O Analfabetismo Funcional

Hodiernamente, cerca de 29% dos brasileiros são considerados analfabetos funcionais, aponta um estudo feito pelo Ibope Inteligência — um centro de pesquisa — e desenvolvido pela ONG Ação Educacional juntamente com o Instituto Paulo Montenegro. Desse modo, percebe-se que o analfabetismo ainda é uma adversidade preocupante no país, visto que o sistema educacional possui, até então, métodos pouco eficazes para com o letramento; além da discriminação, exclusão e dificuldade de comunicação enfrentada pelos indivíduos que sofrem desse mal. Portanto, é necessário que essa questão seja debatida a fim de erradicar o problema.

Em primeira análise, é primordial destacar que a posição do brasileiro no âmbito letramento, em relação a outros países, é um consideravelmente baixa. De acordo com Magda Soares, uma professora titular emérita da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), “os níveis de letramento, tal como os níveis de alfabetização, são ainda muito baixos na população brasileira, como têm mostrado os resultados de pesquisas sobre índices de alfabetismo (letramento)’’. Assim sendo, nota-se que é necessário rever os métodos de ensino, priorizando o letramento, uma vez que este é indispensável na construção de uma sociedade mais alfabetizada.

Ademais, é válido enfatizar que o preconceito e exclusão são obstáculos à comunicação de milhares de brasileiros. Isso pode ser explicado por Ramalho Ortigão — um escritor português —, que afirma que um indivíduo sem educação, por mais alto que o coloquem, será sempre um subalterno. Em vista disso, é evidente que a má alfabetização não afeta somente a esfera educacional do cidadão, mas também sua convivência em meio social.

Logo, faz-se necessário que se tome medidas para que esse cenário seja alterado. Primordialmente, é indispensável que o Ministério da Educação (MEC), por meio de verbas governamentais, organize reuniões e debates em escolas a fim de orientar pais pais e educadores a elaborar métodos mais eficazes de ensino, dando mais relevância ao letramento. Outrossim, é auspicioso que sejam também feitas palestras com a finalidade de instruir a população a coadjuvar na inclusão social daqueles que, até então, enfrentam o analfabetismo. Dessa maneira, o letramento e alfabetização serão cada vez mais democratizados no Brasil.