montes Claros
2013
Introdução
Hoje em dia um dos grandes desafios do assistente social tem sido a falta de renda que tem afetado a sociedade, e cumunamente com um estado que esta com as suas verbas retraídas e seus serviços encontram-se defasados a partir das políticas neoliberais, nas quais a responsabilidade social sai, em parte, do governo e passa a sociedade civil, onde passamos por uma refilantropização social.
Dentro desta transferência a sociedade civil dos deveres sócias podemos citar a filantropia do grande capital, que estão voltadas para a uma gestão de pobreza, ela não é mais a caridade do século XIX, mas sim é um resultado da privatização dos serviços que deveriam ser públicos e está empenhada em estabelecer um desenvolvimento das forças produtivas.
O desafio de hoje é o de atualizar a prática, visando a questão social na atualidade, buscando ser solidários com o modo de vida dos que a vivenciam. Sendo necessário apontar perspectivas para decifrar o movimento societário.
A categoria estava muito preocupada com as políticas sociais e pouco preocupada com a vida dos indivíduos sociais, que eram pouco estudados e conhecidos. Isso permite redefinição e ampliação das bases de reconhecimento da profissão.
Deve ficar claro que, desvendar as condições de vida dos indivíduos, grupos e coletividades é decifrar as diversas formas de lutas articuladas pelas classes subalternas. O assistente social pode envolver-se com a população atendida, para tanto, deve captar os reais interesses e necessidades das classes populares e supor conhecimento crítico do universo cultural de tais classes.
O profissional também deve estar atento para não parecer um “estranho” ao que a comunidade vive. O código de ética deu um rumo ético-político e novos horizontes para o exercício profissional, porém é importante haver um esforço da categoria para que este seja cumprido e não se torne abstrato no cotidiano da prática.
Assim, é necessário um novo perfil do profissional; que deve ser afinado com a análise dos processos sociais, criativo, inventivo, capaz de entender o tempo presente, os homens, a vida contribuindo para moldar os rumos de sua história.
Desenvolvimento
O surgimento do Serviço Social está intrinsecamente relacionado com as transformações sociais, econômicas e políticas do Brasil nas décadas de 1930 e 1940, com o projeto de recristianização da Igreja Católica e a ação de grupos, classes e instituições que integraram essas transformações. Essas décadas são marcadas por uma sociedade capitalista industrial e urbana.
Atualmente, o Serviço Social atua na área das relações sociais, mas sua especificidade deve ser buscada nos objetivos profissionais tendo estes que serem adequadamente formulados guardando estreita relação com objeto. Essa formulação dos objetivos garante-nos, em parte, a especificidade de uma profissão. Em consequência, um corpo de conhecimentos teóricos, método de investigação e intervenção e um sistema de valores e concepções ideológicas conformariam a especificidade e integridade de uma profissão.
No processo de ruptura com o conservadorismo, o Serviço Social passou a tratar o campo das políticas sociais, não mais no campo relacional demanda da população carente e oferta do sistema capitalista, mas acima de tudo como meio de acesso aos direitos sociais e à defesa da democracia (MACHADO, 2005).
O assistente social é um profissional que tem como objeto de trabalho a questão social com suas diversas expressões, formulando e implementando propostas para seu enfrentamento, por meio das políticas sociais, públicas, empresariais, de organizações da sociedade civil e movimentos sociais. Para Ianamoto (1999, p.71), “a questão social, como matéria de trabalho, não esgota as reflexões”. Sem sombra de dúvidas, ela serve para pensar os processos de trabalho nos quais os assistentes sociais, em uma perspectiva conservadora, eram “executores terminais de políticas sociais”, emanadas do Estado ou das instituições privadas que os emprega.
Para uma reflexão do Serviço Social na atualidade, com suas demandas e perspectivas nesse momento histórico, é necessário situá-lo em sua trajetória histórica e revelar o legado desse momento com seus rebatimentos no contexto do século da globalização. Tempos em que a economia e o ideário neoliberal intensificam as desigualdades sociais com suas múltiplas faces. Tempos em que crescem as massas descartáveis, sobrantes e à margem dos direitos e sistemas de proteção sociais. Tempos, portanto em que crescem as demandas por políticas sociais, de um modo geral e, particularmente, por políticas de proteção social (YAZBEK, 2000, P.95-8).
Como profissional inserido na divisão sócio técnica do trabalho, o assistente social é demandado a desenvolver ações como gestor e executor de políticas sociais, programas, projetos, serviços, recursos e bens no âmbito das organizações
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