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O Aborto na Bioética

Por:   •  17/6/2015  •  Trabalho acadêmico  •  1.286 Palavras (6 Páginas)  •  108 Visualizações

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Bioética (Aborto)

Onde começa a vida?

Para a maioria das religiões a vida começa com a fecundação, para alguns cientistas a vida começa na fixação do embrião no útero. Outros cientistas defendem que a vida começa quando há a formação de um sistema nervoso, uma vez que a morte cerebral marca o fim da vida.

O tema do aborto, dentre todas as situações analisadas pela bioética, é aquele sobre o qual mais se tem escrito e discutido. O que não significa que tenham ocorrido avanços significativos sobre essa questão nos últimos anos ou ao menos que se tenha alcançado algum consenso democrático entre as sociedades em relação á pratica do aborto. Pelo contrário, a problemática do aborto é um exemplo claro da dificuldade em se estabelecer diálogos sobre a temática diante das questões éticas e morais do aborto (aborto não e pronto!).

Diante dessas dificuldades, não é tarefa fácil apresentar o aborto como estudo da bioética, uma vez que se misturam questões políticas, religiosas, etc.

Tipos de aborto

  • Interrupção eugênica da gestação (IEG) – São os casos de aborto ocorridos em nome de praticas eugênicas, ou seja, situações em que se interrompe a gestação por valores racistas, sexistas, étnicos, etc. Ex: quando mulheres foram obrigadas a abortar por serem judias, negras , ciganas (esse tipo de aborto ocorre contra  a vontade da mulher).
  • Interrupção terapêutica da gestação (ITG) – São os casos de aborto ocorridos em nome da saúde materna (quando não se há outro meio para salvar a vida da gestante). Devido ao avanço na medicina, tecnologia e etc. esse tipo de intervenção tem sido cada vez mais rara.
  • Interrupção seletiva da gestação (ISG)- São os casos de aborto ocorridos em nome de anomalias fetais, isto é, situações em que se interrompe a gestação pela constatação de lesões fetais. Em geral, os casos que justificam as solicitações de ISG são de patologias incompatíveis com a vida extrauterina, sendo o exemplo clássico o da anencefalia (falta de massa encefálica, má formação da cavidade craniana).
  • Interrupção voluntária da gestação (IVG) - Situações em que se interrompe a gestação porque a mulher ou o casal não mais deseja a gravidez, seja ela fruto de um estupro ou de uma relação consensual.

Aborto Legal

No Brasil, o aborto voluntário é considerado ato criminoso previsto no código penal de 1940.

Não se pune o aborto praticado por médico:

  • Se não houver outro meio de salvar a vida da gestante.
  • Se a gravidez for resultante de violência sexual.
  • Se houver probabilidade atestada pelo medico em questão e por outros dois profissionais da área, de que o feto apresenta anomalias físicas ou mentais.

Aborto e Religião

A Igreja Católica é a que adota a posição mais radical diante do aborto.

Ética

Para que uma atitude seja considerada ética e necessário que  a mesma seja aceita como costume assumido de uma determinada sociedade.

Acordei ontem com a timeline cheia de amigas grávidas. Quanto amor, quanto neném, quanta ocitocina rolando em cada nó dessas redes sociais! Mas, depois de tomar minha pequena grande xícara de café com leite e esfregar os olhos direitinho, comecei a ler as legendas e vi que era uma campanha contra o aborto. Pelo que entendi, funciona assim: você posta uma foto sua grávida e depois desafia uma amiga a fazer o mesmo e assim por diante. A coisa vai virando uma corrente.

Até fui desafiada por algumas amigas (superqueridas, é bom que se diga), mas, em vez de simplesmente ignorar o pedido, resolvi fazer um post explicando com mais detalhes meus motivos para quebrar a corrente. A campanha se diz contra o aborto e pró-vida, mas eu acho que as duas coisas não conversam. Sou sim pró-vida e é justamente por isso que sou a favor da legalização do aborto.

 

Vamos por partes. Quando dizemos “pró-vida”, estamos falando da vida de quem? Só do bebê? E a vida da mãe? Não conta? O bebê precisa sobreviver e a mulher que se dane. E se esse bebê sobreviver, que tipo de vida ele vai ter? Tudo bem se uma mulher entrar numa clínica num fundo de garagem e ser tratada como uma carne de terceira em um açougue de quinta?

 

Aí você, defensor da moral e dos bons costumes, vai logo argumentar: “Mas também, quem mandou querer abortar? Merece!” (Ah, a nossa facilidade de identificar quem merece ou não merece algum destino… Quantos deuses, quanta onipotência!)]

 

Olha, gente, o buraco é muito, mas muito, mais embaixo.

 

Muita gente não entende e pode até despejar um caminhão de acusações e dedos indicadores apontados para a minha cara. Mas SOU A FAVOR DA LEGALIZAÇÃO DO ABORTO.

 

Aí, algumas pessoas vão me perguntar: “Mas como? Você, que fala tanto dos bebês, de gravidez, de amamentação, de parto natural e todas essas coisas de índio? Mas quanta hipocrisia isso agora, de defender o aborto!”.

 

Eu explico: eu sou contra o aborto em mim, mas, por uma questão de saúde pública, sou a favor da legalização para quem, por algum motivo (e podem existir vários, diversos, alguns até que a gente nunca imaginou) escolhe esse caminho. Não conheço as histórias de todas as mulheres que fizeram, fazem e farão essa opção. Então, simplesmente não dá para julgar.

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