Método Fonovisuoarticulatório- Estudo E Aplicação

Comunicação e Linguagem em Educação Especial e

Comunicação em Educação Especial: Processos e

Práticas

ANO LECTIVO: 2010/2011

2º SEMESTRE

Método FonovisuoarticulatórioEstudo

e Aplicação

Orientação:

Mestre Fátima Andrade

Professora Drª Paula Santos

Grupo de trabalho:

Ana Rita Oliveira

Oksana Tymoshchuk

Junho de 20112

Índice

1. Introdução.................................................................................................................3

2. Linguagem – Breve definição………………………...……………………...……3

3. Perturbações da linguagem……………………………...………………..….……4

4. Consciência Fonológica ……………………………………..…………....……..7

5. Desenvolvimento da consciência fonológica…………………………...………...…….....….8

6. Avaliação/ Diagnóstico/ Intervenção de perturbações da linguagem ............... 9

7. Método das Boquinhas…….……………………………..….…….....................11

8. Aplicação do Método Fonovisuoarticulatório – Método das Boquinhas .......... 13

8.1. Amostra…….……………………………………...……………………12

8.2 Intervenção.............................................................................................. 13

9. Resultados …………………………….…………………...………...………..…14

10. Conclusão……………..……………………………………………..…………..14

11. Referências Bibliográficas................................................................................... 163

1. Introdução

No âmbito das disciplinas de Comunicação e Linguagem em Educação

Especial e Comunicação em Educação Especial: Processos e Práticas, leccionadas

pelas docentes Fátima Andrade e Paula Santos, foi-nos proposto a realização de uma

análise de um método de intervenção para crianças que apresentam dificuldades no

procedimento da Linguagem. Desta forma, o instrumento a analisar, escolhido pelo

grupo, foi o Método Fonovisuoarticulatório, mais conhecido pelo “Método das

Boquinhas”. O Método Fonovisuoarticulatório foi elaborado por uma autora

brasileira , Renata Jardini, em 2003. Segundo o estudo realizado por Andrade (2010)

, cerca de 70% das crianças com perturbações de linguagem, que faziam parte da

amostra, apresentam perturbação ao nível fonológico. Desta forma, optámos por

analisar este método de intervanção devido à pertinência da problemática que este

permite corrigir as dificuldades articulatórias da Linguagem e promove o processo da

aquisição da leitura e escrita. Para uma análise mais detalhada deste método

recorremos a uma aplicação do mesmo, a duas crianças de cinco anos a frequentar o

Pré-escolar, que apresentam dificuldades na linguagem.

2. Linguagem – Breve definição

Segundo American Speech-Language- Hearing Association, (1983), a linguagem é

um sistema complexo e dinâmico de símbolos convencionados, usado em

modalidades diversas para comunicar e pensar. Pode-se dizer que a linguagem é o

mais poderoso instrumento de comunicação conhecido, sendo o mais importante

meio de expressão humana. “Entendemos por linguagem, a faculdade

exclusivamente humana que serve para a representação, expressão e comunicação de

pensamentos ou ideias mediante um sistema de símbolos” (Ruiz e Ortega, 1997: 83).

Segundo Alves & Leitão (2006) a aquisição da linguagem é um processo gradativo

que requer algumas capacidades da criança e necessita de um ambiente favorável.

Essas capacidades são de ordem neurofisiológica e psicológica, e são elas:

percepção, memória, imitação e motricidade. Para que haja um perfeito

desenvolvimento da linguagem se faz necessário que as funções envolvidas na

linguagem estejam intactas, isto é, a integridade da inteligência, das funções 4

auditivas e das estruturas responsáveis pela articulação. O processo de aquisição da

linguagem envolve o desenvolvimento de quatro sistemas interdependentes: o

pragmático, que se refere ao uso comunicativo da linguagem num contexto social; o

fonológico, envolvendo a percepção e a produção de sons para formar palavras; o

semântico, respeitando as palavras e seu significado; e o gramatical, compreendendo

as regras sintácticas e morfológicas para combinar palavras em frases

compreensíveis. Os sistemas fonológico e gramatical conferem à linguagem a sua

forma,