Movimentos Sociais
Artigos Científicos: Movimentos Sociais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Cinira • 16/3/2014 • 377 Palavras (2 Páginas) • 358 Visualizações
Políticas Educacionais
MOVIMENTOS SOCIAIS E EDUCAÇÃO POPULAR: UM OLHAR A PARTIR DA EDUCAÇÃO INTEGRAL
Ellen Christina Sá de Freitas – UERJ
ellencsfn@yahoo.com.br
Cinira Maria de Sousa – UERJ
cinira.sousa@ig.com.br
O presente artigo propõe a articulação entre os movimentos sociais e a educação integral, objeto da nossa pesquisa de mestrado, na perspectiva de contemplar o direito daqueles feitos diferentes e que são colocados a margem da sociedade. Considerando o percusso da Educação Integral, desde o Manifesto dos Pioneiros da Escola Nova, com Anísio Teixeira (1930) e sua Escola Parque e Escola Classe, até a criação dos Centros Integrados de Educação Pública, com Darcy Ribeiro (1980) e mais recentemente com a implementação do Programa Mais Educação (2008), observa-se uma trajetória da Educação Popular e dos Movimentos Populares na constituição de sujeitos sociopolíticos conforme nos sinaliza Maria da Glória Gohn(2013), e um avanço na elaboração de programas e no decreto de leis que dialogam, ainda que indiretamente, com as premissas ressaltadas pelos movimentos sociais que constituem ações coletivas de caráter sociopolítico, originados por atores sociais pertencentes a diferentes classes e camadas sociais. Paulo Freire um dos precursores da Educação Popular no Brasil e na América Latina já sinalizava a educação como libertadora e que despertasse a consciência através da práxis na ação-reflexão o” método” Freiriano utilizado nas comunidades eclesiais de base cristãs desenvolviam um trabalho de base e de organização das massas populares através de bibliotecas públicas, rádios comunitárias, grupos de teatro, músicas, apontando para o que hoje denominamos de Educação Integral. Os aportes teóricos de Miguel Arroyo nos permite reconhecer que a produção de diferentes em desiguais representam, na realidade, uma produção histórica que se reproduz nas relações políticas radicalizadas de dominação-subordinação. No contexto escolar, a discussão acerca do currículo que mantém a visão eurocêntrica nas matrizes pedagógicas de pensamento, constituem as nossas intenções de compreensão teórica que avolumam reflexões sobre como as dicotomias provocadoras de tensões inseridas nos programas que objetivam a ampliação da jornada escolar, podem ser enfrentadas. Desse modo, busca-se aproximar da educação que atenda a demanda dos estudantes das classes populares que historicamente são destinados a terem a sua cultura desprivilegiada e os seus direitos suprimidos.
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