Modelos clássicos de análise e compreensão da sociedade e das instituições sociopolíticas
Seminário: Modelos clássicos de análise e compreensão da sociedade e das instituições sociopolíticas. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: nyancat • 21/11/2013 • Seminário • 979 Palavras (4 Páginas) • 359 Visualizações
Plano de Aula: Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
FUNDAMENTOS DAS CIÊNCIAS SOCIAIS
Título
Modelos clássicos da análise e compreensão da sociedade e das instituições sociais e políticas
Número de Aulas por Semana
Número de Semana de Aula
6
Tema
A socologia de Émile Durkheim (I)
Objetivos
Definir o que é fato social e suas características. Perceber a primazia dos processos coletivos sobre os comportamentos individuais.
Diferenciar consciência coletiva das consciências individuais. Refletir sobre o papel da educação na formação do indivíduo enquanto ser social.
Estrutura do Conteúdo
1 - Émile Durkheim
Criador da Escola sociológica francesa, com ele a sociologia se constitui como uma disciplina rigorosamente cientifica. Define o objeto da sociologia: os fatos sociais e atribui-lhe um método de investigação: a análise objetiva dos fatos sociais, que deveriam ser estudados como coisas, ou seja, o investigador deveria manter uma relação objetividade com o objeto estudando, desfazendo-se de qualquer pré-noção em relação a eles.
2 - Fatos sociais.
Em seu livro As regras do método sociológico, Durkheim define os fatos sociais: ?É fato social toda maneira de fazer, fixada ou não, suscetível de exercer sobre o indivíduo uma coerção exterior, (...) que é geral na extensão de uma sociedade dada, e, ao mesmo tempo, possui existência própria, independente de suas manifestações individuais.?
Estes tipos de conduta ou de pensamento não são apenas exteriores aos indivíduos, são também gerais na extensão de toda sociedade conhecida e dada, são dotados de um poder imperativo e coercitivo que constitui características intrínsecas de tais fatos. Para Durkheim a sociedade, como todo organismo, apresenta estados normais e patológicos (saudáveis e doentios).
3. Consciência coletiva.
Em seu livro Da divisão do trabalho social, Durkheim definiu consciência coletiva como o conjunto de crenças e de sentimentos comuns entre os membros de uma mesma sociedade, forma um sistema determinado que tem sua vida própria; podemos chamá-la de consciência coletiva ou comum. Sem dúvida, ela não tem como substrato um órgão único; é, por definição, difusa, ocupando toda a extensão da sociedade; mas nem por isso deixa de ter características específicas, que a tornam uma realidade distinta. Com efeito, ela é independente das condições particulares em que se situam os indivíduos. Estes passam, ela fica. É a mesma no Norte e no Sul, nas grandes e nas pequenas cidades, nas diferentes profissões. Por outro lado, não muda em cada geração, mas ao contrário liga as gerações que se sucedem. Portanto, não se confunde com as consciências particulares, embora se realize apenas nos indivíduos. É o tipo psíquico da sociedade, tipo que tem suas propriedades, condições de existência, seu modo de desenvolvimento, exatamente como os tipos individuais, embora de outra maneira.
A consciência coletiva pode ser verificada em fenômenos coletivos típicos, expressos através de uma forma de consciência que contrapõe indivíduo/sociedade. As torcidas organizadas e os grandes festivais de música, por exemplo, representam fenômenos coletivos típicos, expressos através de uma forma de consciência que contrapõe indivíduo/sociedade.
4- Relação indivíduo/sociedade
Durkheim foi um dos pioneiros na análise dos fatores coercitivos que levam o indivíduo, desde cedo, a se moldar segundo os parâmetros historicamente impostos pelo grupo social, no qual encontra-se circunstancialmente inserido. Esta estruturação do indivíduo segundo padrões preestabelecidos e exteriores ao próprio, perpassa pelo psicológico, pelo moral, pelos hábitos e costumes, pelo comportamento, enfim, por toda cultura. Tal processo é, até certo ponto, inconsciente, e será determinante no sentido de conferir um maior ou menor engajamento social (ou comprometimento) do indivíduo nos processos coletivos que permeiam as atividades sociais.
Este autor se preocupa em analisar a maneira pela qual o meio social, através de
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