Movimentos Sociais
Casos: Movimentos Sociais. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: marygisele • 19/5/2014 • 1.387 Palavras (6 Páginas) • 333 Visualizações
O SERVIÇO SOCIAL E OS MOVIMENTOS SOCIAIS NO BRASIL
1.A origem do S.So junto aos movimentos sociais no Brasil se dá com o surgimento do Desenvolvimento de Comunidade (DC).
2.Processo histórico do D.C.:
1A institucionalização do DC se dá pela ONU após a II Guerra Mundial devido à “guerra fria” instalada após a Revolução Russa de 1917.
2“guerra fria” – luta entre os dois blocos (capitalista e comunista) pela supremacia política, econômica e ideológica;
3expansão do bloco comunista nos países orientais “perigo” crescente aos países capitalistas atingidos pelas perdas das colônias;
4ONU ergue a bandeira da social democracia e busca estratégias capazes de garantir a “ordem social” e a preservação do “mundo livre” dos regimes e ideologias “não democráticas”.
3.ONU: a pobreza é um obstáculo e uma ameaça para as populações pobres e para as áreas mais prósperas (Ammann, Safira. P.29/30).
4.Os Estados Unidos se auto proclamam líder do mundo capitalista. A partir da II Guerra Mundial inicia extenso programa de assistência técnica aos países pobres, principalmente os situados na América Latina.
5.Em 1.942 firma-se o convênio entre Brasil e Estados Unidos para incremento da produção de gêneros alimentício no Brasil. Instala um quadro de técnicos junto ao Ministério da Agricultura brasileiro. Em 1945 é assinado um acordo sobre a educação rural (preparatória ao Desenvolvimento de Comunidades). Intercâmbio de educação, idéias e métodos pedagógicos entre os dois países; criação de missões rurais.
6.Objetivo: crescimento das colheitas e da produção pecuária e a melhoria da condição econômico-social das populações rurais, mediante assistência técnica e financeira. Reprodução no Brasil do modelo americano (produção mecanizada).
7.Para a ONU o DC é uma medida para solucionar o complexo problema de integrar esforços da população aos planos regionais do governo e aos planos nacionais de desenvolvimento econômico (visão acrítica dos problemas sociais).
8.O trabalho social é visto como isento de qualquer envolvimento político. Em 1957 o DC é recomendado em larga escala no país. A ONU volta seu olhar para o Serviço Social, realizando pesquisas internacionais sobre a sua formação, no nível auxiliar, de graduação e de pós-graduação. Investe no Serviço Social como aliado para atingir seus objetivos.
9.Há necessidade urgente de: modernizar a agricultura para atingir seus objetivos; implantar o capitalismo na agricultura; investir na educação rural - assistência técnica rural (agrônomo), economia doméstica, educação de adultos, todos dentro dos moldes norte-americanos.
10.Este trabalho vai até próximo da dec.60, quando começam a surgir os questionamentos sobre o DC. De 1960 a 1965, existem duas características de DC no Brasil:
a) DC ORTODOXO: caráter acrítico, aparentemente apolítico e aclassista. Comunidade concebida como unidade consensual, harmônica.Participação concebida a partir da teoria dos papéis e funções (continuidade estável do sistema). O DC é usado como estratégia de manutenção através de técnicas cooperativas – mutirão, ajuda mútua – ou de organização objetivando mudanças localizadas. (integração nacional)
b) DC HETERODOXO: ensaios críticos – concebem a participação de forma crítica; postulam mudanças estruturais da sociedade. (libertação social)
11.No Serviço Social:
- Há um desprestígio ao Serviço Social tradicional e de sua ação “comunitária” (DC ortodoxo);
- Valoriza os movimentos comunitários: concebendo o DC na perspectiva macrossocietária, supondo mudanças sócio-econômicas-estruturais mas, ainda dentro da lógica capitalista;
- Pensa o DC como instrumento de um processo de transformação social substantiva, vinculado à libertação social das camadas subalternas e da classe trabalhadora.
12.Esta visão crítica do DC é resultado da vinculação com a Igreja Católica que assume publicamente a posição de defesa dos interesses dos oprimidos contra o Estado e o monopólio capitalista. Inicia através da CNBB e da sua posição no continente latino-americano (CELAM) levadas ao Concílio Vaticano II (1964). Surge a Teologia da Libertação e as Pastorais a partir de 1968 (Medellín/Colômbia).
13.Por outro lado, a América Latina vive a influência do pensamento revolucionário de esquerda. Os intelectuais, profissionais e lideranças sindicais e populares passam a ter acesso a conteúdos teórico-práticos que visam instalar um outro ordenamento da sociedade e de relações de classe.
14.O movimento estudantil chega às escolas de Serviço Social e os alunos passam a se engajar nas lutas sociais e nacionais do segmento, em oposição ao Estado e ao Governo.
15.Com o Golpe de Estado instala-se o governo militar e, com a extinção das expressões democráticas e de participação popular temos:
- desmobilização da sociedade civil;
- perseguição, exílio e/ou morte das pessoas com engajamento político;
- paralisação dos movimentos;
- perseguição aos profissionais críticos;
- redirecionamento metodológico e ideológico de alguns movimentos, como por exemplo, o MEB transforma-se em MOBRAL.
16.O DC nos três níveis de governo passa a ter papel utilitarista e oficial:
- implantação e veiculação das políticas oficiais;
- uso gratuito da força de trabalho das comunidades locais em nome da colaboração com o governo.
17.A mecanização do campo e a entrada do capitalismo na produção agrícola e pecuária e das agro-indústrias, provocaram, a partir do final da dec.60 e dec.70 a expulsão dos pequenos proprietários e dos trabalhadores rurais. Surge, a partir da dec.70 o fenômeno “bóias-frias” e os acampanhamentos, assentamentos e áreas de ocupação pelos trabalhadores famintos, expulsos dos e pelos latifúndios.
18.Dos movimentos dos trabalhadores rurais (de 1.945 a 1.964) através
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