Neoliberalismo

o Estado deve gastar menos com hospitais públicos, escolas e universidades estatais, reduzir o direito a aposentadoria e de auxilio aos desempregados. Bem, tais serviços ainda serão prestados, contudo por empresas particulares.

Por administrarem melhor que o Estado — segundo os próprios neoliberais— as empresas ofereceriam serviços mais baratos e de melhor qualidade e, assim, permitindo aos consumidores a escolha do que é melhor para eles. Com isso, o cidadão passa a ser principalmente consumidor.

Caso todas as idéias neoliberais sejam adotas aqui no Brasil, privatizando o serviço publico de saúde, por exemplo, o paciente (cliente) poderá ter um leito individual ou coletivo ou ainda escolher o médico que o atenderá. Tudo isso, claro, de acordo com o seu poder aquisitivo. Afinal de contas, por que esperar tanto tempo em uma fila, quando é possível pagar para ser atendido e ainda podendo escolher quem e quando?

O problema é que a maior parte da população brasileira utiliza o Sistema Único de Saúde (SUS) não porque o mesmo presta um serviço de qualidade, mas sim pelo fato de não possuírem condições financeiras para poder pagar um convênio. Com a privatização, alguns seriam obrigados a tentarem restabelecerem sua saúde em casa, esperando a cura ou até mesmo a morte.

No atual sistema em que vivemos, é difícil acreditar na boa vontade de multinacionais, afinal de contas elas não jogam para perder. Assim, o que leva uma grande empresa oferecer seus serviços ou produtos gratuitamente? Com certeza não é pela sua benevolência, tudo que fazem é visando o lucro e a conquista de mercado. Uma vez que elas defendem que o homem tem que ter total liberdade para investir e lucrar.

Depois de darem sua “contribuição social”, as multinacionais mostram a que veio, como, por exemplo, passam a cobrar por seus serviços. A exemplo da Google que quer agora privatizar a internet e obedecendo aos seus princípios neoliberais não querem a intromissão do Estado e, portanto, ela é quem vai estabelecer os preços de cada conteúdo. Assim cada um vai ter acesso ao que pode pagar, criando assim uma separação de classes na rede.