Movimento Operário - Vargas
Por: Giovanni Luken • 21/9/2018 • Resenha • 611 Palavras (3 Páginas) • 186 Visualizações
Os atores demonstram como era o movimento operário no Brasil antes e depois da era Vargas. A análise dos atores do período que antecede Vargas é composta de três eixos, sendo elas: (i) demográfico; (ii) político; e (iii) sindical. No que tange o primeiro eixo, os atores, caracterizam o contigente operário como inexpressivo, visto que a maior parte da população encontravasse no campo, e portanto longe da dinâmica de trabalho urbano. As cidades eram compostas sobretudo de imigrantes extrangeiros e suas famílias. A inexistência de grande contingente demográfico urbano, afetava a expressão do eleitorado (eixo 2) das cidades, de modo que sua composição, (estrangeiros, mulheres, analfabetos e crianças), não podiam exercer o voto. O eixo sindical demonstrava grande poder de união entre os trabalhadores estrangeiros, entretanto isolados, de modo que eram minoria demografica e não possuiam relação com aqueles que moravam no campo (quase a totalidade da população brasileira).
Após a primeira guerra mundial, e mais especificamente, após a ascensão de Vargas no poder, que irá se transformar no principal simbolo desta transição campo->cidade, há uma inversão nesses eixos expostos. O primeiro diz respeito a mão de obra nacional, que vai aumentando de forma paulatina de modo que a partir de 40, há uma inversão urbano-rural. Entretanto, esta "nova" mão de obra não é acostumada a vida urbana (que veio da zona rural), portanto desqualificado e não politizada. Portanto, no que tange o segundo eixo, pode-se inferir pouca proteção para a expressão desses novos operários, acarretando precarização em sua condição de trabalho, algo parecido ao ínicio da industrialização dos países centrais. Ademais, esses trabalhadores são acomodados, pois apesar dos "mals tratos" há uma ascensão social (saindo do campo composto pelos coronéis). Com o passar to tempo, convivio com os trabalhadores extrangeiros, além da intervenção vargista, há enormes avanços nas condições trabalhistas dos operários urbanos, (criação de leis de amparo, embate entre o capital-trabalho, crianção da justiça do trabalho e das leis sociais e por fim, criação da CLT em 1943.
Essa intervenção afetará de maneira significativa os outros dois eixos. Com relação ao segundo, tem-se na legislação eleitoral o aumento dos apteis a exercerem o direito ao voto, (operários nacionais), além das mulheres (luta que irá começar a se consolidar), e após o estado novo, o estabelecimento do voto secreto, o que irá acarretar em um fortalecimento dos operários. Já o terceiro eixo, Vargas expande a legislação ao direito a previdência e pensão em alguns setores, e promove a expansão de alguns sidicatos. Quanto a este último ponto, uma grande ressalva, visto que o governo tinha o poder de tomar conta da vida financeira do sindicato e até fecha-lo, havendo um enorme controle reconhecido pelo Estado. Importante destacar que para Albertino Rodrigues, as atitudes de Getúlio Vargas não foram uma ortoga, e sim um mito do Estado novo, pois na verdade foi uma resposta de Vargas para toda uma luta que vinha a anos emergindo. Entretanto, fato é, que a era Vargas, representa uma mudança importante, onde: Antes de Vargas predomina no Brasil uma visão liberal nas questões que envolviam as relações de trabalho e após vargas, o fortalecimentode corporações, sindicatos, etc.
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